“Em uma misteriosa floresta no interior de um vulcão, existe um mundo extraordinário. Um lugar onde tudo é possível...”
Nos últimos tempos, principalmente nos último mês (aquele... onde coisas estranhas acontecem), tenho pensado na prática do desapego. Aquilo que Herbert já falou, do “hoje joguei tanta coisa fora” e que dei uma ou outra dica por aqui. Guardar coisas que podem ser úteis noutra hora, manter hábitos milenares... todo mundo sabe do que se trata.
Evoluir é o mesmo que seguir em frente de alguma forma e, este ano, optei por terminar o inferno astral de um modo, digamos, diferente: ao invés de comemorar com bolo, brigadeiro e bolinhas coloridas, a ideia foi outra...
Meticulosamente programada, a ida ao circo seria uma operação militar se estivéssemos numa guerra. Apesar do Google Maps ter me passado uma perna, quando informou que a distância do hotel até o evento era de um quilômetro ao invés de vinte e três, isso não atrapalhou.
Rigorosamente no horário, começa a função. Sem aviso prévio, só começa. Nada de campainhas ou sirenes.
O tablado é todo tomado por movimentos, luzes e cores, num malabarismo mágico e contínuo que fica difícil ver tudo ao mesmo tempo. Cada pessoa presente viu um espetáculo diferente, tenho certeza disso. Você não se mexe, não pisca, a bunda o corpo não dói, mesmo sendo, a cadeira, não muito confortável. Imperdível!
- Acho que ele ficou feliz, né Mago?
- Você guiou as corujas com precisão. Este ano foram muitas dezenas.
- A da Garotinha, será que se perdeu?
- Ela sempre esquece, não ligue, mas foi a do (K)Clown que ele gostou muito quando chegou.
- E o que são “pensamentos alvissareiros”?
- “Coisa de Marinha”. Outra hora te explico.
- Posso dar um último presente pra ele?
- Claro, Beatriz! Ele também gosta muito de você.
E de repente o céu se veste de dourado e a lua (como o gato de Alice) sorri para ele, que agradece também com um sorriso!
Da mesma forma que agradeço a cada coruja que trouxe mensagem dos lugares mais distantes, seja por torpedos, telefonemas, escritos no mural, e-mails... Valeu mesmo! É bom saber que sempre estaremos por aqui!
Boa noite! Eu sou o Narrador.
OBS: Este é o texto de número 52 deste blog. Qualquer semelhança, não foi coincidência...