Na TV paga existe uma série que se chama “Castle” sobre um escritor que acompanha uma equipe da polícia afim de ganhar inspiração para os próprios livros. A série é bem divertida e foi descontinuada no início de 2016. Pelo que eu entendo, essa situação (falta de inspiração) não é incomum, pois existiriam contratos com editoras onde os autores devem lançar um livro de tempos em tempos. Só que inspiração é uma coisa complicada e, às vezes, eles devem tropeçar nesse problema, brilhantemente resolvido na série televisiva.
Quando vou às livrarias eu procuro evitar autores que possuem muitos títulos à venda, pois o processo de criação, provavelmente por conta desses contratos, pode estar prejudicado e a tendência à mesmice é uma presença inevitável. Geralmente o primeiro livro é muito bom, e o sucesso é garantido porque as vendas dos demais vai por conta da vontade dos fãs em repetir o prazer do primeiro livro.
Graças à fama e à sugestão de uma vendedora, ganhei de aniversário o livro “No seu olhar” de Nicholas Sparks, que é um desses autores “best-sellers” com várias adaptações de seus livros para o cinema. Ao que parece, o gênero é algo romântico e meloso (eu vi o filme “Um amor pra recordar”), mas nesse livro ele também tenta contar uma história de suspense e é aí que tudo fica complicado.
O perfil dos personagens é caricatural: o que pareceu é que foi modificando de acordo com a necessidade, no melhor estilo “novela das 8”; pela expressão que minha sobrinha fez quando mostrei o livro, fotonovela seria uma definição interessante para a obra; a descrição das situações era inverossímil para um romance contemporâneo; as cenas de ação eram confusas; as atitudes dos personagens não condiziam com o perfil proposto; enfim, o livro não mostra o sucesso que o autor possui.
Só que a leitura não é desagradável, apesar de alienante. Se você procura distração descompromissada, é uma opção de leitura; se você procura conteúdo aprimorado, sugiro o Neil Gaiman (que foi o autor que eu escolhi para continuar com minhas leituras).
Ah! Voltando às fotonovelas, elas fizeram muito sucesso no passado e quem sobreviveu foi a revista Capricho, claro que depois de muitas modificações (hoje em dia ela não apresenta mais fotonovelas). A Wikipédia tem boas informações a respeito para quem nunca viu uma dessas, e vale a pena conferir.
E o cafezinho estava bom.
Boa Noite! Eu sou o Narrador.
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