terça-feira, 26 de agosto de 2025

O Homem Centenário

♫"Eu nasci
Há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo
Que eu não saiba demais"♫

Sapateiro é um artista, assim como relojoeiro/ourives e alfaiate/costureira. Só que muito difíceis de encontrar por aqui (e talvez por aí também). Sempre que penso nisso eu lembro do livro "1984" de George Orwell (que fala de uma sociedade distópica) , lá pelo capítulo oito, quando o protagonista procurava um senhor idoso que ele vira num pub, para saber como era a vida anos antes... "Fale-me sobre a sua vida quando o senhor era garoto. Como eram as coisas naquele tempo? Melhores ou piores do que agora?” 

Vivemos numa época de manipulação de informações. Essas “distopias” que citei, invariavelmente mostram o domínio através de uma ideia que seria a verdade absoluta. Para conseguirem seu intento, duas coisas são imprescindíveis: acabar com as lembranças, o que nem é muito difícil pois é só contar as coisas que se passaram de uma forma bem tosca e que gere desinteresse; controlar as atividades das pessoas, o que com as câmeras de segurança com vídeos editáveis e com as redes sociais tudo fica mais fácil. Traduzindo: vamos detonar o passado, incutir somente as ideias que nos interessam e assim o controle é absoluto. 

Detonar o passado? Pro meu pai, isso não existe!  

Envelhecer é certo, mas saber envelhecer é opção. 

Nesse quesito, hoje meu pai completa 100 anos e, dentre outras coisas, ele afirma que não tem "essa mania (que as pessoas tem) de morrer". 

É um grande sobrevivente. Sabe de tudo um pouco. Viu e viveu o que somente alguns compartilham dessa experiência hoje em dia. Sempre um sábio. É o "terror do INSS" (e assim continuará durante muito tempo). É o tal sujeito fora da  curva. 

Teorias à parte, hoje é seu aniversário! E daqui a dez mil anos, eu coloco o restante da música do Raul...

Parabéns Papai! Que a força esteja sempre com você! Vida longa e próspera 🖖! 


Bom dia! Eu sou o Narrador 

 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Chuck Norris

"Chamam ele de Baba Yaga - bicho papão - ele era o homem que nós mandávamos para matar o bicho papão. Eu já vi ele matar três homens num bar só com um lápis... uma droga de um lápis..."

A introdução de hoje vem do filme "John Wick - De volta ao jogo", e foi um diálogo entre um chefão bandido e seu filho bobão, depois que esse último roubou o carro e matou o cachorro do John Wick. Vou deixar a coisa por aqui, senão vai ter muito spoiler.

Os filme de ação sempre contam com algum ser poderoso e indestrutível, cujo armamento é inesgotável, e que acabam virando heróis ou anti-heróis. John Wick é o anti-heroi e o melhor exemplo de herói (mesmo que outros tenham aparecido nas telas, isso é o Chuck Norris.

Tive a ideia de escrever a respeito por conta de um meme que virou vídeo e, nos comentários, várias frase interessantes surgiram. 

Começa com uma história: Chuck Norris foi apresentado a um tigre que parecia manso. Ele conta o seguinte: "Entrei, me abaixei e o acariciei e de repente ele rugiu. O treinador disse: levante-se bem devagar e recue. E assim o tigre fez... Ele levantou lentamente e recuou."

Nos comentários a gente entende porque o tigre deu no pé...

“Chuck Norris não precisa de elevador. O prédio afunda no chão até que o andar que Chuck Norris está chegue no térreo.”

“Chuck Norris joga GTA IV em um Playstation e zera o jogo em 2 segundos. Sem as mãos.”

“Chuck Norris faz bungee jump sem corda.”

“Quando Chuck Norris está pronto para acordar, ele diz para o sol nascer no horizonte.”

“Depois de assistir o filme "O Chamado", o telefone de Chuck Norris tocou e aconteceu um breve diálogo: – Sete dias. – Aqui é Chuck Norris. – Desculpe, foi engano.”

"Chuck Norris pediu um Big Mac no Burguer King e foi atendido"

"Quando era criança, Chick Norris faltou dois  dias na creche... hoje esses dias são chamados de sábado e domingo."

"Quando o telefone foi inventado, haviam duas chamadas perdidas do Chuck Norris."

"Chuck Norris Comeu um caminhão e assim nasceu um transformer."

E assim perpetua uma lenda... 


 

Boa noite! Eu sou o Narrador!

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Rosa de Hiroshima

Oitenta anos depois... Ninguém aprendeu nada. A bagunça mundial é generalizada e as guerras continuam: começam nos colégios (o bullying não é mais tolerado pelos alunos pobres em autoestima); passam pelos legislativos agredidos pelos judiciários; chegam nos executivos de competência discutível e que só pensam nos seus egos...

Escreveu Vinícius e cantou Ney

Dispensa outros comentários..

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.


Bom dia! Eu sou o Narrador 

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Um Labirinto na Oitava Dimensão

Foi enviado a um hospital, para encontrar uma médica que só vira por fotos. Seria bonita, mas pessoalmente apresentava uma cabeça ovalada que ela tentava disfarçar com o cabelo; de perfil estava o problema: o cranio era totalmente achatado na direção fronto-occipital  (parece que caíra em outro planeta).

Enfim, ele vestia um uniforme branco, mas precisava de um banho. Na pequena sala, onde os médicos ficavam reunidos, havia um chuveiro e o banho era ali mesmo e de roupa e tudo. Interessante é que conseguiu fazer isso sem molhar a roupa: nessa ele teve certeza de que estava em outro planeta. 

Resolvida essa etapa, a tal médica extraterrestre sumiu e ele foi parar no prédio do hospital que mais parecia um colégio religioso. Do lado de dentro, os corredores das enfermarias eram lotados de pessoas com se fosse um shopping. Localizar as escadas ou elevadores era uma tarefa quase impossível e, quando conseguia, tais instrumentos não levavam a lugar algum.

Com muita  dificuldade, informaram que havia um auditório e que o equipamento que usaria era um piano com uma flauta transversa e alguns papéis que ele deveria levar para lá. 

Sem entender o caminho, pelo cúmulo da sorte, conseguiu chegar ao local da exibição que estava sendo preparado para uma festa, mas os seus ouvintes já estavam sentados e ansiosos.

Suado, exausto e desnorteado, ainda enfrentou uma turba de coquetes que pediam que ele traísse sua esposa (nem sabia que era casado), para ficar com uma delas que era mais bonita.

Nessa, felizmente, ele desapareceu em direção ao seu novo destino desconhecido... 


Boa noite! Eu sou o Narrador