domingo, 29 de junho de 2025

Na terapia 2

 "Ah! Foi um vexame e eu morri de vergonha!"

Minha dona, agora, mora com o pai dela. Aquela outra cachorra maluca foi morar em outra cidade e eu achei que estava sem problemas.

Bom... Eu andei doente e tive tosse de cachorro, mas melhorei. Tive que bater chapa e tiraram meu sangue e tomei soro e remédio na veia.

Só que aí, o pai dela ganhou uma outra cachorrinha. Ele achou que sua filha ia gostar e eu também. 

No início ela bem que parecia legal. A mãe dela era vira-lata caramelo e o pai um Shitzu tarado que morreu atropelado depois. 

Eu também fui legal: participei de um concurso e ganhei uma caminha de vaquinha para ela.

Por outro lado, eu aprendi a latir no portão quando alguém chega nele.

O problema é que, todo dia, ela aparecia com um calçado diferente na boca. Era tênis, chinelo, pantufa... Meus donos acharam que eram lixo que estaria num canil abandonado da casa; chegaram também a pensar que nós comíamos os invasores e só sobravam os calçados!!

Até que a vizinha apareceu, reconheceu seus calçados e disse que a cachorrinha dava um jeito de chegar no terreno dela, atravessando um beco mínimo, entrava na casa dela, bagunçava o banheiro e roubava um calçado!!!

Pode isso??? 


Bom dia! Eu sou o Narrador 

 

sexta-feira, 20 de junho de 2025

"Eu vou, eu vou, eu vou!"

O texto de hoje é para os chamados "Baby Boomers", ou dinossauros. A época do meu pai é bem antes disso, mas isso a gente comenta outro dia.

Apesar do título, que obviamente remete à uma musiquinha de infância para aqueles que enfrentavam filas imensas nos cinemas da Praça Saens Pena do Rio de Janeiro, no texto em questão eu não fui.

Dessa época eu guardo boas lembranças. Minha mãe ia comigo e meu irmão para ver os filmes da Disney e depois íamos ao Bob's para lanchar. Aliás, tenho que falar do Bob's que inaugurou aqui perto também, mas isso é história para outra ocasião. 

Eu gosto muito de cinema. Apesar dos seres "pré millennials" cantarem "liberdade é uma calça velha, azul e desbotada", descobri que ir ao cinema sozinho, na adolescência, é que era liberdade. Do cinema para o teatro para os shows e a "velha a fiar".

Onde moro, ir ao cinema já valeu três horas de viagem mas agora existe uma sala aqui perto que nunca tem fila. Só que nem sempre é possível ver todos os filmes e aí o streaming ajuda bastante.

Foi o caso do live-action da Branca de Neve.

A Disney lançou outro dia e fui lá conferir. É muito mais um filme para adolescentes e  adultos do que diversão infantil. O filme com a Lily Collins foi muito mais divertido e apesar da Julia Roberts ser imbatível foi uma ótima distração. O outro da aprendiz de vampira e o thor eu não gostei.

Voltando ao live-action, lógico que a Gal Gadot é infinitamente mais bonita que a Rachel Zegler. Só que essa foi a grande sacada do filme: Branca de Neve assume o papel de "mais bela" quando passa a mostrar seu interior mais bonito e o filme passou a valorizar as boas ações e não a beleza da futilidade e riqueza. 

Pena que a crítica, hoje em dia, só se interessa pela postura dos atores frente às suas opiniões pessoais, a forma como o filme lidou com os anões (gostei da forma "smurf" subliminar) e outras babaquices e "mimimi". 

O filme foi bom e foda-se o resto.


Bom dia! Eu sou o Narrador 

terça-feira, 10 de junho de 2025

A Biblioteca do Além

Mais um Conto do Viajante da Oitava Dimensão...

Passara por um prédio dos mais estranhos, com apartamentos sem porta e com moradores esquisitos, mas talvez eu conte isso num outro momento.

De súbito, uma biblioteca que também parecia um museu, com pertences deixados por pessoas que perderam seus entes queridos e que guardaram, lá, algo que fosse caro para aquele que se fora.

Fotos, diários nunca lidos, quadros, e toda a gama de pertences arrumados de forma anárquica, mas com delicadeza. 

Em alguns momentos, surgia alguém; difícil dizer ser era visitante ou morador, vivo ou morto, mas fazia algum comentário e desaparecia.

Em dado momento ele localizou uma porta e abriu... Foi parar do outro lado... Só que estava vivo. Lá, a atmosfera já era outra com muitas pessoas - mortas - andando de um lado para o outro, por túneis que mais pareciam labirintos.

Ele conseguiu sair e voltar somente uma vez (conseguiu sair de novo, já que continuou vivo). Foi muita informação que ainda não teve tempo de processar.

Foi parar numa conspiração, mas ainda falta falar do prédio esquisito.

É difícil a vida do viajante da oitava dimensão...

Boa noite! Eu sou o Narrador

sexta-feira, 6 de junho de 2025

O Quati Reborn

 Comecei a escrever esse texto quando...

- Vai falar sobre o quê, Narrador? - perguntou o Quati.

- Eu pensei, pensei e resolvi entrar na trend dos reborns.

- O que? Até você? Qual o problema das pessoas cuidarem de bonecas? Toda criança faz isso!

- É um tema interessante... até porque eu tenho algumas ideias sobre o "Viajante da Oitava Dimensão", mas tenho que variar um pouco também. Sem contar que são adultos que estão achando que as bonecas tem vida e levam no médico, pedem licença maternidade, furam fila no mercado, essas coisas. Levam até para vacinar.

- Bem lembrado. Ainda tem vários gnomos e outros elementais no armário, para levar ao posto e vacinar. Faça o favor, né?! Afinal, pelúcia, porcelana, madeira, também interagem com os humanos.

 
Bom dia! Eu sou o Narrador!
 
O problema não é brincar de boneca; o problema começa quando a boneca chora, fala e conversa com você (os pelúcias também!). Vá ao posto de saúde, tome a vacina e aproveite para consultar um médico e falar sobre isso.