sexta-feira, 23 de março de 2012

Infâmia/Indignação

Infâmia - nome feminino; ato ou dito considerado condenável do ponto de vista moral e social; ignomínia; vileza ato ou dito que desacredita ou faz perder a boa reputação (Do latim infamĭa)

Indignação - nome feminino; ato ou efeito de indignar ou indignar-se; exaltação provocada por afronta, injustiça ou ação vergonhosa; agastamento; ira desprezo; repulsão (Do latim indignatiōne) 

Às vezes fico um pouco impressionado com a facilidade que as pessoas tem de dizer que não tem tempo para nada. Realmente se você acorda às quatro da manhã, toma um café correndo, pega um trem (se for em São Paulo isso pode ser um grande problema, Datena que reclame!), depois um ônibus, faz baldeação na Central do Brasil para pegar o metrô e, finalmente, chegar às oito horas no seu trabalho que durará até às dezoito horas quando você faz o caminho inverso, eu até acredito. 

Caso você não se inclua na descrição acima, a variedade de coisas que existem para preencher o tempo que sobra, principalmente onde não existe muita opção do que fazer (nisso estou incluído), pode ser descoberta desde que você desista de ver o último capítulo da novela, os últimos dias do reality, as reprises da TV por assinatura, a rede social e viaje pelas ondas do rádio (mesmo que ele seja sintonizado na televisão por assinatura) até outros lugares do mundo. 

Aproveitando a onda da viagem, ler um bom livro também faz o pensamento voar por mundos desconhecidos. 

Ganhei “Infâmia” (Ana Maria Machado – Rio de Janeiro – Objetiva, 2011) poucos dias após o lançamento e, ao som da Globo FM – RJ, finalmente consegui terminar de ler (o início sempre é difícil, mas depois da metade a coisa fluiu muito fácil). 

Leitura que recomendo, mas não seria um livro que eu compraria nos meus passeios na Saraiva ou na Curitiba. Muito real, muito bem escrito, mas sou mais da ficção e dos contos de fada (já me disseram, recentemente , que talvez eu “tentasse se (me) refugiar na "Terra do Nunca", trocando realidade por fantasia”) e o trecho do passeio nos jardins do Museu da República foi perfeito, trazendo boas lembranças do Rio de Janeiro. 

Claro que o livro não fala disso e pode causar é muita indignação. #ficaadica. 

Aproveitando a deixa da indignação, uma continuação de outra historinha, aproveitando um momento literário... 

Suas tentativas anteriores, francamente frustradas, a levaram a outro erro. Ele já havia prevenido, mas ela insistiu e, mais uma vez, ouviu (ou melhor: leu – SMS) o que não desejava. Tentou o artifício comum, dos que “nunca perdem a razão”, de transferir a culpa dos seus próprios erros para aqueles que apontam as irregularidades. Como no livro, às vezes o certo vira o culpado de tudo. Muito indignado, ele preferiu encerrar o assunto sem criar infâmia por aí.  

 Boa noite! Eu sou o Narrador.

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