domingo, 18 de março de 2012

Chá Mate

”A estiagem que já gerou perdas bilionárias à agricultura do Rio Grande do Sul ameaça também a produção de um dos símbolos gaúchos: a cuia de chimarrão. Municípios produtores do porongo, fruto usado como matéria-prima na fabricação do objeto, registram quebras de mais de 80% na safra. Em Vicente Dutra, cidade no noroeste do Estado conhecida como "capital da cuia", a 462 km de Porto Alegre, 85% do porongo está perdido pela falta de chuvas. Deixarão de ser colhidas quase 1 milhão de unidades, vendidas a R$ 0,80 cada. O porongo, da mesma família de vegetais de abóboras e melancias, é beneficiado no próprio município em fábricas artesanais familiares. Da cidade, a cuia é vendida para outras partes do Brasil e até para o exterior.”

Nos bons tempos de praia, onde alimentação era igual a biscoito de polvilho (atualmente também encontrado nos engarrafamentos da Linha Vermelha) e hidratação era tomar o mate vendido em copinhos descartáveis por aqueles sujeitos simpáticos vestidos com roupa alaranjada, a única coisa que eu sabia a respeito de tal hidratante era só isso mesmo.

Alguns equivalentes usados pelas avós como chá de erva doce para cólicas de bebê, “quebra pedra” para litíase renal, dentre outros medicamentos naturais, também faziam parte do meu conhecimento.

Ao chegar ao sul, após aprender o significado de “vina” e o significado de “bolacha”, a outra coisa que todos perguntavam era se eu já tinha "aprendido" a tomar chimarrão.

Com o tempo, fui “aprendendo”, mas efetivamente não consegui criar o hábito. Achei muito trabalhoso (até para usar a a cuia pela primeira vez existe um longo preparo) e certamente é um costume a ser compartilhado com amigos.

No tempo dos tropeiros, aquela cena onde existia uma fogueira esquentando uma chaleira com água e várias pessoas à sua volta apreciando e compartilhando o conteúdo da cuia de porongo é sensacional, não é todo dia que isso acontece, mas não dispenso quando há oportunidade.  

De qualquer forma, os efeitos benéficos da erva mate são indiscutíveis, tanto que uma universidade pesquisa seu uso também para reduzir o colesterol.

Resolvi, então, procurar formar alternativas. O método para reduzir o colesterol é trabalhoso também, mas tomar um chá à noite é uma coisa bem agradável agora que o inverno chegou. Para ficar no clima, nada como alguma criatividade: uma boa caneca (presente de uma amiga bem animada por sinal), o chá de saquinho, o fogão a lenha e uma bomba vinda do fim do mundo. Será que essa moda pode pegar?


Boa noite! Eu sou o Narrador.

Um comentário:

  1. E tem o cha de camomila para curar o piti das pessoas. Essas bruxarias funcionam de vez em quando.

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