quarta-feira, 23 de abril de 2025

Salve Jorge!

Dei uma passeada no "Contos de Fada" e não descobri nada significativo sobre o dia de São Jorge que é hoje.

Por outro lado, encontrei uma bela história sobre o Dragão. Efetivamente não sei bem qual problema São Jorge tinha com o o animal, mas o Dragão não gostava muito de falar a respeito.

"Houve um tempo, em outra dimensão,
Que os dragões eram poderosos
E dominavam os homens,
Comandados por feiticeiros do mal...

Um desses dragões recebeu uma missão:
Derrotar um cavaleiro errante,
Que procurava sua princesa
No interior de uma caverna, onde ela era cativa.

Antes de encontrar o cavaleiro,
Ele viu a menina que aproximou-se sem medo...
Deu-lhe um “olá” e acariciou sua testa,
Além de oferecer-lhe um chá.

Uma lágrima ameaçou cair dos olhos do dragão
Que foi embora sem cumprir sua missão.
Afinal, como poderia magoar a doce menina,
Depois de tão gentil acolhida?

O cavaleiro, então, encontrou sua princesa
E, juntos, comandaram uma batalha contra os feiticeiros...
De tão irados que ficaram,
Baniram o dragão para outro mundo...

Ele surgiu num parque de diversões (como aquele que falei outro dia)
E antes que causasse muito espanto,
Viu um armário e por ele entrou,
Vindo parar no País dos Sonhos Verdes...

- Então aqui ele virou jardineiro, Mago? - perguntou a Dri.

A cena era bem interessante:
Os yetis jogavam cartas e as meninas brincavam no lago da cachoeira, enquanto observavam o dragão cuidando das rosas...

- Não é bem assim – respondeu o Mago, afagando sua cabeça – Ele cuida da rosa azul e ainda enfrenta cavaleiros errantes (o menino foi um deles); mas ele é dócil e, um dia desses, pode levá-las para voar.
- A mana tá chamando... me leva no colo?

E o Mago, com muito cuidado, coloca a menina nos braços e a leva até as demais.

“- Xau, Mago!”

Um jato d'água transformou-se em nuvem e desapareceu, a seguir, levando os yetis e as meninas... Qualquer hora elas voltam... afinal, elas nunca aconteceram..."


 


Boa noite! Eu sou o Narrador!

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Contos do Viajante da Oitava Dimensão

O cenário não era incomum, mas o local não era o mesmo. No geral, as estações de transporte urbano eram mais organizadas e o movimento de pessoas ordenados mas dessa vez não. 

O caos misturava a destruição de escadas rolantes, tornando a estação um grande labirinto, com pessoas desesperadas atrás de explicações. Muitos eram só bêbados e alienados que somente frequentavam festas de final de ano; outros eram vítimas feridas pela guerra em que a manifestação anti governista se tornara.

O que ele procurava eram os amigos que ele não salvara de imediato, que não foram levados ao apartamento que era a sede da manifestação. O abrigo virara um pronto socorro em meio ao caos.

Sim: ele era do mesmo grupo, mas não compactuava de suas ideias até porque não era daquele mundo e era somente um viajante. Bem recebido, ninguém perguntou sua origem e logo suas habilidades com uma espada - misto de lâmina e escopeta - pareceram interessantes para o movimento.

Por sorte - e isso é comum nas viagens dimensionais - a configuração da base reacionária era semelhante aos outros mundos com um longo corredor separando uma área de ação com uma área mais privativa com salas e quartos e ele desviou crianças e suas mães com segurança, Só não pode evitar  a granada de alto impacto que o fez desmaiar por algum tempo... quando acordou o desastre estava instalado e saiu pelas ruas.

Na outra dimensão as coisas são assim: confusas, diferentes, estranhas... e terminam de repente sem um final conhecido. Às vezes ele retorna... na maioria só intersecções.


Boa noite! Eu sou o Narrador 

terça-feira, 15 de abril de 2025

Quando a quinta série volta pra você

O sujeito tem uma filha que hoje completa nove anos. Aproveitou a proximidade do evento e foram, os dois, comemorar no Beto Carrero!

Lugar sensacional, um calor danado que é amainado por algumas atrações onde sair molhado é regra (muito molhado).

Na hora do almoço, ele escolheu a atração Excalibur que é um teatro com uma história do Rei Arthur, espada na pedra, cavaleiro negro e uma competição acirrada entre quatro cavaleiros e suas torcidas, separadas pelas cores das mesas.

E aí vem a bateção ao som de "We Will Rock You" do Queen, muito aplausos e vaias da torcida e começa a descer a quinta série nos adultos enquanto boa parte das crianças não tinham a menor ideia do que estivesse acontecendo. 

Tanto que, quando servido o lanche com hamburguer e batata frita, os adultos comeram e as crianças esqueceram (os adultos comeram duas vezes -- que bom--- estava uma delícia).

Chega a período da tarde, pelos cantos vários componentes das diversas excursões já mostravam sinais de exaustão e faltava chão para todo mundo sentar.

Encarou o Portal da  Escuridão, onde sua filha saiu correndo e acabou que ele não viu nada e ela curtiu assim mesmo; seguiram atrações radicais como carrossel, mini montanha russa e a temível xícara que roda e roda até ele quase vomitar.

Exaustos, voltaram para o hotel e caíram no sono após um lanche pelo caminho.

No dia seguinte foram ao shopping. Viva as Lojas Pernambucanas e compraram sandália e sutiã (filha já está crescendo... mas esse acessório ainda não tem uso... enfim...🤦).

Cinema na sequência. Imagina: juntaram Jack Black, Aquaman, Enid lobisomem do filme da Wandinha e até a mãe do Stifler num filme de video game com peças de Lego que não são lego e que chamaram de live action do Minecraft! Aí a quinta série vibrou.

Diversão garantida e tudo terminado, retorno pra casa.

Parabéns, filha!

Bom dia! Eu sou o Narrador.


domingo, 6 de abril de 2025

Uma série com final

Quando eu era criança (ao menos cronologicamente), eu via na televisão várias séries de ficção científica como Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo, Terra de Gigantes e Jornada nas Estrelas (Star Trek), mas essa última eu só comecei a ver mais velho, porque meus pais achavam que ela não era para crianças.

Além de serem de ficção científica, essas séries tinha um fator em comum: nunca terminaram e nunca soubemos o que aconteceu com os sujeitos perdidos no planeta gigante, no passado ou futuro e os perdidos continuaram perdidos no espaço.

Mesmo com algumas tentativas de remake, no caso de Perdidos no Espaço, a única série que criou spin off foi Star Trek e, na semana passada, eu consegui assistir aos dois últimos episódios, dos 172 vistos, das sete temporadas que foram de 1995 até 2001.

Entre episódios sem graça e de "enche linguiça", a grande maioria foram excelentes. Os personagens praticamente não mudaram e a grande mudança foi a personagem "Sete de Nove" que deu outra vida à saga a partir da quarta temporada, substituindo a personagem "Kes", como contraponto à capitão Janeway (como Spock fazia com Kirk na série original).

A resenha que encontrei na Internet foi a seguinte:

"A saga "Jornada nas Estrelas" tem sua continuação nessa série que introduz, pela primeira e única vez, uma mulher no comando de uma frota espacial. A recém-lançada USS Voyager, comandada pela Capitão Kathryn Janeway, recebe a missão de perseguir uma nave inimiga da Federação Unida de Planetas. Durante o trajeto, atingidos por uma força misteriosa que aniquila boa parte da tripulação da espaçonave, são alçados a uma distância de 70 mil anos-luz da Terra. Perdidos numa remota região da galáxia, conhecida como Quadrante Delta, a capitã e sua equipe precisam achar o caminho de volta para casa. É o início de uma longa jornada de desafios e conquistas para a Voyager e sua tripulação.
Primeiro episódio: 16 de janeiro de 1995 (EUA)
Emissora original: United Paramount Network
Episódio final: 23 de maio de 2001
Criadores: Gene Roddenberry, Rick Berman, Jeri Taylor, Michael Piller
Criado por: Rick Berman; Michael Piller; Jeri Taylor"

E aí? Será que eles acharam o caminho de volta para casa?



Eu sou o Narrador!

sábado, 5 de abril de 2025

Enquanto você estiver vivo

Com alguma frequência eu faço uns "remakes" de alguns textos antigos. O de hoje, "pescado" dos outros blogs pandêmicos e pós pandêmicos, veio de mais uma lembrança e de uma discussão sobre o que fazer com a louça lavada: secar com pano de prato ou deixar escorrer para secar naturalmente. Eu prefiro deixar secar: depois de um tempo o pano prato fica com um cheiro horroroso e passa para as louças, principalmente os copos.

Independente do que você faça, vou deixar o remake aqui embaixo. 

O ano era 2020 e, de um dia para o outro, a pandemia lembrou o apocalipse zumbi. Nas ruínas do que um dia fora o apartamento dos meus pais, onde passei boa parte da minha vida, eu e minha sobrinha dividimos o espaço com os poucos móveis restantes durante um tempo. O local era habitável para uma ou duas pessoas e suficientemente confortável desde que não fizesse muito calor ou muito frio.

Na cozinha tudo funcionava; a sala já não tinha mais o antigo piano e a mesa foi transferida para meu antigo quarto; o banheiro precisava de alguns reparos, não havia como aquecer o chuveiro e o banho frio era rotina que não chegava a incomodar no calor do final de verão. O quarto dos meus pais estava intacto, minha sobrinha morava nele e foi ela que teve o cuidado todo com o apartamento depois que meu pai foi morar de vez no interior.

Dividimos algumas tarefas, incluindo a louça. Depois de lavar, não havia escorredor e eu me divertia montando esculturas únicas com pratos, copos e talheres.

A ideia de fotografar veio daí... (mas usando escorredor - pena que eu não comecei antes). A ideia de um novo projeto, usando tais fotos, veio depois...

Tenho 3 blogs que estão listados por aqui em algum lugar: Contos de Fada?, Coisas do Narrador e Mais de Vinte Anos sendo que esse último descreve a vida na pandemia enquanto eu discorria sobre meus escritos.

Um dos textos falava de uma frase de Ida Feldman: "Enquanto você estiver vivo, vai ter louça" e enfeitava uma caneca que eu gostaria que ela mandasse pra mim um dia desses, já que faço propaganda e deixo até o link em azul 😆😆😆😆😆😆😆😆

Ela não mandou, mas comprei um quadro lá na TOK & STOK de Curitiba.

Então (e finalmente) um projeto (das louças) e hoje fiz uma nova arte, para o deleite dos amantes da lavação (será que existem? onde vivem? o que comem?). Se você também faz esculturas de louça, mande uma foto e uma história que pode ser que eu publique. 

Estou de férias dos plantões e vou aproveitar para fazer coisas no computador (inclusive o imposto de renda) e isso vai render uns textos também.


Eu sou o Narrador!