domingo, 20 de julho de 2014

O Pássaro Azul

Em 1940 houve um filme que se chamou “The Blue Bird”, estrelado pela pequena Shirley Temple, que foi um filme bem chatinho, mas uma cena eu gostei muito. Mytill era a personagem dela que viajava com seu irmão, sua gata e seu cão, a procura do tal pássaro azul. Orientados pela Fada Luz (deve ser irmã da Fada Azul, a mesma do Pinóquio e do robozinho do filme “AI”), chegaram no futuro, algo mágico, onde as crianças, que ainda não tinham nascido, ficavam. Era um lugar bem legal, parecia aquelas coisas meio gregas e coisa e tal e um momento ficou bem marcado, quando houve a separação de um casal de amigos, já que o menino nasceria primeiro e a menina ficaria para trás, por tempo indeterminado e, talvez, nunca mais se vissem. 

Amizades são dádivas que recebemos e nem sempre explicamos de onde vieram e como começaram, mas sabemos que elas existem e que devemos preservá-las a todo custo, mesmo que à distância. Felizmente consegui cultivar várias, mas uma em especial, se tornou a mais antiga, já que iniciou antes de nascermos (nossas mães eram amigas). Hoje é o Dia do Amigo e vou dedicar este texto a todos os meus amigos, contando essa história como a fiz uma vez lá no “Contos de Fada?” em “A Amiga Mais Antiga”. 

“Há muitos e muitos anos… os Contos de Fada às vezes começam assim também! 

Uma menina de nome Mytil 
Percorreu passado, presente e futuro, 
Junto de seu irmão, sua gata e seu cão, 
Guiados pela Fada Luz, à procura do Pássaro Azul. 

Chegando ao futuro, encontrou um lugar muito interessante, 
Onde conheceu um jovem casal de amigos 
Que foram separados pelo destino, 
Já que o menino embarcaria numa viagem e ela ficaria a chorar. 

Alguns anos depois, talvez uma cena semelhante tenha acontecido. 
Felizmente essa separação duraria somente vinte e três dias, 
Pois o destino os uniu novamente 
E assim permanecem juntos até hoje. 

Bom... juntos não é bem a palavra exata. 
Digamos que eles cresceram quase juntos, 
Compartilharam sonhos, livros de estorinhas, 
Trocaram confidências e sempre estiveram aqui. 

Com o tempo, ambos criaram fantasias isoladas 
E viveram seu conto de fadas, separadamente. 
Mesmo ela se dizendo “complicadinha e introspectiva” 
Sempre foi sonhadora, mas ele representou melhor o sonho. 

Criaturas da lua, “farinha do mesmo saco”, 
Conhecem mais um do outro do que qualquer pessoa existente, 
Pois suas almas foram unidas muito tempo antes de nascerem 
E isso ninguém poderá jamais mudar. 

Amiga mais antiga, amiga tão querida, 
Hoje ela descobriu o caminho da Fronteira Transparente, 
Conheceu o País dos Sonhos Verdes
E não é que ele estava lá à sua espera?” 


Feliz Dia do Amigo! Bom Dia! Eu sou o Narrador.

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