Apesar do ano ainda ter mais doze dias, começamos um período anômalo ou atípico que foi chamado de recesso, férias coletivas ou lá o que seja sua denominação.
No passado, a única diferença que eu observava era no trânsito porque, com as férias escolares, o fluxo de carros de transporte escolar (leia-se: carros particulares levando crianças) diminuía sensivelmente. Com o tempo e a mudança para o sul, notei o desabastecimento, o processo migratório para as praias e tudo aquilo que já descrevi outras vezes à exaustão (veja nos links em azul) e acabei acostumando com a coisa e adaptando minhas atividades à essa situação. Definitivamente não dá para trabalhar da mesma forma e sucumbi à procrastinação compulsória.
Claro que tal anomalia não se aplica aos serviços ditos essenciais, como bombeiros, polícia, serviços de urgência médica e uma coisa ou outra, mas essencial é algo invisível aos olhos e se o coração pedir alguma coisa nessa época você deixa pra depois?
Esse ano eu fiz coisas bem legais e não posso reclamar, pessoalmente, de "grandes coisas" (seria muito egoísmo da minha parte). Por outro lado, do ponto de vista da coletividade (coletividade é algo meio "borg", mas 'tá valendo), surgiu uma picuinha entre os nossos representantes no legislativo e no executivo (sim, cara-pálida: nós votamos nesses sujeitos em algum momento das nossas vidas como eleitores) movida a egos inflados somados à má administração pública e à conhecida corrupção baseada na “Lei de Gérson”. Apesar da mídia mostrar mais a esfera federal, encontramos problemas semelhantes nas esferas estadual e municipal também. Para facilitar o entendimento: a coisa virou zona (acho que nem na “zona” a zona é tão zoneada assim, como diria o amigo Klaus).
Para consertar a confusão toda, contamos com o Poder Judiciário, muito bem representado pelo juiz paranaense que, auxiliado pelo chamado “japonês da Federal”, anda colocando muita gente pra ver o sol nascer quadrado. Ele vai entrar de férias também, mas a coisa não vai parar porque existe um substituto.
Mais acima, contamos com outros ministros que nessa semana julgaram alguns recursos relacionados à bagunça política que faz com que o país não ande e fique mal falado no exterior. Fizeram parte do trabalho que ficará paralisado até acabar o recesso parlamentar (as “férias coletivas” dos deputados e senadores); a outra parte, já que entraram em recesso também, deixaram para depois.
Aí fica a pergunta: vai dar tempo de consertar o problema que foi deixado pra depois? Isso não seria uma urgência? Será que não é o tal do “essencial invisível aos olhos”, mas que é o que o coração dos brasileiros gostaria de ver resolvido de uma vez?
Como sucumbi à procrastinação, como já falei, também vou dar uma paradinha, para encontrar amigos e o Velho Pai. Alguns textos ainda vão aparecer porque isso é uma coisa que dá pra fazer sem problemas. Para ilustrar o que escrevi, deixo a brilhante tirinha do Porco Espírito (clique para ampliar).
Boa Noite! Eu sou o Narrador.
esse japones da federal veio da terra do sol nascente e ta botando td mundo pra ver o sol nascer quadrado...
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