domingo, 26 de maio de 2013

Porque hoje é domingo

Uma das minhas bandas favoritas, nos anos 1970, era a Brazuca, do Antonio Adolfo e Tibério Gaspar (clique aqui para conhecer). Participou de dois festivais da canção e suas músicas contrastavam com o momento político-musical da época, já que falavam mais de coisas simples, ao invés de virarem “hinos” anti ditadura. Uma dessas músicas sempre vem à cabeça, em dias como hoje.

♪“Ei você do jeito triste 
Faz de conta que mudou 
Alegria ainda existe 
Porque hoje é domingo e já raiou.
Ei você do terno escuro 
Quanto tempo trabalhou 
Pense menos no futuro 
Porque hoje é domingo e já raiou”♫ 

Os domingos são interessantes: algumas pessoas aproveitam para dormir até mais tarde, somente parte do comércio fica aberta, mas algumas características existem em todo lugar, como a missa católica, o cheiro característico do frango, assado naquelas máquinas que chamam de “televisão de cachorro”, que será servido com a indefectível maionese, na hora do almoço na casa da avó (em alguns casos, também nos almoços das igrejas, porém sugiro evitar nesses locais ou congêneres). 

♪“E a moça arranjou um namorado 
E a rosa se abriu sobre o luar 
E a banda tocou mais um dobrado 
E é tanto biquini a beira-mar 
E o homem flutua pelo espaço 
E a escola de samba desfilou 
E o choro no riso do palhaço 
Porque hoje é domingo e já raiou”♫ 

O frango também pode ser acompanhado da farofa: aí já é especialidade da turma que acorda às quatro da manhã, para pegar o ônibus na direção da praia ou, no Rio de Janeiro, para a Quinta da Boa Vista. Antiga residência imperial, guarda um passeio sensacional com visitação ao fantástico Museu Nacional, ao Museu da Fauna Brasileira (espero que ainda estejam abertos) e ao Zoológico. Se não quiser fazer nada disso, é só esticar a toalha xadrez em algum ponto, brincar com as crianças, andar de pedalinho (se ainda existir) e depois almoçar. No final do dia, enfrentar a volta de trem ou ônibus. 

Enfim, é um dia bem legal. Aproveitei o sol e saí a pé, para uma caminhada e para sintetizar alguma vitamida D. 

♪“Ei meu povo tempo avança 
E a semana terminou 
Riso solto, pé na dança 
Porque hoje é domingo e já raiou!”♫ 

E você? Vai ficar em casa com a bunda na cadeira pendurado no computador? 'Bora sair e se divertir né... hoje é domingo!



   

 
Bom Dia! Eu sou o Narrador.

sábado, 25 de maio de 2013

Dancing in the moonlight

Tenho vários textos sobre a lua, desde os tempos da montanha, quando ela aparecia em prata e porcelana, com histórias da paixão de um menino por sua beleza. Ela chorava, mas isso ficou pra trás. O que não mudou foi a grandeza das noites de luar e tenho várias imagens, em diferentes locais do país. Selecionei algumas, que eu gosto muito, num vídeo no final da página. Antes, porém, vou recordar um texto que escrevi em 2010. A música do vídeo é o título da postagem numa versão do Toploader, do original de 1973 do King Harvest. Espero que gostem e aproveitem a noite! 

Apesar da névoa clara, 
Que impede a visão do luar, 
Ela está lá em algum lugar 
Em prata e porcelana, linda como sempre... 

Ana e Adrielle foram ao jardim. 
Seus olhinhos brilhavam ao procurar a lua 
Em algum lugar naquele infinito, 
Onde outras estrelinhas haviam de brilhar também. 

Inicialmente, com passinhos delicados, 
De mãos dadas a seres invisíveis, 
Iniciaram um rodopiar misterioso 
Com movimentos de dança sofisticados. 

Suas roupas iniciaram uma transformação 
Surgindo vestidos esvoaçantes de tecido suave, 
Enquanto a névoa absorvia os poucos feixes de luz 
Que tomavam cores diversas e brilhantes. 

Cada vez mais depressa, num ritmo musical, 
Pareciam multiplicadas de tão rápido que dançavam. 
Em dado momento, pareceu que ela assim entendeu 
E, coberta inicialmente por um manto negro, materializou-se. 

- Por que me chamaram, pequenas elementais? 
- Bom… não somos bem isso, mas queríamos companhia para dançar! 

A música foi retomada e a Lua deixou cair seu manto, 
Deixando à mostra um belo e brilhante vestido 
Totalmente branco e longo, igualmente esvoaçante, 
Contrastando com o rosa e azul das meninas. 

Impossível descrever a cena 

E fica a critério de cada um: misture as cores, os contrastes e os brilhos; 
Envolva tudo em sentimentos... talvez seja possível imaginar. 
O que importa é que tal sentimento tem que ser grandioso, 
Maior do que se possa alcançar; deve ser livre e real; 
Deve ter o poder de mudar tudo o que se sente; 
Pode até ser sombrio, mas tem que ser verdadeiro... E dessa forma é que se dança sob a luz da lua... Mas, quem sabe, isso deve ser amor...  




Boa Noite Eu sou o Narrador.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Coisas de Sexta-Feira

Quando a fisioterapeuta sugeriu caminhadas, associadas ou não ao ciclismo amador, sua explicação foi bem interessante, pois nosso corpo necessita de algum atrito entre as articulações para adequada lubrificação dessas regiões, evitando outros traumas desnecessários. No início a coisa pareceu muito simples, já que a musculatura foi reforçada com as pedaladas e ai, caminhar, seria moleza. Ledo engano: essa coisa de “quicar” por ai rendeu uma puta grande dor nas costas que não foi amenizada pelo colchão novo, escolhido com todo cuidado. A solução foi insistir, caminhar mais um bom bocado e, magicamente, a dor cedeu. Dessa forma, logicamente, eu iria repetir o processo hoje, de preferência na parte da tarde. Só não contava com o frio lunar (já disse que nos polos é mais quente) oriundo da sensação térmica provocada pela chuva fina e pelo “ventinho” que supera qualquer vestimenta adequada (nem o casaco, que a gente leva, consegue evitar isso). 

O jeito foi aproveitar o “cano” que a diarista deu e fazer uma caminhada doméstica mesmo, com a vassoura na mão (lembrando que, para os voos, a altitude máxima é de 150 metros lá na Suazilândia), tentando enganar a consciência. Satisfeito com o resultado (pensa que vida de diarista é mole?), parti para a aula de violão com aquela disposição de passar, antes, na loja de música e cobrar a entrega da flauta que eu encomendara há quase um mês e até ontem nada acontecera. 

Ah! Isso eu não contei: sim, encomendei, mas não foi aquela que eu vi na loja e sim um “upgrade”, para um modelo com performance mais satisfatória, da mesma marca. Igualzinho à história do colchão, tive que aprender as diferenças entre flauta niquelada e prateada, mecanismo de mi, sol fora de linha e vou pular a descrição dessa pesquisa, mas indico para quem desejar comprar qualquer coisa. 

Após o almoço, concordei que as missões do dia estavam resolvidas e que nada mais aconteceria; aquele cochilinho inevitável era o destino certo dessa sexta-feira chuvosa e fria, quando ouço o som do tema do Harry Potter ir aumentando ao longe... meu telefone, que raramente toca e quando toca é da operadora, oferecendo alguma coisa que eu não vou querer, resolveu dar sinal de vida. De primeira achei que era trote: a operadora (lógico que seria uma operadora) da TV paga oferecendo a troca do aparelho comum por outro em HD quase sem custo adicional. A atendente sabia todos os meus dados e fiquei esperando aquele momento que ela pediria o número do cartão de crédito, onde eu iria encerrar a coisa, mas isso não rolou e... o resultado eu conto quando e se acontecer realmente. 

Bem animado com tal possibilidade, voltei à atividade anterior (dormir), quando, novamente, lá vem a musiquinha... tentei o “wingardium leviosa”, mas não deu certo e levantei atrás do aparelho. 

- Sua flauta chegou! Está disponível aqui na loja! - era a voz do animado vendedor. 

Claro que fui lá! Agora é pesquisar mais e conversar de novo com a fisioterapeuta, para ver como evitar as “L.E.R.s” da prática com o novo instrumento.  


Boa Noite Eu sou o Narrador.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Leva casaco!

Com a transformação dos personagens dos contos de fada em pessoas do cotidiano, as antigas histórias infantis ganharam um formato bem interessante em diversas séries televisivas e até nos desenhos animados (“Deu a louca na Chapeuzinho” é o máximo). Na série Grimm, que atualmente passa no Universal Channel, eu não gostei da versão do conto “Os Três Porquinhos”. Os bichos eram muito feios, bem diferentes da versão Disney. De qualquer forma, a ideia do porquinho “Prático” (construiu uma casa de tijolos, ao invés de palha ou madeira, como seus irmãos) sugere uma estratégia de marketing para detonar, de vez, as construções diferentes daquelas de alvenaria. A partir daí, antigas casas, praticamente artesanais, de madeira, foram substituídas pelas de tijolo e cimento, que logo deram espaço aos prédios (prédio de palha ou madeira não daria muito certo). 

Morar numa casa traz uma série de experiências interessantes e quem sempre morou em prédios jamais poderia imaginar que essas coisas existiriam. Se deseja aventura de verdade, tente morar num local frio, numa casa mista, onde parte é madeira (algumas paredes e o forro, logo abaixo das telhas, onde deveria haver uma laje) e parte é alvenaria. O “puxadinho” coberto por telhas de amianto dá o toque final, mas se fosse palha ninguém notaria a diferença. 

Das coisas que aprendi, o primeiro passo foi saber que jardim tem que ter jardineiro ou tempo, para você mesmo cuidar. A grama cresce rápido e o mato vem junto, mas você pode plantar rosas, já sabendo que nem sempre vão “pegar” na sua primeira tentativa; outra coisa é que o vento levanta as telhas, numa tempestade, e acordar de madrugada com os lençóis molhados, nessa situação, não quer dizer que você está incontinente ou que a senilidade chegou de vez. 

Morar numa casa pode trazer “sustos”, como naquele momento que o sujeito da companhia de água informa que o consumo está cem vezes maior do que o habitual e que há um vazamento em algum lugar da casa, invariavelmente embaixo dela (na sua casa o síndico a enlouquecer é você e o prejuízo não é dividido por todos); num prédio os animais de estimação são restringidos, enquanto numa casa você convive com os sapos que comem as aranhas que dão cabo de outros insetos e que se escondem nos sapatos. Se o quintal for grande e próximo a rios, teremos as cobras também que adoram comer os sapos (já fiz um texto sobre isso – clique aqui para ler). A grande pedida é que você pode ter um fogão a lenha ou uma lareira, facilitando a vida do Papai Noel, já que a chaminé é indispensável. Só que aprender a acender e evitar a fumaceira dentro de casa também é uma arte, além de conhecer o mercado da lenha, cujo entregador escolhe justo o dia de chuva para chegar na sua casa com o metro comprado (aprender a secar lenha faz parte da faina). 

Poderia citar outras situações comparáveis, mas a grande aventura é no frio mesmo, onde casas mistas possuem frestas e aí haja lenha para aquecer o ambiente (sai mais barato do que a conta de luz se você usar aquecedor). 

Os amantes da vida aventuresca ou rural, a essa altura do texto, já desistiram da leitura. Morar numa casa é uma coisa bem legal, mas você tem que estar preparado para isso. Andam dizendo que “importarão”, contra todas as leis escritas e do bom senso, vários médicos para nosso país, que provavelmente conhecerão tal situação. Além do absurdo da medida, não vão durar nem uma semana quando em lugares frios ou em locais de muito calor. Pensa que é moleza? 

Independente de todo o relato, foi um momento de aprendizado e isso sempre é muito bom. Estamos começando o período de frio (dura uns nove meses), as geadas já acontecem (falei delas num conto bem legal de 2011 que você pode conferir clicando aqui) e isso lembra o conselho da minha mãe e que deu origem ao título. Nessas ocasiões, o céu não tinha qualquer nuvem, mas ela sempre recomendava e ai de você que não levasse o tal do casaco (eventualmente o tal do guarda-chuva também) porque ficaria com frio e, eventualmente, encharcado, em algum momento do dia. 

Finalizando (ufa!), para quem mora num prédio, uma coisa não acontece: o belo visual da geada, enquanto o seu carro descongela pela manhã (se for movido a etanol, nem tente ligar que não vai pegar). Faz frio, mas a beleza é incrível. Acorde cedo, pegue seu casaco e não perca a oportunidade. 


 

 Boa Tarde! Eu sou o Narrador.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

TuxGuitar

Feriado municipal dois dias depois de um feriado nacional significa uma semana com 3 domingos, duas segundas e nem sei quantas sextas, porque isso não faz a menor diferença, quando você trabalha em escala de plantão e, ainda por cima, está de férias. O que dificulta mesmo é que, nesses casos, todo o comércio fecha as portas e você tem mais é que esperar um próximo dia útil para resolver pendências que ficaram para as férias (na infância, uma dessas pendências era ir ao dentista ou operar as amígdalas). 

No recesso laboral, as pessoas também dão passeios. O primeiro eu já fiz: Curitiba – Morretes de litorina (recomendo, mas só com um bom esquema de excursão, onde você vai de ônibus até a Rodoferroviária, pega o trem e o ônibus espera você em Morretes para a volta); o segundo “fechará” as férias (suspense até lá). 

E o que tudo isso tem a ver com o título do post? 

Absolutamente nada: foi só um “golpe” para ver se aumento os acessos ao blog (no mesmo estilo “Todo Pokémon Evolui” que é campeão de audiência por aqui). Escolhi este título por conta de um software que instalei no Linux para fazer partituras para violão. Cheguei nele meio por acaso, procurava umas músicas e encontrei, primeiro, arquivos com extensão gp5, que depois descobri que eram baseados num outro programa (pago) que se chama Guitar Pro. Como tudo no Linux, o grande lance é você pesquisar bastante para baixar a versão mais atual e os recursos. Depois é sair procurando as músicas, as formas de conversão (o Guitar Pro, atualmente, faz arquivos com extensão gpx e isso já complica a coisa, mas tem jeito também) e aprender a mexer no programa, que não é tão intuitivo assim, mas será uma grande atividade só possível com muito tempo livre (o que acontecerá este mês). 
Por enquanto, fica a dica!  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.