Há três anos eu escrevi um texto falando da minha comemoração de aniversário que praticamente ninguém leu (foram somente cinco os acessos). Naquele ano eu mudei o esquema e fui assistir o espetáculo “Varekai” do Cirque du Soleil, que era apresentado em Curitiba e foi uma das experiências mais fantásticas que eu já tive e o texto serviu para contar alguma coisa a respeito (ficou curioso? clique aqui).
Esse ano eu repeti a dose do ano passado e fui pra Joinville. Aproveitei que acabei de pagar as prestações das duas últimas viagens grandes que fiz e fui comemorar meu aniversário num “tour” pelos shoppings, onde também buscava alguma coisa cultural que incluía cinema e livraria.
Eu fui do tempo das bibliotecas reais, onde a gente pesquisava e muito (não havia Medline, Google, Lilacs, mas já havia computador na biblioteca, o que facilitava um pouco a coisa). Procurando qualquer assunto, você conversava com a bibliotecária, escolhia umas palavras inerentes à pesquisa e ela fazia a busca no computador (sem acesso à Internet). Umas duas semanas depois ela entregava um calhamaço com resumo de artigos e aí você é que filtrava o que interessava. Alguns dias depois, já com os títulos na mão, você retornava à biblioteca e pedia as revistas, onde encontraria os artigos. Como nem todas estavam lá, a bibliotecária te guiava até um aparelho parecido com um microscópio e você procurava tudo em micro-fichas, para localizar, em outras bibliotecas, os artigos. Dessa forma eu conheci a Biblioteca Central do Centro de Ciências da Saúde – CCS da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, depois, a Biblioteca da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Era legal? Sim! Só que dava muito trabalho.
Aí, voltando à história anterior, no cinema não tinha nada que acrescentasse alguma coisa e nem que não acrescentasse, mas que ao menos fosse interessante; na livraria dei de cara com uma mesa onde havia uma montanha de livros para colorir, onde, outrora, eu encontraria aqueles livros que “piscam” pra gente de vez em quando; parti para as compras nas lojas de departamentos mesmo.
Eis que, como ano passado, encontrei Alice (tenho que falar mais dela... vou fazer uma compilação de textos que escrevi e depois eu coloco aqui) que me presenteou com um livro de um autor que eu nunca ouvira falar. Eu respeito muito quando recebo esses presentes, pois é um carinho absoluto quando alguém te enche de cultura também. Foi o suficiente para refletir um pouco: que tal, ao invés de perder um bom tempo lendo baboseiras na Internet e assistindo séries da TV paga, ligar o computador na JB FM, ouvir Cássia Eller, Nando Reis, às vezes até os Mamonas, Michael Jackson, Christina Perri (ops...forcei a barra? vale a pena conferir no Google, então) e um monte de gente bacana e devorar o livro novo? Foi o que fiz; dele vou falar quando terminar de ler as 541 páginas (vai demorar um pouco), mas já acho que vai valer muito a pena, já pelo “pedacinho” que deixo na foto, junto com a Biblioteca da Fiocruz (clique na foto para ampliar).
Uma vez me falaram para eu seguir as páginas do meu livro de vida e não a do livro dos outros. Meu livro não é de colorir, mas com certeza a cultura é o melhor estojo de canetinhas que a gente pode adquirir na vida. Ah! Mais uma coisa! Escrevi hoje no Twitter (sim... eu tenho isso... WhatsApp eu não tenho): "Se as pessoas amassem mais umas às outras e ouvissem melhor o que o outro tem a dizer, tudo seria bem melhor." Pois é...
Boa Noite! Eu sou o Narrador.