Aproveitando um final de semana de folga, de seu trabalho na pousada do sogro, Leo e Mônica partiram para o continente, levando Yasmin, é claro. A pequena, agora praticamente com 1 ano de idade, adorou o passeio na barca, curtindo o vento no rosto e os sorrisos dos outros viajantes, que brincavam com ela quando passavam. Muito simpática, retribuía os sorrisos sem deixar de prestar atenção em tudo à sua volta.
O passeio levou o dia todo. Visitaram os avós, mas recusaram os convites para o almoço (o que gerou mais algumas “chantagens emocionais” da mãe da Mônica), pois o objetivo era visitar os padrinhos da menina que seriam pais em breve.
De volta pra casa, Leo colocou Yasmin para dormir (depois de todas aquelas funções tipo banho, janta e tudo o mais), enquanto Mônica remexia em algumas caixas de papelão.
- Achei!
- ??
- Lembra quando você me deu isso? A gente nem namorava ainda.
- Nossa, você guardou. Legal, mas por que procurou isso agora?
- Vou fazer algo tipo cápsula do tempo, para mostrar pra Yasmin quando ela crescer. Vou aproveitar essa caixa de madeira, que a Bia me deu, justamente para isso. E esse poema vai ser o primeiro. Depois vou encontrando outras coisas.
Ele pensa e ela fala,
Ela escreve e ele ri,
Ele canta e ela recita,
Ele fala e ela pensa...
E podem ser bons amigos,
Talvez muito mais que isso,
Passando pela fase do “eu te amo”
Para amar de outra forma, muito e muito mais além...
Ah! Mas por que ela assim pensa,
Se pensasse o que ele pensa,
Ficaria dito a perfeição
Pois pensamento viraria sentimento...
Do sentimento à emoção
Do que não consegue dizer,
Já que mente a cada passo
Quando evita falar deste seu bem querer...
Falasse da delicadeza e do carinho,
Da dedicação que tem ao amor que sente,
Talvez este último não o fosse tão injusto
E o deixasse bem longe da solidão...
E se ela não pensasse e somente tivesse certeza
De que o que pensa que não daria certo
Seria o caminho mais claro e seguro
Para o enfim final feliz daquilo que ainda não terminou...(?)
Leo sorriu, lembrando o trabalho que deu para escrever o poema e, depois, desenhar um coração com os versos. Valeu muito a pena, com certeza, porque Mônica amou a ideia e eles começaram a namorar. A inspiração?
Boa Noite! Eu sou o Narrador.
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