terça-feira, 5 de agosto de 2025

Um Labirinto na Oitava Dimensão

Foi enviado a um hospital, para encontrar uma médica que só vira por fotos. Seria bonita, mas pessoalmente apresentava uma cabeça ovalada que ela tentava disfarçar com o cabelo; de perfil estava o problema: o cranio era totalmente achatado na direção fronto-occipital  (parece que caíra em outro planeta).

Enfim, ele vestia um uniforme branco, mas precisava de um banho. Na pequena sala, onde os médicos ficavam reunidos, havia um chuveiro e o banho era ali mesmo e de roupa e tudo. Interessante é que conseguiu fazer isso sem molhar a roupa: nessa ele teve certeza de que estava em outro planeta. 

Resolvida essa etapa, a tal médica extraterrestre sumiu e ele foi parar no prédio do hospital que mais parecia um colégio religioso. Do lado de dentro, os corredores das enfermarias eram lotados de pessoas com se fosse um shopping. Localizar as escadas ou elevadores era uma tarefa quase impossível e, quando conseguia, tais instrumentos não levavam a lugar algum.

Com muita  dificuldade, informaram que havia um auditório e que o equipamento que usaria era um piano com uma flauta transversa e alguns papéis que ele deveria levar para lá. 

Sem entender o caminho, pelo cúmulo da sorte, conseguiu chegar ao local da exibição que estava sendo preparado para uma festa, mas os seus ouvintes já estavam sentados e ansiosos.

Suado, exausto e desnorteado, ainda enfrentou uma turba de coquetes que pediam que ele traísse sua esposa (nem sabia que era casado), para ficar com uma delas que era mais bonita.

Nessa, felizmente, ele desapareceu em direção ao seu novo destino desconhecido... 


Boa noite! Eu sou o Narrador 

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