terça-feira, 26 de março de 2013

A História dos Bolinhos de Chuva

O verão acabou, o eventual outono já está terminando e não para de chover. Mesmo que o sol apareça de vez em quando para assinar o ponto (a chuva não possui “dedos de silicone”), podemos dizer que são três semanas sem lavar o carro e sem grandes coisas para contar. 

De qualquer forma, com o frio, é época das guloseimas, onde o Coelhinho da Páscoa tem mais trabalho e as feijoadas já começam a aparecer nos cardápios de final de semana, substituindo o tradicional churrasco. Fiquei com as guloseimas, principalmente depois que apreciei um pudim de leite com cobertura de calda de amoras frescas que foi de deixar qualquer um “babando” por vários dias. 

Nesse ponto, alguns já esperam a receita da calda de amoras, mas vou contar a história da origem do sensacional bolinho de chuva, já que o título foi esse. O grande diferencial desse bolinho, para uns, é o fato de ser uma massa simples que é enrolada como uma bolinha, é frito como uma coxinha e, dela, a única semelhança é o “rabinho”, já que é um doce. De origem portuguesa, segundo dizem, a melhor parte, para mim, é a mistura de açúcar e canela polvilhada ao final da fritura.

Só que a história do bolinho bem que pode ser outra... 

Era aniversário do Dragão e a ideia era fazer alguma coisa pra comer. O Mago, então, olhou para as meninas que nunca aconteceram que, por sua vez, também olharam para o Guri até que a coisa chegou no Narrador: 

- Ei! Podem me incluir fora dessa! 

Criado o impasse, a solução foi “importar” a melhor cozinheira existente nos livros, que prontamente atendeu ao chamado: 

- E o que vocês desejam? Do que o Dragão gosta? 

Muitas ideias surgiram: uma boa feijoada (ela disse que não via a hora de colocar um porquinho conhecido na panela, mas ele tinha uma amiga, de nariz arrebitado, que não deixava), mas não rolou; pipoca também era uma opção mas, de onde ela vinha, o milho era um visconde e aí a coisa complicou também. 

- Que tal bolinhos? Isso dá um bom lanche e eu também faço o café! 

Ela tinha uma receita especial que apresentaria para todos. Lá foi ela para a cozinha, enquanto as meninas partiram para a decoração. Tudo quase pronto, elas resolveram que um arco-íris ficaria perfeito e Adrielle mandou ver na chuvarada. 

Antes que Ana soltasse os raios de sol, a tia cozinheira soltou um grito: 

- Tem goteira na cozinha! 

Um corre corre tomou conta da casa, mas já era tarde: a chuva molhou a massa dos bolinhos. Todos meio desolados, já que levaria um bom tempo até que nova massa ficasse no ponto, mas a cozinheira não se desesperou: 

- Vou experimentar assim mesmo, quem sabe se dá certo! 

E assim foi: a receita deu certo, os bolinhos ficaram fantasticamente deliciosos e o ingrediente “chuva” foi incorporada à mistura eternamente. 

Simples assim! Agora é só fazer!  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.  

N.N. Na foto as atrizes Zilka Salaberry (1917-2005) e Jacyra Sampaio (1922-1988), caracterizadas como as personagens Dona Benta e Tia Nastácia - Sítio do Picapau Amarelo (série de 1977 que durou até 1986) . Homenagem do Narrador.

3 comentários:

  1. O segredo eh o funghi que desce com as gotas que caem do teto. Da um sabor todo especial...

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  2. Além das teias de aranha!

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  3. Porque então na receita não vai água?

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