quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pinto no Lixo

Passei um tempo sem narrar coisa alguma. Talvez um pouco de preguiça ou então falta de assunto mesmo. Se bem que vários eventos aconteceram, desde o Dia das Mães (falei com o Velho Pai e o saudei já que ele acumula funções) até uma festa de tropeiro que, segundo disseram, foi algo parecido com a primeira edição do Rock in Rio em 1985, também chamada de Rock in Lama (mas isso é história para quem foi lá e lembra-se do que ocorreu).
Veio, então, uma ideia de comparar a vida a um grande quebra-cabeças. Lembrei de um colega que sofrera um acidente lá no século passado e que, para passar o tempo, comprou um desses de 1500 peças. Claro que ele nunca montou, mas se tivesse montado, acabaria a graça do brinquedo. Boa comparação com a vida? Ficaria um texto bem interessante só que eu seria acusado de plágio explícito porque existem vários blogs repletos de comparações, semelhantes ou não, mas com a mesma ideia.
Parti para uma variação da coisa e resolvi falar do dominó, quando você usa as peças enfileirando e derrubando tudo no final, para ver o efeito que ficou. Nem pensar: a Internet está lotada de textos comparativos.
Procurar o ineditismo foi a solução.
Lembrei-me de uma frase que o Velho Pai fala de vez em quando, que foi o título deste texto.
Aí Raquel perguntaria: “– Mas por que esta frase?”
E o Narrador responderia: “- Foi exatamente o que achei ao ver aquela cena!”
Agradáveis dez graus, numa manhã de terça-feira, numa capital do sul do país, sem contar a sensação térmica quando batia aquele ventinho que entra pela roupa, como a visão do Superman, e vai até os ossos; uma quantidade incontável de pessoas, vindas de todos os cantos (inclusive alguns bem quentes), saltavam dos diversos ônibus de turismo, na porta do local do evento.
Boa parte já da velha guarda, “adolescentes da terceira idade”, animados com tudo que viam: encontravam amigos, reuniam para tirar fotos de todos os lugares decorados com o tema do evento, combinavam passeios e até assistiam as palestras proferidas pelos especialistas (foi pra isso que vieram).
Realmente, pareciam “pintos no lixo”, como diria o Velho Pai.
Pensa que a brincadeira acabou por ai? Claro que não!
Apesar de mais de três mil pessoas presentes, sempre algum “antigo” amigo era encontrado e a alegria aumentava mais ainda com a troca de novidades no “elogiar ao passado”.
Dominó, quebra-cabeças... jogos e brincadeiras... o que importa é sempre recomeçar, assim como participar de um evento como esse... tudo volta como se nada tivesse acontecido.
E como dizia o poeta naquela “antiga” canção: “...se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi...


Boa noite! Eu sou o Narrador

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