Hora de voltar.
Ela pedalara até bem longe, mas não estava tão cansada assim. Fez uma última saudação ao céu azul e o caminho pelo campo virou uma pintura, alternando tons de verde com um dourado brilhante em alguns trechos do percurso.
Ana pegou a pequena sacola azul, azulzinha, onde raios de sol do passeio foram colocados e os espalhou por todos os lados, fazendo brilhar ainda mais o presente que levava para eles.
Ele reclamou: estava abatido, falou que não era isso que tinham combinado e que eles erraram tudo; Melinda estava péssima, mas preferiu ficar quieta num canto. Ele pegou a caixinha de madeira que Ana lhe entregara; dentro dela havia uma almofadinha em forma de coração. Chamou a amiga vampira que finalmente sorriu e falou:
- Aqui já há sol e um coração... agora basta preencher com outro coração que abrace, que possa dar um beijo de boa noite ou somente possa dizer um “até”.
Ana sorriu e seguiu sua viagem de volta. Na despedida, deixou um pequeno cartão em cima da mesa com um poema.
- Eles estão mais calmos?
- Não, mas isso virá com o tempo.
- Quer chá, Beatriz?
- Só você me chama assim...
- Só você me chama assim...
Boa Noite! Eu sou o Narrador.
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