”Quando ela some, ele repete o mantra: ela vai resolver... ela vai resolver.”
O dia amanheceu chuvoso e silencioso (por aqui os dias de sol são naturalmente mais raros), pois só restaram aqueles que manterão as “máquinas” funcionando (os demais migraram) e faço parte desse time (daí o texto de final de ano sair antes da hora).
Acordei com os primeiros sinais do amanhecer, tomei café e liguei no “Café com Jornal” que, de cara, perguntou: “Tem alguém aí?” Achei isso muito divertido.
“Sim! Tem alguém aqui!”
O ano terminou mais cedo: naquele momento onde os ídolos nunca mais seriam vistos como antes; naquele momento onde a fome substituiu o recurso roubado pelo gerentes políticos, incompetentes e corruptos do caos; naquele momento onde a dor “velha conhecida, talvez a única que o leve às lágrimas, e o consome na incerteza da perda tão certamente esperada, mas completamente indesejada” foi tamanha que já não fazia mais diferença, pois a morte era a certeza e única redenção restante; naquele momento onde esperar não fez mais sentido...
Repleto de bons e únicos momentos, quase abafados por poucos e péssimos momentos, foi um ano de oito ou oitenta. Ano bissexto: quase um “inferno astral” de um ano inteiro... felizmente acaba em pouco mais de um dia.
Para aqueles que estão aqui e são sobreviventes, que venha 2017; se vai ser melhor realmente eu não sei, mas algo grande irá acontecer... talvez cheguem os Ets... quem sabe a cartinha de Hogwarts... quem sabe o fim do preconceito e da dor... quem sabe a gente pare de fazer tudo errado?
Feliz Ano Novo!
Bom Dia! Eu sou o Narrador.
Num local mais distante...
- Desculpe... tenho que ir...
- Ana... eu...
- Tenho que voltar... fique bem.