Em 1940 houve um filme que se chamou “The Blue Bird”, estrelado pela pequena Shirley Temple, que foi um filme bem chatinho, mas uma cena eu gostei muito. Mytill era a personagem dela que viajava com seu irmão, sua gata e seu cão, a procura do tal pássaro azul. Orientados pela Fada Luz (deve ser irmã da Fada Azul, a mesma do Pinóquio e do robozinho do filme “AI”), chegaram no futuro, algo mágico, onde as crianças, que ainda não tinham nascido, ficavam. Era um lugar bem legal, parecia aquelas coisas meio gregas e coisa e tal e um momento ficou bem marcado, quando houve a separação de um casal de amigos, já que o menino nasceria primeiro e a menina ficaria para trás, por tempo indeterminado e, talvez, nunca mais se vissem.
Amizades são dádivas que recebemos e nem sempre explicamos de onde vieram e como começaram, mas sabemos que elas existem e que devemos preservá-las a todo custo, mesmo que à distância. Felizmente consegui cultivar várias, mas uma em especial, se tornou a mais antiga, já que iniciou antes de nascermos (nossas mães eram amigas). Hoje é o Dia do Amigo e vou dedicar este texto a todos os meus amigos, contando essa história como a fiz uma vez lá no “Contos de Fada?” em “A Amiga Mais Antiga”.
“Há muitos e muitos anos… os Contos de Fada às vezes começam assim também!
Uma menina de nome Mytil
Percorreu passado, presente e futuro,
Junto de seu irmão, sua gata e seu cão,
Guiados pela Fada Luz, à procura do Pássaro Azul.
Chegando ao futuro, encontrou um lugar muito interessante,
Onde conheceu um jovem casal de amigos
Que foram separados pelo destino,
Já que o menino embarcaria numa viagem e ela ficaria a chorar.
Alguns anos depois, talvez uma cena semelhante tenha acontecido.
Felizmente essa separação duraria somente vinte e três dias,
Pois o destino os uniu novamente
E assim permanecem juntos até hoje.
Bom... juntos não é bem a palavra exata.
Digamos que eles cresceram quase juntos,
Compartilharam sonhos, livros de estorinhas,
Trocaram confidências e sempre estiveram aqui.
Com o tempo, ambos criaram fantasias isoladas
E viveram seu conto de fadas, separadamente.
Mesmo ela se dizendo “complicadinha e introspectiva”
Sempre foi sonhadora, mas ele representou melhor o sonho.
Criaturas da lua, “farinha do mesmo saco”,
Conhecem mais um do outro do que qualquer pessoa existente,
Pois suas almas foram unidas muito tempo antes de nascerem
E isso ninguém poderá jamais mudar.
Amiga mais antiga, amiga tão querida,
Hoje ela descobriu o caminho da Fronteira Transparente,
Conheceu o País dos Sonhos Verdes
E não é que ele estava lá à sua espera?”
Feliz Dia do Amigo! Bom Dia! Eu sou o Narrador.
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