quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Seu aniversário é hoje? Demorou!

Sempre gostei de comemorar meu aniversário. 

Não! Não é hoje e ainda falta um pouco, por isso fique sossegado que você não esqueceu (só não pense que, na data certa, vou ser sempre compreensivo).

Tive a sorte de nascer num dia de festa e lembro de algumas comemorações. Tudo era bem legal, o apartamento ficava com muita gente, eu ganhava presentes, tinha bolo e até hoje procuro sempre comemorar de alguma forma. 

Outros amigos já não tinham a mesma sorte: alguns faziam aniversário nas férias (como Julho ou então Janeiro/Fevereiro) e quando havia festa sempre era fora da data, para que os amigos do colégio pudessem participar; alguns eram mais azarados ainda quando o aniversário era perto das festas de fim de ano porque aí sempre recebiam presentes com aquele sorrisinho típico que acrescentava uma frase do tipo “vale pelo aniversário e pelo Natal”, por exemplo. 

A partir da adolescência o perigo já era outro: a namorada fazer aniversário em Junho e ai eram dois presentes que detonariam de vez com a mesada (isso se o namoro também não tivesse começado no mês de Junho do ano anterior porque aí seriam três presentes). 

Nasci num ano bissexto e alguns acontecimentos importantes da minha vida também aconteceram em anos semelhantes. 

Achei que seria fácil falar desses anos (e não dos acontecimentos) e fui estudar, mas desisti, porque a coisa é mais complicada do que procurar divisíveis por quatro. 

Aí resolvi comentar dos aniversários e conclui que o pior dia para comemorar o aniversário é justamente o dia 29 de Fevereiro.

Imaginou as desculpas para NÃO receber presente? E como será comemorar o aniversário, no dia certo, só a cada quatro anos, isso se o ano for múltiplo de 400 e não for múltiplo de 100?

Pois é... De qualquer forma, parabéns aos aniversariantes de hoje!
 

Boa noite! Eu sou o Narrador.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Horário de Verão

Nesses vários anos que optei por escrever em blogs (este já é o terceiro sendo que o primeiro só eu tenho a cópia do conteúdo e o segundo é o “Contos de Fada?” cujo link está aqui na página) só fui notar o efeito que um título de “post” causa quando coloquei “Pokémon” no título.

Escrevo um monte de coisas que também acho bacana, mas o recorde de acessos ainda fica lá no “Todo Pokémon evolui” provavelmente só por conta do título. 

Possivelmente, por conta do título de hoje, vou atrair vários “googleanos” e, para facilitar, deixo um link bem legal para os pesquisadores do “Horário de Verão”

Só que o objetivo aqui é outro, então vamos a uma historinha: 

“Era uma vez o Tempo. 

Chamado também de “Senhor da Razão”, ficava responsável pelo curso das coisas através das horas e suas divisões e desdobramentos. 

Claro que ele não fazia tudo sozinho e dividia a tarefa com outros “senhores” que você pode imaginar como velhinhos de barba longa, vestidos com aquelas túnicas bem conhecidas, amarradas com uma corda, e carregando uma ampulheta na mão. 

Apesar do aspecto bem idoso, eles cumpriam suas tarefas de forma precisa: ao amanhecer acionavam um interruptor “Liga/Desliga”, parecidos com os usados para acender a luz da sala nos anos 1960 e, ao anoitecer, faziam o mesmo caminho na direção inversa. Tudo certinho e no horário combinado de acordo com a época do ano. 

Um belo dia, já que tudo evolui (até o Pokémon!), resolveram treinar uma garotada e tirar umas férias bem longas, de verão, mesmo que não fosse bem no verão, começando lá pelo mês de Outubro.” 

Interrompendo um pouco o texto, vocês já viram essa turma que fica nas lojas nos empregos temporário? Gente ativa e animada, não é? A tal garotada que o texto fala é exatamente igual!

Voltando... 

“Explicaram tudo, treinaram a turma e saíram de férias por aí. Um deles ficou, claro, mas era justamente o mais dorminhoco e a turma resolveu mudar umas coisinhas, para que a modernidade alcançasse o lugar. 

Ao invés do botão “Liga/Desliga” colocaram um dimmer e o amanhecer passou a demorar mais de hora para acontecer assim como o anoitecer; evoluíram e tudo foi computadorizado, porque essa coisa de usar as mãos para ligar e desligar dava muito trabalho e era bem mais fácil deixar já programado remotamente. 

As estações do ano, bem marcadinhas no calendário, passaram a acontecer do jeito que dava na cabeça deles e, em alguns locais (como lá na antiga montanha) você saia de casa no inverno, encontrava a primavera no meio do caminho, na hora do almoço já era verão e, à tarde, vinha o outono. Enfim: uma grande festa o tempo todo!

Quando as férias dos “senhores” acabavam, eles trocavam tudo para o velho esquema, sem relógio digital substituindo a boa e velha ampulheta."

Ano após ano, essa rotina passou a acontecer e os pesquisadores, então, denominaram esse período de Horário de Verão
Entenderam agora?”

 
Boa noite! Eu sou o Narrador.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentine's Day

Toda vez que chove muito e vem um grande apagão eu volto os pensamentos para as travessuras de Adrielle que tinha tais acontecimentos como uma de suas características.

Apesar de “irritadinha”, ela tinha um enorme coração enamorado pelo menino, seu amigo, e por ele arriscou a própria segurança. Uma coisa muito singela, sincera e incondicional, daquelas que alguns já sentiram (espero que todos), onde o mais importante era ver, ouvir e sentir um arrepio quando tudo não era somente um encontro torto. 

Hoje, lá pelo hemisfério norte, é comemorado o Valentine' s Day, equivalente, no Brasil, ao Dia dos Namorados comemorado em 12 de junho.

Mais que uma data com apelo comercial (as floriculturas e bombonières agradecem) é sempre um momento dos enamorados pensarem nos seus amores. 

A TV a cabo não colaborou muito com a data, muito mais preocupada em mostrar os desastres de sempre e a história de um namoro doentio que virou tragédia. 

Ainda assim encontrei um filme que sobre ele escrevi o texto a seguir, no “Contos de Fada?”, que vou reproduzir (recordar é viver) e que se chama “Scusa Ma Ti Chiamo Amore” de Federico Moccia, baseado no livro do mesmo nome e que ganhou um tema musical, do Sugarfree. 

- ‘Tó Mago. Adrielle pediu para entregar. 

“Há algum tempo atrás, o menino se encantou com essa história e pediu que um dia entregasse pra você. Foi assim que o livro mágico começou e creio que agora ela significa muito e muito mais do que antes. Beijo no coração. Dri.”

Junto ao bilhetinho, amarrado com uma fita rosa, 
Um DVD (sim... magos também assistem filmes na televisão).
Um velho equipamento foi desempoeirado, plugs foram ajeitados 
E o trabalho de uma semana de Adrielle, pode ser visto.

“Não sei dizer nada mais 
Digo só que é você que 
Redesenha o meu destino
E colore o desejo dentro dos meus olhos” 

Dessa feita, a Ilha Blu foi admirada e não imaginada, 
Assim como La Luna, “le ONDE” e tudo o mais. 
Várias canções, vários momentos, 
Tudo junto num sonho que parece realidade. 

“Uma vida pra reescrever 
No seu coração que tem mil páginas
Folhearei poesias que falam de nós 
Um amor que não tem idade 
E falarei de um amor que ultrapassa as distâncias” 

De um a dez foram contados dias (Alex contou 28), 
Divididos em horas, minutos, segundos, 
Que passam como séculos, 
Lenta e dolorosamente... 

“Scusa ma ti chiamo amore 
Non so dire nulla più 
Scusa se ti ho dato un nome 
Ora puoi chiamarmi anche tu” 

E no ar uma estranha brisa precede o que irá acontecer...




Boa noite! Eu sou o Narrador.
   
PS: Editei em 14/02/2014 e consegui deixar o vídeo. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Formatura - Diga que valeu!

Em 08/12/2007 eu escrevi: 
“Ao final de 3 dias de celebração 
Onde, vestindo suas túnicas pretas com galões esverdeados, 
Magos realizaram o feitiço final 
E os novos aprendizes, finalmente, conheceram a estação...” 

Assim começava, mais uma vez, o texto que todos os anos eu escrevia para falar da formatura, desde que começou o “Contos de Fada?”.

Morar na montanha trouxe muitas coisas diferentes: um local mágico, repleto de coisas novas, onde aprendi que existe alegria e felicidade de uma forma totalmente distinta da que conhecia e que a máxima “saudade é um elogio ao passado”, seria uma constante na minha vida. 

A formatura era o ponto mais alto de um último ano de dezoito meses (até nisso era diferente) e de muito trabalho, já que era a “reta final” dos formandos. 

Outras celebrações ocorriam como o “dia das fotos”, a festa a fantasia (essa foi a primeira que mudou de lugar), “aula da saudade”, show do pratas (que tive a honra e o prazer de tocar com meus alunos) e boa parte de tais momentos ocorriam no Palácio Quitandinha. 

Durante quatro anos tive a chance de compartilhar diretamente essas emoções. Aos poucos os eventos foram deixando o velho, mas sempre "glamouroso", palácio até que, em 2008, uma tenda no parque foi a solução. 

Hoje recebo a notícia que a mudança será maior para a turma de 2012: a formatura será em outra cidade. 

Correndo o risco de passar por saudosista, mas evitando transformar o blog num obituário dos ídolos que se vão, deixo aqui somente uma amostra do que foi em forma de uma saudação ao meu último momento num dos maiores eventos que já participei.
 

                                          Boa noite! Eu sou o Narrador.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fogo e Paixão

Dizem por ai que este ano já começou complicado e a tendência é piorar até que chegue dezembro quando... bom... isso é para os pessimistas.

De qualquer forma, o calor generalizado substituiu as chuvas e muita gente que não conhecia direito a sensação anda suando em bicas. 

Suando também, por outros motivos, os promotores de Carnaval andam preocupadíssimos: na Bahia a coisa fez escola e o próximo passo é o Rio de Janeiro! 

Preocupadíssima ela também estava. Já faz um mês do “desastre” do Réveillon e ela ainda não consertara a confusão. Pagou várias penitências da sua crença, mas ainda não conseguira seu intento. Mandou torpedos, tentou dar um jeito... nada! 

Resolveu dar uma volta de carro, mesmo sem ar condicionado, ligou o rádio e a notícia do dia (lamentável por sinal) fez com que as emissoras não parassem de tocar os sucessos do cantor/compositor falecido. 

Começando a ficar de saco cheio, já que sua preferência é o sertanejo universitário, ameaçou colocar um CD quando iniciou a tal da musica (que não era dele, mas que ele cantava também) que falava exatamente sobre a grande cagada burrada que ela fez. 

Encerrando o dia, com uma lua cheia muito “escandalosa”, deixo ai uma última homenagem aos que curtiram e vão continuar curtindo as suas canções de amor.

“E o importante é ser fevereiro e ter Carnaval pra gente sambar!"
 

Boa noite! Eu sou o Narrador.  

PS: Se encontrar algum link “quebrado”, por favor relate para que o problema seja corrigido. Grato.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Passado, Presente, Futuro

Mais uns quinze dias e chega o Carnaval. Época de festa que, antigamente, precedia o início das aulas (hoje somente interrompe o curso). 

Durante os quatro dias de folia (ou cinco, dependendo de onde você estiver), as pessoas esquecem do futuro ("O que será o amanhã..."), lembram do passado ("Este ano não vai ser igual aquele que passou...") e aproveitam o presente ("E vai rolar a festa, vai rolar...").

Hoje vi um filme bem interessante falando do tempo: através de uma ficção científica que misturou “De volta para o futuro” e “X-Men”, Push ((br: Heróis / pt: Push - Os Poderosos) é uma produção de 2009 que vale a pena procurar na locadora e ver umas três vezes para entender alguns detalhes. 

Enfim, este assunto sempre rende textos enormes, quase todos com o mesmo conteúdo, líderes de audiência em autoajuda, mas o objetivo mesmo aqui era falar do sapo. 

Sim, aquele sapo de outro dia! 

Lá pelas três da manhã, depois de ver o show do Capital Inicial no Planeta Atlântida, luzes apagadas, começando o estágio REM, lá vem o tal barulho na sacola da loja de departamentos. Já prevenido, descartei a possibilidade de algum evento paranormal, acendi a luz e vi a sacola em movimento franco. Fui até lá, máquina na mão, localizei o esperto bichinho de estimação, pedi que ficasse quieto para uma boa foto e ele, além de não dar a menor bola para meu pedido, começou a falar sem parar, discutiu a relação (afinal ele é de estimação ou não é?), invocou direito a casinha que nem o cachorro do vizinho, reclamou da pouca quantidade de aranhas e soltou um palavrão quando foi conduzido até a porta dos fundos por onde ele saiu puto da vida aborrecido! 

Para terminar essa historia toda, deixo aqui um poema que deu título ao post de hoje e que consegue unir minhas duas ideias. Depois vocês podem ver as fotos.

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"


Boa noite! Eu sou o Narrador.



 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cadeia Alimentar

Construir uma casa é uma associação de vontade, projeto e execução. A primeira parte é bem fácil, mas as outras duas dependem de vários outros fatores. Por conta disso, sem maiores delongas, queria muito saber o que se passava na cabeça de quem projetou e executou uma casa, onde no frio ela é gelada e no calor ela vira estufa, sendo que calor em local frio é qualquer 25 graus com umidade relativa do ar em torno de 40%. 

Já recuperado do problema "projeto" e como hoje fez “calor”, resolvi falar de alguma coisa a respeito.

Muitas pessoas possuem animais de estimação; alguns permitidos pelo IBAMA do tipo cães e gatos, peixes de aquário, passarinhos, cobras, lagartos e todo tipo de coisa. Tais bichinhos devem ser tratados com dedicação e carinho e isso dá muito trabalho. Como não tenho tempo pra isso (já que é pra fazer, que seja bem feito), aproveito a “carona” do cachorro do vizinho, que funciona como defensor e campainha (qualquer um que se aproxime ele late e muito, apesar de ser bem manso), e dos bichinhos sazonais que aparecem de tempos em tempos. 

Na casa do Mago havia o Dragão; os yetis acompanhavam as meninas; a amiga do Guri possuía um serelepe; por lá ainda surgiram coelhos e corujas e o que não faltava era bicho (até pinguins apareciam, nos dias de frio polar, procurando abrigo perto do fogão a lenha). 

Por aqui o caminho é outro: primeiro surgem os insetos do tipo mosquitinhos, varejeiras, dentre outros que trazem, no seu encalço, as aranhas e, a seguir, surgem os sapos. 

No geral eles ficam fora da casa, mas tem uns engraçadinhos que se animam, invadem o ambiente e acabam virando úteis animais de estimação. 

Geralmente não fazem barulho, diminuem a carga de insetos (incluindo as aranhas), mas na última noite, um desses seres simpáticos resolveu se “embolar” numa sacola nada ecológica de uma loja de departamentos e fez uma barulho danado até que desistiu: saiu pulando, bateu com a cabeça na parede algumas vezes e depois não foi mais visto. 

Diz a lenda que ele ainda está na casa. Talvez seja um daqueles cuja história contei há mais de um ano (“Malas(quase)prontas”) ou outro qualquer. Só espero que o dia de hoje não o tenha transformado num ser “mumificado” num canto escuro de uma estufa qualquer. E que apareçam os gaviões, né!
 
Boa noite! Eu sou o Narrador.