segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia das Bruxas (Será?)

Houve um certo anúncio de que o final de semana que antecedia o Dia das Bruxas não seria algo tão normal assim. 
A tempestade de sábado, com direito a raios e trovões, contrastou com a delicada sobremesa de amoras, fruta geralmente associada a feitiços e magias.
Lá fora as nuvens carregadas, como se tivessem sido empurradas para bem longe, por uma força misteriosa, foram substituídas por uma noite clara, sem lua, porém repleta de estrelas. Isso foi muito significativo principalmente na hora do apagão! 
Sim! Apagão! Ou você acha que essa data ia passar assim totalmente iluminada pelas obras humanas? Como brilhariam as abóboras e como passeariam os zumbis? 
O silêncio a seguir era tanto que até o som das diminutas chamas das duas velas acesas era audível, se você prestasse bem atenção, e somente um gemido, de um gato não identificado, quase deu um susto nos desavisados. Nos tempos do Mago, alguma coisa aconteceria, mas agora só restou recostar no sofá e aproveitar a semi escuridão. 

Até que... 

Ainda faltava uma hora para o Dia das Bruxas quando uma das velas, subitamente, brilhou mais forte e sua chama ardeu de forma mais intensa, flutuando no ar, na direção da bandeja mágica (presente deixado pelo Mago, antes de sua partida) e acendeu suas luminárias. 
Era o encantamento tão esperado!
 
- Vamos, vamos! Todos te esperam! 

Puxado na direção da bandeja, por duas mãozinhas delicadas e desconhecidas, corpos foram misturados à luz das chamas mágicas levando os três, rapidamente, à velha casa, onde a teia de era fora aberta, para aquele reencontro tão esperado.
Isabela e Carolina , agora com doze anos, correram pelo caminho, ao encontro de suas novas amigas de colégio, Romy e Rayne, velhas conhecidas de Melinda que não desgrudava do Guri.

Ana Beatriz, Adrielle e Deborah prepararam a festa com direito a abóboras iluminadas, mas sem o inconveniente dos zumbis, afastados pelos yetis, pelo Dragão e pelo Guardião Baixinho. Muita música, muita conversa, muito divertimento e muita saudade dos velhos tempos, principalmente aqueles da montanha. 

Acordei, de repente, com a volta da eletricidade. A vela fora toda consumida e acreditei que tudo não passara de mais um daqueles sonhos que você tem quando cochila no sofá. Começo a desligar as luzes quando, já na semi escuridão, dessa vez criada por mim, noto que as luminárias da bandeja seguiam acesas... Será?
 
Bom dia! Eu sou o Narrador.  

Nota: Deixei uns links para outros textos do “Contos de Fadas?” e outro para o site oficial da Alyson Noel, cujos livros comecei a ler no ano passado e aproveitei duas personagens para o texto de hoje. Coincidentemente, muitas passagens de seus livros também apareceram em textos do blog só que o “Contos” foi criado em 2005 e seus livros surgiram em 2009. Será que ela também lia o que eu escrevia? Será?

Um comentário:

  1. Espírito do porco que vivia na montanha.31 de outubro de 2011 às 14:01

    Amoras... na próxima vez em que souber que há sobremesa de amoras irei visitá-lo. Pode estar um temporal e não precisa nem ser dia das bruxas!

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