terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Ciranda do Anel

♪ ”Perdi meu anel no mar, não pude mais encontrar. E o mar, me trouxe a concha, de presente prá me dar. Uma vez chorei na praia, prá um anel que se perdeu. Meu anel que virou concha, nunca mais apareceu. Parou na goela da baleia, ou foi pro dedo da sereia,ou quem sabe um pescador encontrou o anel e deu pro seu amor.” ♫ (Bia Bedran) 

Naquele tempo, os dias não eram tão frios como agora, o computador ainda era para poucos e a Internet para menos ainda. Consequentemente, “A Galinha Pintadinha” nem no ovo estava e a gente levava as crianças em qualquer lugar que tivesse um evento infantil. Um desse foi no Shopping Tijuca, lá no início da decadência do comércio de rua, onde a apresentação era da Bia Bedran. Conhecida no programa “Canta Conto”, que passava na TV Educativa, suas músicas e histórias eram a grande pedida, na época, como alternativa na TV aberta. O mais interessante nessa apresentação é que os pais sabiam mais as músicas do que as crianças (que talvez preferissem outros programas na televisão) e o momento mais impressionante foi justamente quando ela cantou a “Ciranda do Anel”. Quem estava no primeiro andar, se olhasse para cima, de repente veria todas as amuradas ficarem lotadas de adultos, que interromperam suas atividades “shoppinianas”, para ver, curtir e cantar em uníssono. Foi uma cena inesquecível e, num dia, eu escrevi sobre a música lá no “Contos de Fada?”. Faço, agora, um remake por aqui. 

E mais uma vez... Senta que lá vem história! 

Num desses dias frios como hoje, onde o inverno insiste em mostrar a sua força (exibido) e alguns procuram a neve em algum lugar, a menina andou pela casa até encontrar um livro com antigas cantigas. Isso a entreteve por um tempo, quando, então, resolveu perguntar: 

- Por que o mar levou o anel? 
- Trocou-o pela concha e a deu de presente. Do anel, ninguém mais soube... procure a sereia, ou até a baleia, mas acredito que foi mesmo o pescador que o encontrou e o deu para seu amor... 

Insatisfeita com a resposta, ela procurou um pequeno sachet na sua mochila que exalava um perfume suave de pétalas de rosas... 

- Se é preciso um anel, farei um e o choro acabará!  

Antes que o Mago pudesse responder, ela abriu a pequena almofada perfumada e uma esfera prateada, que lá estava, flutuou ao seu comando antes de rumar às estrelas... Alguns minutos depois (seis ao todo), a esfera retornou às suas mãos, dessa vez com um brilho dourado. A menina, então, a coloca de volta à origem... 

- O que a esfera trouxe, Beatriz? 
- Só você me chama assim!  

E com seu risinho meigo, fez desaparecer o sachet no meio de flocos de neve... 

- Pronto. Agora ele não vai mais chorar. O anel irá para seu verdadeiro dono. 

O Mago, perplexo, sorriu! E em algum lugar, numa praia distante, uma longa procura terminou... 

E entrou por uma porta e saiu pela outra e quem quiser que conte outra... 

  
Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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