quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Receita de Ano Novo

Final de ano e as cenas são repetitivas: se fosse no “Contos de Fada?” o título deste texto seria, certamente, “Chegada 4” porque até isso aconteceu mais uma vez e praticamente na mesma data que nos três anos anteriores. 
Houve a viagem no Natal, mas algumas pessoas não foram encontradas (isso acontece às vezes) e o retorno foi mais ameno, pois realmente tudo foi resolvido e era hora de um tempinho de recolhimento.
As mensagens de final de ano pipocam por todos os lados: redes sociais, e-mails, mensagens por celular, cartões de boas festas via correio (sim, isso ainda existe!) e também vou deixar a minha por aqui. 
Inicialmente aproveitaria um texto que dizem ser do Drummond, mas os estudiosos dizem que ninguém sabe quem escreveu (só sabem que não foi do sábio Carlos). 
O texto é chamado de “Reverência ao Destino”, pode ser encontrado com facilidade no Google e eu deixaria aqui uma reflexão a respeito. 
Só que a magia do final do ano, como das outras vezes, fez surgir, das mãos de Alice, um momento verdadeiro de Drummond que ela dedicou às suas fadas e que vou reproduzir na íntegra.

                                                “Receita de Ano Novo”
"Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido); para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior); novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)   Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.   Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
Boa Noite! Eu sou o Narrador.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Canção de Verão

A Primavera passou sem mostrar para o que veio. 

Uma pasmaceira quase tomou conta da situação, mas só conseguiu tirar um pouco da inspiração para escrever alguma coisa (uma pausa, às vezes, vale a pena). 

Sim! Muitas coisas foram feitas incluindo ver a Sandy cantando músicas do Michael Jackson e ter a frustração de não encontrar qualquer sala de cinema próxima (e olha que as cidades que eu procurei são grandes) que exibisse “Um Dia” com a Anne Hathaway (até São Paulo chegou, mas ficou por lá mesmo) e isso vai ficar para um DVD de locadora mais pra frente; não vi o filme, mas ganhei a acolhida de Alice e suas fadas num belo almoço de domingo.

Dezembro começou com chuva, mas nada de calor. No máximo uma espécie de “bolsão” de ar que fez pular o tornado (com direito a granizo), que apareceu no Rio Grande do Sul, diretamente para São Paulo e Belo Horizonte, com direito a algumas coisas mais sérias lá pros lados do Valqueire no Rio de Janeiro. 

Dessa forma, vamos procurar velhos ares muito conhecidos... vamos para a montanha!  (ebaaa!!)

O dia de sol (mais tarde choveu, mas isso é rotina), com a brisa fresca característica, brindou a chegada do verão. Um bom passeio no parque gerou boas lembranças, eternizadas e “curtidas” na rede social favorita.
Sem maiores delongas (este é um texto bem curtinho para tentar retomar os escritos), vou encerrando por aqui mesmo.

 Boa tarde! Eu sou o Narrador.  

Obs: Algumas pessoas podem desconhecer o termo, por isso coloco aqui a definição do mesmo, afinal blog também é cultura!

Pasmaceira -  Situação do indivíduo pasmo, sem ação, diante de um fato. Mesmice, ausência de ação ou de movimentação. 1 - Todos os dias seguiam naquela pasmaceira. 2- Ele precisava tomar uma atitude, para fugir da pasmaceira.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia das Bruxas (Será?)

Houve um certo anúncio de que o final de semana que antecedia o Dia das Bruxas não seria algo tão normal assim. 
A tempestade de sábado, com direito a raios e trovões, contrastou com a delicada sobremesa de amoras, fruta geralmente associada a feitiços e magias.
Lá fora as nuvens carregadas, como se tivessem sido empurradas para bem longe, por uma força misteriosa, foram substituídas por uma noite clara, sem lua, porém repleta de estrelas. Isso foi muito significativo principalmente na hora do apagão! 
Sim! Apagão! Ou você acha que essa data ia passar assim totalmente iluminada pelas obras humanas? Como brilhariam as abóboras e como passeariam os zumbis? 
O silêncio a seguir era tanto que até o som das diminutas chamas das duas velas acesas era audível, se você prestasse bem atenção, e somente um gemido, de um gato não identificado, quase deu um susto nos desavisados. Nos tempos do Mago, alguma coisa aconteceria, mas agora só restou recostar no sofá e aproveitar a semi escuridão. 

Até que... 

Ainda faltava uma hora para o Dia das Bruxas quando uma das velas, subitamente, brilhou mais forte e sua chama ardeu de forma mais intensa, flutuando no ar, na direção da bandeja mágica (presente deixado pelo Mago, antes de sua partida) e acendeu suas luminárias. 
Era o encantamento tão esperado!
 
- Vamos, vamos! Todos te esperam! 

Puxado na direção da bandeja, por duas mãozinhas delicadas e desconhecidas, corpos foram misturados à luz das chamas mágicas levando os três, rapidamente, à velha casa, onde a teia de era fora aberta, para aquele reencontro tão esperado.
Isabela e Carolina , agora com doze anos, correram pelo caminho, ao encontro de suas novas amigas de colégio, Romy e Rayne, velhas conhecidas de Melinda que não desgrudava do Guri.

Ana Beatriz, Adrielle e Deborah prepararam a festa com direito a abóboras iluminadas, mas sem o inconveniente dos zumbis, afastados pelos yetis, pelo Dragão e pelo Guardião Baixinho. Muita música, muita conversa, muito divertimento e muita saudade dos velhos tempos, principalmente aqueles da montanha. 

Acordei, de repente, com a volta da eletricidade. A vela fora toda consumida e acreditei que tudo não passara de mais um daqueles sonhos que você tem quando cochila no sofá. Começo a desligar as luzes quando, já na semi escuridão, dessa vez criada por mim, noto que as luminárias da bandeja seguiam acesas... Será?
 
Bom dia! Eu sou o Narrador.  

Nota: Deixei uns links para outros textos do “Contos de Fadas?” e outro para o site oficial da Alyson Noel, cujos livros comecei a ler no ano passado e aproveitei duas personagens para o texto de hoje. Coincidentemente, muitas passagens de seus livros também apareceram em textos do blog só que o “Contos” foi criado em 2005 e seus livros surgiram em 2009. Será que ela também lia o que eu escrevia? Será?

domingo, 16 de outubro de 2011

Outubro

Os 365 dias do ano são distribuídos em meses que são agrupados em estações e bagunçados nos signos do Zodíaco que não seguem a mesma ordem numérica do 1 a 30 (ou 28, ou 29, ou 31). 

Cada mês possui características próprias, mesmo que não caracterizem absolutamente nada. Sendo assim, Janeiro é o início do ano, onde vencem as contas do cartão de crédito devidamente “estourado” em dezembro que é o mês do Natal; Fevereiro é Carnaval; Março é “volta às aulas”, apesar de já há muito tempo isso acontecer em fevereiro. Abril é Páscoa (nem sempre); Maio é mês das noivas; Junho é de festa (Junina), mesmo que os festejos aconteçam em Julho que é inverno e mês de férias escolares (que só duram uma semana). 
Agosto é mês do “Cachorro Louco” (qualquer hora eu pesquiso a origem disso); Setembro é Primavera (que começa no final do mês); Novembro já é fim de ano e Dezembro já comentei. 

Faltou falar de Outubro, mês do signo de Libra que representa o equilíbrio. 
Sim! É um mês bem equilibrado de coisas completamente ensandecidas. 
Falam que é o mês das crianças, mas o dia comercial designado virou feriado nacional pela comemoração do dia da padroeira nacional. 
Dessa forma foi criada a “Semana do Saco Cheio” porque tudo isso emenda com o Dia dos Professores e aí aparece um “feriadão” que pode ser bem maior se considerarmos o Dia dos Comerciários que, às vezes, entra nesse bolo. 
Aproveitando a bagunça, na rede social, as pessoas mudaram suas fotos para personagens de desenho animado, que curtiram na infância, o que gerou muita polêmica (foi bem divertido isso). 
Acha que é pouco? Já olhou pra fora da janela e conseguiu concluir que roupa vai usar hoje? Num dia há sol, noutro há chuva e ainda existe a possibilidade de você encontrar todas as estações do ano num dia só (situação frequente na saudosa montanha). 

Por via das dúvidas, melhor ajustar os relógios. Vem ai o Dia das Bruxas e começou hoje o “Horário de Verão” (mas o verão não começa no mês... Ah! Melhor deixar pra lá!). 

E como dizia o mestre que não é um lama e sim um “paralama”:
“Até que num dia qualquer Eu vi que alguma coisa mudara Trocaram os nomes das ruas E as pessoas tinham outras caras No céu havia nove luas E nunca mais encontrei minha casa” 

Será que esse dia é hoje?
 

Bom dia! Eu sou o Narrador.

sábado, 1 de outubro de 2011

O Urso "in Rock"

A primeira semana da Primavera trouxe sol e calor. 
Bom... calor é algo meio relativo, pois dependendo do ponto de vista, qualquer vinte graus é motivo para ligar ar condicionado. Só que o inverno não vai deixar isso muito barato e ainda teremos alguns dias de frio e chuva. De qualquer forma, moletons, cobertores, casacos e coisas afins já começam a receber o tratamento adequado, para a devida guarda nos armários. Nos jardins, flores do mato começam a surgir e até algumas borboletinhas. Roseiras plantadas há tempos, este ano devem vingar. 
Enfim, é Primavera!  

Em algum lugar, dormia um urso. Longo período de hibernação, consumiu toda a gordura acumulada antes do inverno e a barriga “roncou” Ele abriu o olho, viu sol lá fora e resolveu levantar. Coçou o olho, coçou outros lugares na frente e atrás e abriu a boca para um longo bocejo, o que impestiou o ambiente (“taí” a explicação para o tal do “bafo de urso”). Abriu a janela, deixou o sol entrar, deu uma olhada no que sobrou daquela criatura enorme e até algo obesa, depois de tanto tempo de frio, e foi escovar os dentes porque ninguém merece tamanho fedor. Com uma caneca de café na mão, deu outra olhada la fora e começou a escutar umas coisas estranhas e um movimento atípico. 
Pessoas das mais diversas tribos, num processo migratório e quase ordenado, caminhavam na direção do norte, onde algo acontecia. 
Mais do que depressa, pegou o notebook, pirateou uma conexão wi-fi de um macaco que morava próximo e descobriu o que rolava: era um tal de Rock in Rio! 

Nova estação, novos planos, novos textos e inspirações. Os blogs e outros meios de comunicação vão falar disso direto durante um bom tempo, até a chegada do verão (para os locais onde existe tal estação). 
Só que isso tudo ainda vai esperar um pouco porque alguma coisa mudou este ano.
Na TV, nem pensar em novela, séries em reprises infinitas e muito menos noticiários com violência e corrupção. 
Melhor mesmo é ficar antenado no tal do Rock in Rio!
 
O urso não conversou! Arrumou a mochila, vestiu uma roupa preta e se misturou a um grupo que nem desconfiou que ele era um ser animal (literalmente falando), pois os caras até eram parecidos com ele. 
E ele se esbaldou ouvindo novas e velhas canções, daqueles que estavam dispersos pelo mundo e que disparavam os velhos corações! 

Para curtir isso tudo, nada como a tecnologia que ajuda muito aqueles que não tiveram a mesma sorte do nosso herói de hoje. 
Mesmo os lugares mais longínquos podem ver e ouvir qualquer coisa em qualquer lugar e, claro, essa eu não perdi!

E falando do urso... se alguém souber dele, pode me avisar!
 

Boa noite! Eu sou o Narrador.

domingo, 11 de setembro de 2011

Um Dia

O teimoso inverno resolveu pedir uma ajudinha, quando o Sol começou a querer aparecer, e veio uma grande tempestade.
Indignada, a Lua resolveu dar um basta nisso tudo e “virou” para o Sol e disse: 

- Quer saber? Você “tá” ficando velho! Nem consegue resolver tal situação? 

Colocou as mãos nas cadeiras, encarou a tempestade e “despachou” para o norte, com todas as nuvens pretas que vieram juntas. 

- Agora vê se lá pra cima você toma jeito e não deixa a coisa ficar como aqui! 

Naquela noite de lua, tudo poderia acontecer (ou então nada acontecer).

O silêncio era uma constante, não estava tão frio, mas ele desistiu das reprises dos filmes que já vira e ligou um canal de rádio, onde velhas baladas o remeteram à um passado muito e muito distante.

Pegou o livro que ganhara de aniversário e resolveu terminar de ler as últimas páginas. Aquela leitura não era das suas preferidas, mas trouxe algumas outras lembranças, mesmo que as situações lá descritas ele nunca tivesse experimentado. 

Ainda sem terminar, veio a vontade impossível de resistir e, numa folha de papel, rascunhou uma carta (ideia que pegou do livro), que começava mais ou menos assim: 

“Oi! Esquisito isso de escrever carta. Acho que na vida só te mandei algumas, mas só lembro de uma que foi um desastre!” 

A carta foi seguindo e ele foi escrevendo o que dava na cabeça. 

Lembrou de algumas cenas como do dia que ele derramou um vidrinho contendo gotas de mercúrio, que ela guardava junto com outras pedrinhas (naquele tempo ninguém falava da toxicidade deste metal líquido, de ecologia, nem nada disso), dos lanches com Toddy que ele adorava e não tomava em casa, nem sei bem por conta do que. 

Dos encontros quase anuais, nos aniversários, nas férias (uma dessas também foi um desastre, quando ele resolveu, pela primeira vez, declarar seu amor, agora quase adolescente); das longas conversas, de esperar a hora do namorado ir embora para aparecer e da distância que, aos poucos, passou a durar mais de um ano.

Lembrou da única vez que a viu chorar e do beijo que, nesse dia, quase aconteceu... 

Páginas e mais páginas, numa letra quase ilegível, sempre elogiando o passado (que é a maior definição de saudade que já ouvi na vida).

O tempo passou e o que ficou foi uma amizade eterna. Ela pra lá e ele pra cá. 

Algumas tentativas frustradas de reaproximação aconteceram, mas a vida mudou. 

Nos aniversários eles se falam; eventualmente numa ou noutra ocasião. Talvez cinco minutos, que são eternos quando acontecem. 

Uma coisa eles não tem dúvida: sentem muito a falta um do outro e, numa noite de lua cheia, quem sabe um dia, eles sentarão mais uma vez, em algum sofá ou coisa do gênero, e conversarão... como era tão bom antigamente! 

Terminou, não passou a limpo, guardou tudo dentro do livro e as páginas viraram algo do tipo, “Escrevi mas não mandei”. 

O que resta agora é dormir.

Se Ana viu tudo isso, quem sabe ela não “passa a limpo” pra ele e entrega tudo, dentro de um envelope colorido?
 

Boa noite! Eu sou o Narrador.

domingo, 4 de setembro de 2011

Pesadelos?

Desde 1984, quando Wes Craven substituiu o monstro do armário (definitivamente desacreditado pela Pixar em 2001) pelo terrível Freddy Krueger, que dormir nunca mais foi a mesma coisa. Pesadelos são coisas muito estranhas e vou contar duas historinhas de um sujeito que aproveitou o domingo de frio, apesar do sol, para dormir à tarde, deitado no sofá com a televisão ligada (você já fez isso?). 

Primeira: Na realidade, lá fora brilhava o sol, mas o sujeito sonhava que passeava de bicicleta debaixo de chuva, com um jeans muito surrado e uma camiseta daquelas que você nem usa mais em casa e que também não serve mais para doação (só para pano de chão mesmo e com restrições). 
Em dado momento a poderosa bicicleta de muitas marchas é substituída pela “caloizinha” dobrável, sucesso nos anos 1970, seu tênis desaparece (surgiu um chinelo surrado também) e ele resolve retornar ao local, onde acredita ter acontecido a tal troca (um posto de gasolina desses que ficam entre uma pista de subida e outra de descida e que serve de retorno para motoristas impacientes). 
Lá chegando encontra uma festa de aniversário com pessoas bem vestidas chegando e totalmente desconhecidas para ele. Além do “mico” que pagava, não recuperou a bicicleta e ainda perdeu os óculos. Bom, isso seria mais simples de encontrar, mas, ao contrário, encontrou centenas de óculos perdidos menos o dele. 

Aí acordou! Isso foi sem graça? Use óculos, possua bicicleta, passe por tudo isso, acorde de repente e... 

Bom, ele não acordou! Então vamos à...

Segunda: Ele pensou que acordara, mas simplesmente emendou uma história à outra. Levantou, foi ao quintal e viu uma grande lona azul cobrindo caminhões vermelhos desses que os bombeiros usam. Ao sair para entender a confusão, os muros de sua casa não existiam mais e havia outro caminhão cheio de soldados, bombeiros ou lá o que fossem do lado de fora. Tentou chamar o responsável e foi chutado; ao aparecer, o tal responsável falava coisas impossíveis de entender; muda a cena para dentro de casa, surgem pessoas que ele nunca vira antes e nota que alguém invadiu a casa e roubou um monte de coisas, incluindo um terno que aguardava ser levado à uma lavanderia e seu violão novinho. Dessa vez ele acordou mesmo. Esfregou os olhos, deu aquela olhada à sua volta e suspirou... Ufa!
Depois dessa, só assistindo o último episódio de Glee Project mesmo!  

Boa noite! Eu sou o Narrador.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Fragmentos

A televisão, principalmente se você possui acesso à rede paga, não passa de um grande túnel do tempo. Boa parte da sua programação é voltada para coisas que aconteceram noutros tempos e que, talvez, você tenha participado ou não.
Comecei este texto há algumas semanas, depois que assisti um show passado em Búfalo, em 2003, onde aquela garota “complicadinha” realmente arrasou, mesmo que desafinasse em alguns momentos.
A seguir tive outras ideias, muito fragmentadas, sobre seres mágicos e invisíveis, aqueles que nunca aconteceram (mas que andam por aí) e como podemos ser bem parecidos com eles em alguns momentos (lugar certo na hora certa).
Nada disso me deixou satisfeito, então conto uma historinha bem rápida...

Decidido a não cometer grandes erros, planejou a viagem com bastante antecedência e seu pensamento ficou voltado à discrição, já que o importante era comparecer às bodas de sua querida aprendiz.
O convite fora muito gentil e essas coisas não surgem com frequência no seu dia a dia (está mais acostumado aos descasos).
Depois de uma longa saga para chegar à cidade, lá naquele quente e seco centro-oeste, optou por descansar bastante. Quando a hora chegou a primeira preocupação foi ter certeza de que estava no lugar correto, o que logo se resolveu com a visão de outros aprendizes.
“Ufa! Menos um problema” - ele pensou.
Para comemorar, a tal da festança, lógico. Chegar lá não foi problema: mais uma gentileza bem recebida.
A partir daí vários encontros e reencontros (e até “encontros tortos”) e ele ficou feliz, principalmente quando ouvia a repetitiva pergunta: “Ah! Você que é o ….?”
Coisas assim são raras e preciosas. Para consegui-las precisamos cultivá-las, ao longo do tempo, e agradecer sempre essa dádiva conseguida.
Quanto à garota e aos seres invisíveis, não falarei deles e deixo isso por conta do vídeo mesmo!


Boa noite! Eu sou o Narrador.

domingo, 17 de julho de 2011

Veranico

O veranico é um fenômeno meteorológico comum nas regiões meridionais do Brasil. Consiste em um período de estiagem, acompanhado por calor intenso (25-35 °C), forte insolação e baixa umidade relativa em plena estação fria. Para ser considerado veranico, é necessária uma duração mínima de quatro dias às vezes prolongada a várias semanas.

Resumindo: um “verão nanico” no meio do inverno!

Só que, da mesma forma que a geada, isso tem uma história algo diferente.

Havia um bruxo muito velho que parara de comemorar seu aniversário quando completara trezentos anos e isso foi bem antes de qualquer coisa histórica que apareça nos antigos escritos. Ele detestava o frio e sempre procurava lugares mais quentes para morar.
Só que isso não era sempre tão simples e, para se aquecer, fizera um trato com a lua, que sumiria na neblina noturna, nas noites de cheia, para que os dias fossem quentes, sem qualquer nuvem no céu.
Um belo dia, ele apareceu lá na montanha. Muito baixinho, um verdadeiro “nanico” (de onde, então, teria surgido o nome do fenômeno) encantou-se pela doçura de Ana e a ela ensinou esse feitiço, já que gostava muito do sol.
Na última semana, quem sabe, ela lançou o feitiço por aqui, permitindo que o trajeto pela estrada das flores amarelas, na direção das terras de Alice, somente mostrasse o azul do céu e o brilho do sol.
Lembrei do tempo de magia, vendo o final da saga do outro bruxinho, onde uma batalha foi travada.
Ana, se tivesse acontecido, poderia ser mais um integrante dessa saga. Das pessoas cujas histórias narrei, ela realmente foi muito especial. Descrevê-la é complicado, mas isso Vercillo fez com maestria.
E será que ela deu uma “mãozinha” ao Neville na hora que ele destruiu Nagini?



Boa noite! Eu sou o Narrador.

domingo, 10 de julho de 2011

A Bandeja Mágica

Num período de mudanças, com diversas atividades novas, às vezes é preciso dar uma paradinha e descansar num final de semana que precede o aumento das temperaturas mínimas para algo positivo e de dois dígitos (será?). A lua cheia está a caminho, seus admiradores aguardam ansiosos e novas histórias devem surgir por ai.
Enquanto nada disso acontece, o descanso gera arrumações, projetos, reflexões e vou contar essa história relembrando coisas bem antigas.
Sempre gostei de miniaturas e acredito que tal gosto surgiu da fascinação que eu tinha por uma pequena estante espelhada, embutida na parede da sala, que existia na casa da minha avó, onde pequenos bichinhos de vidro eram colocados. Chamava atenção um galo português que mudava do azul ao vermelho, dependendo se era dia de chuva ou de sol.
Por outro lado, nunca tive muita paciência para plantas. Um belo dia, visitando um estande de artesanato, vi algumas coisas em bambu e uma pequena jardineira de uns trinta centímetros de comprimento, cuja base era metade de um bambu cortado horizontalmente (ou verticalmente, dependendo do ponto de vista), onde haviam uns cactus, planta ideal para quem não curte ficar cuidando muito de plantas.
Aí surgiu a ideia de colocar a jardineira numa bandeja do mesmo material, feita exclusivamente para isso, e sai enfeitando sua volta com coisas miúdas, presenteadas por amigos ou não, e que possuíam algum significado para mim.
Na saída da montanha, deixei a jardineira com uma querida amiga (achei que não era legal levar terra para outras paragens), mas continuei a preencher a bandeja com outros mimos.
Sempre em renovação, os objetos mudam de lugar, alguns são substituídos (aqueles que perdem o significado sazonal), mas todos que estão lá possuem sua mágica própria.
Nesse fim de semana, resolvi fotografar a montagem atual e compartilhar com os leitores. Lembranças... elogiar o passado... isso é tudo de bom!


Bom dia! Eu sou o Narrador.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bem simples

“As coisas mais simples e as mais sofisticadas se confundem. A sofisticação, às vezes, é encontrada na pura simplicidade; e a música é a linguagem mais direta, é aquela linguagem que não precisa de nada para se explicar.” By Nando - vocalista do Roupa Nova.

Durante os dias (chamados “úteis”) da semana, as pessoas acordam, trabalham e/ou estudam, chegam em casa em algum momento e terminam na cama, geralmente dormindo (ou não).


Quando chega o final de semana (dias inúteis?), o movimento muda e é algo particular de cada um. Se faz calor e é verão, se faz frio e é inverno, se chove ou não, a rotina é sempre diferente (não há rotina).


Vou falar, então, de um final de semana com frio e chuva: começa no sábado com muito trabalho (Ué? Alguém trabalha no sábado?) e vai terminar no domingo com boas recordações. No meio do caminho dormir foi uma opção, e um bom almoço alemão, com chucrute, joelho, apfelstrudel de sobremesa, tudo regado a cerveja (claro!), fez o dia se transformar numa aventura interessante.


Dessa forma, vou contar uma história daquela mocinha que só dizia “Sei lá” e que deu algum trabalho ao Mago, nos idos de 2007, naquela exposição da montanha que, infelizmente, hoje já não acontece mais. Seus pais começaram a namorar num show ao ar livre, da mesma banda que tocava naquele dia, só que uns 11/12 anos antes. Do namoro veio o casamento, a menina nasceu e cresceu ouvindo as canções de amor que marcaram uma época.


Claro que ela também virou fã! Sua vida mudou, ela também, foi morar no sul do país e não perderia a chance de ver seus ídolos, quando, enfim, eles apareceram por lá.
O brilho dos seus olhos era o mesmo só que a companhia era outra: ao invés de seus pais, lembrando do primeiro amor, já estava lá pelo seu terceiro ou quarto, reconhecida “aos amassos” com o namoradinho atual. Já tem quinze anos, acredito que não diga “sei lá” tantas vezes como antigamente, mas certamente lembrou do mico que pagou lá na montanha.


Se essa história não fosse imaginária, ela teria passado pelo Mago, olharia como se o reconhecesse, sorriria, piscaria seus olhos, não diria nada e seguiria seu rumo de mãozinhas dadas.

O mesmo frio, a mesma banda e um conto, para marcar uma boa lembrança dos tempos da montanha!






Boa tarde! Eu sou o Narrador.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pequeno Conto de Inverno - Geada

ge.a.da
(lat gelata) sf Orvalho congelado, que forma uma camada branca onde está depositado.

A chegada cronológica do inverno, porque nessas bandas eu sempre digo que ele dura nove meses, trouxe belezas difíceis de encontrar em terras tropicais. O frio lunar (o polar é mais quente) anda obrigando tratadores de pinguins a ligar o aquecedor, para que os pequenos animais não sucumbam congelados.
Sempre associei neve e frio ao Natal, pois é assim que aparece nos contos sobre Papai Noel. Os desenhos animados sobre o tema são repletos de música e a neve é representada por sua forma multifacetada e colorida de cristais de gelo, parecidos com estrelinhas.
No final das contas, a neve vem e é como se fosse uma chuvarada fria que acaba congelando todo mundo que der bobeira embaixo dela.
A geada não: os cristais de gelo são formados na superfície, deixam tudo bem branquinho e, a seguir, um belo dia de sol, com céu totalmente azul e sem nuvens, surgirá para enfeitar o restante da paisagem.
Há dois anos tive a chance de conhecer o fenômeno e estudar, sob a esfera científica, todos os detalhes óticos das imagens que são vistas, inclusive ao microscópio, pois a forma dos cristais é um dos grandes mistérios da natureza.
Só que esse mistério teria uma explicação bem simples, como vou contar na aventura a seguir:
Sabendo de meu interesse, fui acordado, bem de madrugada, por um enorme yeti que, novamente, ergueu-me pelos pés e levou-me à sala, onde Ana e Adrielle (já falei delas) estavam prontas, em trajes de frio. Faziam fractais!
Uma nuvem repleta desses cristaizinhos girou a nossa volta até que nosso tamanho ficou tão pequeno quanto floquinhos de gelo, quando fomos transportados a um campo iluminado.
A temperatura era bem agradável e os trajes de frio foram dispensados.
Aí realmente pude entender o que se passava: guiado pelas meninas, que brincavam e dançavam o tempo todo, fui apresentado a milhares de elementais, principalmente fadinhas, que carregavam gotas de orvalho colorido e cristalizado e depositavam no solo e sobre as folhas das árvores, formando os conhecidos tapetes característicos da geada. Com o efeito dos primeiros raios de sol, tudo ficou bem branquinho (há uma mistura de todas as cores)!
As fadinhas sorriram satisfeitas, foram desaparecendo em nuvens que brotaram do chão e nós fomos embora.
Viram como é simples?
Saindo do imaginário, ontem fotografei a geada. As imagens originais mostram realmente tudo muito branquinho. Só que preferi editar para mostrar algumas cores escondidas dos nossos olhos e somente vistas com o efeito digital. Realmente foi uma grande uma aventura!



Uma observação: Pequenos Contos de Inverno é o texto mais acessado do “Contos de Fada?”, não sei muito bem por que. Resolvi fazer realmente um conto, com título semelhante, para ver se as pessoas aparecem por aqui também.
Boa noite! Eu sou o Narrador

sábado, 25 de junho de 2011

Uma Boa Ideia

No tempo que o bullying não tinha nome, fazer aniversário no dia de São João não era uma ideia muito interessante, pois a associação com o representante animal do número era motivo certo de gozação, mas só fui descobrir isso lá pelos tempos do antigo ginásio.
Sempre gostei de festas juninas e tenho boas lembranças do tempo de escola primária, onde ou eu era o padre ou era o noivo e isso é motivo de riso até hoje quando encontro, eventualmente, minha antiga e fiel noiva, com quem casei um sem número de vezes e ela sempre diz que eu fui seu melhor marido!
Este ano a coisa foi um pouco diferente, a começar pelo inferno astral (aquele tempo que já me referi como “de coisas estranhas”) que efetivamente não deu as caras, como nos anos anteriores. Foi um mês super sossegado, boas férias, bons passeios, rever amigos, tudo de bom! Acho que tais energias positivas contribuíram para o “sumiço” da criatura dos tempos... nunca vou saber.
Para fechar o mês, a grata coincidência com um feriado católico deu a chance de reunir os amigos e comemorar com um bom almoço, repleto de assuntos variados e boas lembranças do passado.
Nova era! Idade da cachaça! E que assim se repita, por mais vários e vários anos!
Obrigado a todos que enviaram mensagens e participaram dessa “Boa Ideia”!


Boa Noite! Eu sou o Narrador!

domingo, 12 de junho de 2011

Enamorados (Só por um minuto ou por uma vida inteira?) - Remake

Depois que o amor de Leo e Bia virou musical e o de Eduardo e Mônica virou vídeo de operadora de celular (por sinal, duas), muito pouca coisa restou para falar no Dia dos Namorados.
Repetições de um mesmo tema, mesmas frases velhas conhecidas e não sou eu que vou tentar arrumar alguma coisa nova, para inspirar os sonhos apaixonados.
Só que vale até a pena até tentar, considerando que hoje é domingo, o frio é polar e isso lembra lareira, fondue e vinho.
No ano passado, escrevi um texto que vou dividir novamente com vocês (parte dele). Algumas frases conhecidas, como sempre, algumas inéditas, só um conto de fadas que também começa assim:

Era uma vez...

"Uma mocinha!
Longos cabelos loiros, olhos verdes, alta, bem magra, sorriso metálico (usava aparelho, mas hoje em dia não usa mais), que não tirava o brilho da beleza de seu rosto. Tinha um grande amor no coração pelo tal do mocinho, mas isso era uma coisa difícil e ela vivia cheia de saudades!
Até que um dia se encontraram... e, então, conversaram:

- Sei lá... Saudade de você.
- Isso veio assim, do nada?
- Felicidade é estar com quem você gosta em algum lugar.
- É... mas nossas escolhas é que vão dizer para onde iremos.
- Eu escolhi: quero ter você vivendo meu dia-a-dia...
- É mesmo? Então quero ver!
- Nada mais me dá prazer além da sua companhia.
- Mas as conclusões que você chegou não foram nada conclusivas.
- Por que você faz isso? É só comigo que acontece esse tipo de coisa...
- É que gosto tanto de você que até prefiro esconder...
- E eu ainda me surpreendo...
- De que adiante eu sentir e você não dizer nada a respeito?
- É que eu sou assim mesmo...
- Eu não entendo...
- Tudo é relativo: me faz feliz que te faço feliz também.
- Então vem comigo que eu te mostro o que é felicidade!
- Só que há mais uma coisa a considerar...
- E o que é?
- Te conto no caminho, se o nosso for o mesmo.
- E se eu pedir?"


O que aconteceu depois eu nem imagino, mas é uma história de amor.
Já vale para hoje? Acho que ainda falta alguma coisa... mas não lembro o que

Boa tarde! Eu sou o Narrador”

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Outros Mundos

Durante uma viagem de vários dias, onde você encontra novas e reencontra velhas experiências, a vontade de um narrador é contar tudo que acontece todos os dias.
Só que andei lendo uns textos da Emi e achei melhor pensar numa outra forma de escrever.
Aproveitei, então, os mil quilômetros, doze pedágios, treze horas e mais algumas outras referências, para adquirir inspiração e ai, novamente, muitas coisas distintas surgiram e eu poderia discorrer a respeito por vários dias seguidos, o que também contrariaria a opinião da amiga (pois é, Emi... a carapuça serviu!).
E agora chegou a hora de escolher e escrever... mas algo não estava nos meus planos... os neurônios congelaram!
A ideia era falar dos vários mundos que nossa imaginação pode criar. Seria muito interessante, daria para comparar várias coisas, mas o frio e uma dor de cabeça, velha conhecida, atrapalharam.
Resolvi deixar quieto e pensar em algo para outro dia (Patrícia que me perdoe).
De qualquer forma, um novo mundo apareceu: depois de muitos estudos, agora também ando pelas terras do Pinguim (bem adequado à situação polar que me encontro). É algo bem diferente, tranquilo, não surgem “erros fatais”, anda rápido... várias outras vantagens e desvantagens. É só conferir a criatividade da tela (a foto é minha)


Aproveitando a deixa, olhem pela janela e observem a lua... o gato sorri!
Ontem foi aniversário de Alice e deixo aqui os “Parabéns”!
Maria Clara nasceu, lá nas terras de além mar... Parabéns aos pais corujas!
E no mundo da imaginação, não é que materializaram o Eduardo e a Mônica?
                                      Boa noite! Eu sou o Narrador!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Kiss Me

Há muito tempo eu não viajava por tantos lugares num só período. Mesmo considerando que a maioria eu já conhecia e o objetivo não foi turismo, dois terços dessas férias já se foram e muita coisa legal aconteceu.
Claro que houve um “entra e sai” de hotéis, “arruma e desarruma” malas foi uma constante e acostumar rapidamente aos diversos colchões e chuveiros foi uma necessidade, para a sobrevivência desse dia a dia algo nômade.
Primeiro foi o bom período em Curitiba. Sem a “obrigação” de tirar dezenas de fotos e visitar os pontos de referência, preferi andar pelo centro da cidade, nos intervalos do curso, assim como ir àqueles shoppings que eu não conhecia pelo simples fato de não encontra-los das outras vezes, mesmo com a ajuda do Google Maps! Aqui cabe um parênteses: não confie nos mapas para andar de carro em Curitiba. Como andar a pé faz bem pra saúde, fica aí essa boa sugestão, principalmente se você tiver a Su como guia, após um bom almoço e sua excelente companhia, algo que já não acontecia há muitos anos.
A seguir foi a “baldeação”, a caminho do Rio, em Sorocaba, que no mapa também parece bem pertinho da “BR”, mas prefiro nem comentar os trinta ou mais quilômetros da estradinha de serra que você precisa percorrer para chegar até lá (não tente na chuva). A cidade merece uma visita turística, numa outra ocasião, sem esquecer de passar naquele restaurante especializado em filé a parmegiana localizado na rua da Luci que, claro, fui visitar.
A partir daí, boas estradas, placas de velocidade máxima elevada, mas não fique tão animado porque tudo muda em segundos com um ameaçador radar. Aliás, tenha sempre em mente qual parente que não possui pontos na carteira porque você poderá precisar disso, após muitos dias em locais diferentes.
Agradáveis trinta e dois graus, assim me recebeu o Rio de Janeiro, numa tarde lindíssima de final de outono. Velho Pai animado, um bom jantar no restaurante de sempre e uma programação burocrática ainda por vir.
Alguns dias depois, subir a serra, rever a montanha. Petrópolis, dessa vez, não saudou com a chuva típica, mas o friozinho de sempre estava lá à espera.
Beijos... há coisa melhor? A saudação pode terminar por ai mesmo, ou ir além, mas tudo começa nos beijos. Encontrar os amigos “dispersos pelo mundo”, afirmar vínculos, elogiar o passado e distribuir muitos beijos.
De todos os objetivos diversos da saga de quase três mil quilômetros, essa foi a coisa mais importante.
Claro que não consegui e nem vou conseguir, nos dias restantes, rever todos aqueles que importam e que sempre estarão aqui. De qualquer forma, àqueles que não encontrei, fica o beijo e o abraço, com a certeza que moram em meu coração.
Marcando a passagem pela serra, uma música foi muito marcante, tocada no Pratas de 2007 e que foi o tema para o título. Se você tiver alguém do seu lado, aproveite... é um bom momento para isso!



Boa tarde! Eu sou o Narrador!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Adeus ao Mago da Luz

Quando um animado professor e amigo deixou a faculdade, escrevi um texto intitulado “Os Arroiz”.
Esse apelido foi dado a um grupo de professores que não perdia uma só festa da garotada e eram os tais “arroz de festa”.
No ano de 2006, na Festa dos 100 dias, eles foram a caráter e, como sempre, tudo foi muito divertido. Vou deixar aqui um trechinho do que escrevi à época.

“Lá no tempo da montanha, um dia houve um feitiço
E quatro amigos viraram cereais:
Fada dos Olhos, Mago da Luz, o próprio Merlin e a Fada da Luz
Foram imortalizados em inúmeras imagens digitais.

Com os aprendizes, era um tempo muito bom.
Aproveitando uma folga inesperada,
O Mago selecionou algumas dessas imagens
E espalhou aos sete ventos, elogiando o passado.

Um por um eles foram se separando
E agora chegou a vez do Mago da Luz
Que irá embora para outras terras,
Deixando muita saudade no coração de todos.

Fada dos Olhos ficou desolada:
- Ah! Mais um que vai? Assim não dá!
Fica triste, mas também contente,
Pois, assim como os demais, ele vai atrás de seus sonhos.”

Agora o Mago da Luz foi ao encontro da verdadeira Luz e passou a brilhar ainda mais forte dentro dos nossos corações.
Boa noite, André! Eu sou o Narrador... :o(

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pinto no Lixo

Passei um tempo sem narrar coisa alguma. Talvez um pouco de preguiça ou então falta de assunto mesmo. Se bem que vários eventos aconteceram, desde o Dia das Mães (falei com o Velho Pai e o saudei já que ele acumula funções) até uma festa de tropeiro que, segundo disseram, foi algo parecido com a primeira edição do Rock in Rio em 1985, também chamada de Rock in Lama (mas isso é história para quem foi lá e lembra-se do que ocorreu).
Veio, então, uma ideia de comparar a vida a um grande quebra-cabeças. Lembrei de um colega que sofrera um acidente lá no século passado e que, para passar o tempo, comprou um desses de 1500 peças. Claro que ele nunca montou, mas se tivesse montado, acabaria a graça do brinquedo. Boa comparação com a vida? Ficaria um texto bem interessante só que eu seria acusado de plágio explícito porque existem vários blogs repletos de comparações, semelhantes ou não, mas com a mesma ideia.
Parti para uma variação da coisa e resolvi falar do dominó, quando você usa as peças enfileirando e derrubando tudo no final, para ver o efeito que ficou. Nem pensar: a Internet está lotada de textos comparativos.
Procurar o ineditismo foi a solução.
Lembrei-me de uma frase que o Velho Pai fala de vez em quando, que foi o título deste texto.
Aí Raquel perguntaria: “– Mas por que esta frase?”
E o Narrador responderia: “- Foi exatamente o que achei ao ver aquela cena!”
Agradáveis dez graus, numa manhã de terça-feira, numa capital do sul do país, sem contar a sensação térmica quando batia aquele ventinho que entra pela roupa, como a visão do Superman, e vai até os ossos; uma quantidade incontável de pessoas, vindas de todos os cantos (inclusive alguns bem quentes), saltavam dos diversos ônibus de turismo, na porta do local do evento.
Boa parte já da velha guarda, “adolescentes da terceira idade”, animados com tudo que viam: encontravam amigos, reuniam para tirar fotos de todos os lugares decorados com o tema do evento, combinavam passeios e até assistiam as palestras proferidas pelos especialistas (foi pra isso que vieram).
Realmente, pareciam “pintos no lixo”, como diria o Velho Pai.
Pensa que a brincadeira acabou por ai? Claro que não!
Apesar de mais de três mil pessoas presentes, sempre algum “antigo” amigo era encontrado e a alegria aumentava mais ainda com a troca de novidades no “elogiar ao passado”.
Dominó, quebra-cabeças... jogos e brincadeiras... o que importa é sempre recomeçar, assim como participar de um evento como esse... tudo volta como se nada tivesse acontecido.
E como dizia o poeta naquela “antiga” canção: “...se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi...


Boa noite! Eu sou o Narrador

domingo, 1 de maio de 2011

Dois bicudos não se beijam

Nome de LP em vinil de Waldir Azevedo, provérbio popular...
Não! Péssima ideia falar disso desta forma. Vamos tentar outra vez.
Uma foto então:



Hum... ainda não ficou bom. Fazer textos é uma coisa bem complicada.
Tanto que às vezes o leitor fica irritado, como parece que aconteceu outro dia lá no texto do Pokémon, onde o principal era a definição final em azul e não a confusão narrada antes.

Os “bicudos”, de que desejo falar, são bem específicos (existem outros tipos):
Sâo apaixonados um pelo outro, mas brigam o tempo todo por motivos que variam de nada a coisa alguma. Por um lado se defendem atrás de um orgulho besta, sempre acham que tem razão e, com isso, vão ficando isolados daqueles que só lhes querem bem.

Essa história poderia ir bem longe, mas não é o objetivo. Tive essa ideia assistindo Glee Episódio 2x11 onde o que não faltou foi história de bicudos. Por conta disso, deixo ai uma música que fala o que acontece quando “Dois bicudos não se beijam”´(principalmente aqueles que se amam).


Boa Noite! Eu sou o Narrador!

sábado, 23 de abril de 2011

Coisas de Coelhinho

Uma sequência de datas comemorativas terminará amanhã com uma festa. De Libertas Quæ Sera Tamen, dos Inconfidentes, à Ressurreição, passando por São Jorge (festa essa que o amigo Dragão evitava por motivos particulares) e ainda tudo misturado com o coelhinho dos ovos coloridos de chocolate.

Ana Beatriz e Adrielle, aquelas irmãs que ninguém ficou sabendo muito bem o que elas eram (bom, o Mago dizia que elas nunca aconteceram, porém ele não possuía qualquer controle sobre o que faziam), um belo dia contaram uma história que agora coloco por aqui, na íntegra.

Era uma vez, então, mais um Conto de Fadas (ou seria Conto de Páscoa?).

Passeando pela estrada a fora, nem tão sozinhas assim e muito menos levando doces para alguma vovozinha, as meninas encontraram um coelhinho de pelo castanho assim como seus olhos, meio exausto, meio perdido, com uma cesta ao seu lado, coberta com um pano de prato xadrez e uma mochila, dessas comuns que são usadas para ir a escola.

Vendo tal situação, rapidamente elas providenciaram água e algum alimento para o bichinho que, uma vez recuperado, agradeceu e conversou um pouco com elas, a respeito de suas aventuras.

Era um Coelhinho de Páscoa!

- Bom, agora a coisa ficou complicada! Afinal, como assim “um coelhinho de Páscoa”? O correto não seria dizer que era “o Coelhinho de Páscoa”? – repreenderia o amigo Guri, também grande escritor.

Os Coelhinhos encarregados de levar os ovos de chocolate para todo o mundo não são como o Papai Noel que possui uma legião de duendes, as renas, o pó mágico que abre janelas e todas aquelas outras coisas que permitem seu voo de uma noite para entregar presentes.

De cada ninhada, um coelhinho é escolhido para tal tarefa e um belo dia ele some, para desespero de seus pais coelhos que só algum tempo depois é que recebem um e-mail (antigamente recebiam a informação por outros meios) informando da honra que seu filhote recebera. Este filhote, abduzido para alguma dimensão que o coelhinho não contou qual era, é treinado na missão de levar os ovinhos de chocolate que são feitos em outro lugar e aí é história para contar num outro dia (mas já disseram por aí que isso é coisa do Papai Noel também).

O nosso herói dessa aventura, tinha uma missão mais complicada. Ele era de um grupo que deixava ovinhos em cestinhas e levavam, na troca, uma cenoura. Até que a ideia era boa porque eles já saíam alimentados e corriam pouco risco de serem confundidos por caçadores e ai virar prato do dia em algum restaurante a quilo.

Só que tais cestinhas ficavam em apartamentos de prédios muito altos de uma área super chique da cidade de São Paulo e a cada visita ficavam exaustos, pois a escalada era enorme (isso sem contar que não podiam ser vistos e coisa e tal).

Faltando somente uma entrega, ele retornou à estrada, para descansar um pouco, onde escorregou e torceu o pé. Foi quando as meninas chegaram.

Cientes do problema, fizeram uma pequena tala no pé do coelhinho, para diminuir a dor. Ana pegou o bichinho no colo, enquanto Adrielle providenciou uma nuvem para o transporte. Chegando lá, a pequena Fernanda dormia.
Pé ante pé, entraram pela janela e procuraram a cestinha que estava em cima do criado-mudo. O coelhinho fez a troca com a ajuda de Adrielle. Já de volta à nuvem, observaram que Ana ficara olhando a menininha de cabelos cacheadinhos.

- Vamos, Ana! Senão ela acorda!

Num rápido movimento, já estava na nuvem e assim partiram. Pela manhã, a menina sorriu ao ver que o coelhinho passara por lá.

- Por que você demorou, Ana? – perguntou o Coelhinho.
- Deixei um presente a mais para ela. Alguma coisa me diz que em algum dia no futuro, ela será muito importante para alguém que vou gostar muito também.


Boa Páscoa, Fernanda! Eu sou o Narrador.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Todo Pokémon evolui

“Em tempos desconhecidos, criaturas estranhas apareceram nesse planeta. Nós os chamamos de Pokémon. Por muitos anos, incontáveis espécies de Pokémon se desenvolveram. Pesquisadores procuraram e identificaram centenas dessas criaturas. E ainda há muitas mais para serem descobertas. Muitas histórias foram passadas contando as extraordinárias aventuras que os humanos compartilham com seus amigos Pokémon. Também houve conflitos, mas através das eras, aprendemos a viver em harmonia e assim a história continua…”
Trecho inicial de Pokémon 8: Lucario e o Mistério de Mew


Lá pelos anos 1990, fui apresentado a esses bichinhos bem interessantes, onde uma das suas características era a evolução. Poderiam começar como uma inofensiva e simpática criatura e terminar como um dragão ou algo do gênero talvez nem sempre tão simpático e inofensivo assim. Eram utilizados em estorinhas e jogos de cartas ou videogames.
Claro que todo tipo de polêmica surgiu a respeito da ideia e também as tais piadinhas, cujo mote seria “Todo Pokémon evolui” (experimente colocar essa frase no Google para ver o que aparece).

E o que seria EVOLUÇÃO?

Segundo o dicionário: e.vo.lu.ção (lat evolutione) sf 1 Progresso. 2 Transformação lenta e progressiva de uma ideia, fato, ação etc. 3 Processo pelo qual todo organismo vivo, a partir de um estado rudimentar e por meio de uma série de alterações gradativas, vai adquirindo as características que o distinguem.

Evolução também pode ser uma aventura. Quando mudamos de cidade e de estilo de vida, procuramos evoluir de alguma forma. Durante toda nossa vida, experimentamos muitas coisas, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Coisas boas, coisas ruins, mas sempre procurando evoluir tanto profissional como espiritualmente. Em dado momento, isso tudo acontece novamente (assim como no POKÉMON).

Alguns agem de outra forma: levantam as mãos para o céu e esperam que a evolução caia sobre suas cabeças, como raios de fogo ao melhor estilo “He-Man” (para não perder a deixa dos desenhos animados). Com isso, acreditam que os que evoluem ficarão eternamente à disposição de seus desejos até que...
Bom... melhor transformar isso numa historinha:

Ela fez uma opção e ele respeitou (se bem que ela poderia ter sido mais delicada e gentil, mesmo que omitisse certos fatos, cujos detalhes mórbidos quem vai omitir sou eu).
Por sua vez, ele evoluiu.
Quando ela soube que ele ia embora, colocou as mãos na cabeça e pensou: “E agora? Que merda que eu fiz!! Dei bobeira e agora o que vou fazer?"
Mais do que depressa, procurou um texto na Internet, transformou isso num e-mail e enviou, como se fossem palavras dela, acreditando que ele nunca descobriria tal obviedade. Ele respondeu, mas também vou pular essa parte.

O ideal, para encerrar essa confusão que a narrativa se tornou, seria que ela procurasse o verbete no dicionário e lá encontrasse algo assim:
e.vo.lu.ção (lat evolutione) sf 1 Descobrir que precisamos aceitar nossos erros, correr atrás de quem se ama, pular no colo, dar um beijo na boca e dizer: não vá embora porque eu te amo e não vivo sem você.


Boa noite, Pokémon! Eu sou o Narrador.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Samba do Crioulo Doido

Em alguns locais por ai, as estações do ano resolvem pregar algumas peças e mostrar toda sua força num dia só. Já morei num lugar assim, que denominavam Chuvópolis desde os tempos de Dom Pedro II, como dizem alguns alguns historiadores.
Você acorda de manhã e há neblina e frio. Pega o carro, faróis acesos, chuviscos e vai trabalhar encasacado. Na hora do almoço, abre o sol, céu azul, algum calor e você coloca o casaco na mala do carro e acha interessante deixá-lo num lava-jato para tirar a poeira. No final do dia você acha lindo o por do sol e o surgimento da lua que agora está em crescente.
Bom... isso tudo é porque esse dia foi hoje, agora vai cair uma tempestade e não moro mais naquele local.

Coisa de doido? Talvez. Na dúvida já separei a lanterna e deixei velas nos castiçais (nunca se sabe).

Aproveitando a deixa, vou contar uma história que nunca aconteceu (o que não quer dizer que não possa acontecer).

Dois jovens: ele dezessete anos, religioso, bom menino, tocava violão e até era bom aluno; ela quinze anos, religiosa, boa menina, também tocava violão e também era boa aluna.
Tiveram o mesmo médico quando eram crianças e, um dia, ela resolveu mudar de vida, entrou numa seita esquisita, deixou parte da infância de lado e começou a dar piti um atrás do outro. Por sua vez, ele apaixonou-se pelo amor impossível e resolveu dar fim à própria vida, arranhando os pulsos com uma faca de plástico dessas usadas em festas de aniversário de criança.
O tal médico, vendo essas confusões, nem conversou muito: mandou os dois para o consultório do psiquiatra, onde se conheceram.
Enquanto esperavam, suas mães trocavam receitas de bolo e eles, de tanto tédio do assunto que ouviam, resolveram conversar também.
O assunto não era culinária: falavam sobre os remédios que tomavam e discutiam as diferenças religiosas, um tentando convencer ao outro que o que faziam era a melhor escolha. Em alguns momentos, concordavam que o encaminhamento feito pelo médico em comum era desnecessário porque, afinal, o que eles estavam fazendo esperando o psiquiatra já que não tinham qualquer problema?
Algumas consultas depois já estavam íntimos. Trocaram telefones, e-mails, msn e conversavam horas a fio na internet, combinando sempre de se encontrar naquela sala de espera que virou praça de alimentação de shopping para eles.
Bom... cresceram, namoraram, se formaram, se casaram e fizeram amor pela primeira vez (não necessariamente nessa ordem). Claro que, aí, essa foi a melhor terapia: nada como um relacionamento sadio para curar alguns distúrbios e tornar os medicamentos dispensáveis.

Com tudo isso, acabei lembrando do Sérgio Porto, lá de 1968, quando ele falou de um tal crioulo carnavalesco e divido com vocês essa pérola da música brasileira. O que será que ele pensaria se lesse essa história?



Boa noite! Sou o Narrador e a tal tempestade não caiu... vai entender!

domingo, 10 de abril de 2011

A amiga, o Narrador e o Macaco e a Velha

Bom… não foi bem assim que a conversa aconteceu, mas achei interessante narrar desta forma.
Uma amiga colocou no Facebook um pedido se socorro que transcrevo aqui, na íntegra:

“Este mês é o mês da leitura na escola do meu filho... fui chamada para contar uma estória na turminha dele semana que vem... estou estressada com isso... 13 crianças de pouco menos de 3 anos vão (talvez, não sei) prestar atenção no que vou falar, na estória que vou contar...parece fácil, né? Mas to estressadíssima... e se der branco????? Socorro!!!!!!!!!! Não quero decepcionar ninguém...”

Os amigos correram para auxiliar e algumas sugestões apareceram: utilizar um figurino relacionado à estória, vestir seus dedos com aqueles “dedoches” para ajudar, criar uma outra estória sobre a mãe estressada que vai contar uma estória na escola do filho, isso enquanto ela pensava falar de Cachinhos de Ouro.
Vamos combinar uma coisa: hoje em dia é necessário pensar em tudo antes de contar estórias infantis para criança. Até as músicas do cancioneiro popular estão ameaçadas! Brincadeira de roda com os clássicos “Atirei o pau no gato” ou “Cai cai Balão” já não rola mais.
Cachinhos de Ouro invadiu a casa dos ursos, tomou o mingau, desarrumou as camas das pobres e indefesas criaturas e depois saiu correndo antes que o Papai Urso chamasse o BOPE.
É... Narrador pensa em tudo isso!
Caso isso aqui fosse um diálogo, a amiga diria:

- Então vamos escolher outra estória. Que tal Branca de Neve?
- Hum... uma adolescente dormindo na cama de sete homens? E o problema com a maçã? Fruta é algo nutritivo. Péssima ideia. – o Narrador responderia.
- Chapeuzinho Vermelho, então!
- Os lobos correm risco de extinção. Os ecologistas vão reclamar.
- Narrador! Você é um chato! Vou falar de Cinderela e pronto.
- Trabalho escravo... ideia interessante, mas pode causar traumas.
- Aff... Bela Adormecida?
- Confinamento, uso de drogas injetáveis e quem disse que aos três anos as crianças iriam entender o que era o fuso de uma roca?

Horas de assunto passaram e eles não chegavam nunca a um acordo. Até que o Narrador surgiu com uma sugestão:

- O Macaco e a Velha!

Quando eu era muito pequeno (e isso já faz um bom tempo), o grande sucesso infantil eram uns disquinhos em vinil colorido com estorinhas contadas e cantadas que minha mãe trazia pra mim. Você ouvia o disquinho e tinha que imaginar as cenas, enquanto alguém narrava a coisa com detalhes e algumas músicas eram cantadas também. Os narradores tinham aquela “voz de fada”, claro, e você podia ficar horas nessa função. O Macaco e a Velha era meu disquinho preferido e mamãe chegou a escrever todo o texto e as músicas em algumas páginas de papel almaço.


Enfim... essa foi a sugestão do Narrador. Já imaginei tudo editado, a amiga se passando pelo narrador, com voz de fada, algumas fotos numa apresentação do tipo Power Point ou similar e as músicas originais. Todo o texto é acessível na Internet (não... não precisa ficar ouvindo o disquinho, sem usar o botão “PAUSE”, e copiar tudo em folhas de almaço!), assim como o mp3.
E para quem ficou bem curioso, deixo essa estorinha aqui em baixo, para o deleite daqueles que já a conhecem e para os outros que querem conhecer. 

    
                               
Boa tarde! Hoje é domingo, já é o segundo texto de hoje, lá fora está chovendo e eu sou o Narrador!. Querem uma limonada?

Outono

Procurei no dicionário o significado da palavra "narrador" e encontrei o seguinte:
nar.ra.dor
(narrar+dor) adj+sm Que narra.

Simples, não é mesmo?
O narrador está presente em todos os textos: é aquele que conta a história da estória; é aquele que revela os pensamentos dos personagens, aquele que informa ao leitor quem está falando naquele momento e pode ser o próprio autor da prosa ou do verso.
Em algumas ocasiões, ele assume uma forma animada qualquer e vira também um personagem e aí ele assume a duplicidade, pois deverá narrar também seus pensamentos. Concluindo: o narrador é um ser multimorfo.
Esse início de texto estaria na apresentação que não houve. Eu falaria também do porque escolhi girassóis. Gosto de girassóis. Lembram coisas que não me lembro da infância, onde, em algum lugar, eu via girassóis e achava uma flor bonita.
Durante um ano eu procurei girassóis para fotografar e, no último verão, os encontrei em diversos jardins, assim como muitas hortênsias azuis que também apareceram, do nada, espalhadas por todo o canto.
Agora é outono. Período bem curto porque o inverno aqui dura nove meses e o tempo que sobra é dividido pelas outras estações. As flores vão sumir, algumas árvores entrarão em dormência e o frio entrará pelas frestas das paredes de madeira das casas. Melhor comprar lenha...

Bom dia! Sou o Narrador.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Apresentação?

Começar uma ideia nova no meio de uma grande confusão é algo complicado. O ideal seria uma apresentação formal, mas isso vai ser história para outro dia.
Era certo que a repercussão mundial, o aproveitamento da mídia, dos políticos e de outros interessados no próprio umbigo apareceriam de certa forma.
O que observei foi outra coisa e assim começo essa rápida narrativa, como rito de abertura.
Uma comunidade inteira foi mobilizado na defesa de seus entes queridos que foram atacados e ameaçados por alguém que não merece qualquer adjetivo e que terá que resolver isso sozinho com Deus.
Sorte dessa comunidade que um soldado finalizou o problema antes que o desastre fosse maior.
Sorte da sociedade que deu resposta imediata através dos anônimos que transportaram as crianças, dos profissionais que correram às unidades hospitalares para socorrer as vítimas e também seus próprios colegas que jamais esperariam tamanho desafio.
Sorte das nossas consciências, quando elas digerirem os fatos e repensarem seus movimentos e seus próprios erros.
Vou deixar por aqui uma música que tocava enquanto eu pensava no que escrever. Acredito que boa parte da letra é adequada ao momento. Espero que gostem.



Boa Noite! Sou o Narrador