Confesso que a cena é bonita de se ver...
O céu repleto de nuvens e assim anoiteceu...
Em dado momento, toda a luz mortal desapareceu
Surgindo, no céu, a luz imortal em raios e trovões.
Ainda no tempo da montanha, onde a chuva era uma constante, escrevi o trecho acima num post chamado “Tempestade”. Foi no Carnaval de 2008, quando mais um desastre abalou a cidade e fiquei "ilhado" em casa por dois dias.
A seguir, a chuva anunciada
Cria lentes pequeninas, por cima do vidro das janelas,
De onde vejo coisas só possíveis à luz do dia
Que nem a luz da Lua consegue iluminar...
A sequência era simples: a energia elétrica acabava e, da janela, eu conseguia enxergar a água no leito do rio, coisa que não era possível em dias normais. Isso significava inundação...
Fico assim um tempo até o sono chegar.
Apago as velas que me lembram os tempos de criança,
Mas não há o cheiro do querosene do lampião nem, tampouco, do chocolate da vovó...
Só o silêncio do momento que ficamos no centro da tempestade...
Nada a fazer, só lembranças surgiam à mente. Já houve tempo que, mesmo sem chuva, a luz apagava, não havia feijão e nem óleo à venda e tudo virava um grande improviso.
Hoje veio a chuva, depois de um dia fresco de sol entre nuvens, e lembrei do texto. Ainda acho a cena bonita, principalmente quando surge um arco-íris depois. A primeira foto tirei hoje e a do arco foi noutro dia.
Como disse o Klaus: “Quantas lembranças cabem em uma música. Mais do que em mil fotografias? … Quantas memórias carrega uma fragrância? Mais de mil músicas?”
Só faltou escutar a JB FM... Acho que, quando o inverno voltar (o que nem tarda muito), vou tentar preparar o chocolate da vovó...
Boa Noite! Eu sou o Narrador.
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