quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Moog

Mesmo com a distância, que pode ser representada pela geografia ou somente pelo tempo, bater de frente com o passado e suas diversas sensações é uma coisa inevitável e frequente. 

Começa num simples e-mail com uma foto, segue numa homenagem e continua numa série televisiva. Do e-mail não vou falar, a série é uma reprise do 3x11 de Glee (mais uma referência a Michael Jackson) e vou contar a história do Google. 

Hoje, quem acessava o mecanismo de busca encontrava uma imagem histórica: um mini moog, também chamado, mais adiante, de sintetizador, criado pelo Robert Moog (se interessar, procure por ele na Wikipedia). Um doodle animado e interativo, onde a pessoa poderia testar os fantásticos sons. Fui apresentado a tal instrumento em 1974 (sim! sou um cara das antigas), num show do Sérgio Mendes (vixe! aí complicou), no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Acho que foi a primeira vez que fui ao Municipal e o show foi incrível. Na sequência fiquei muito interessado no som e descobri que a Casa Milton de Pianos (essa foi forte!), que era representante dos instrumentos Yamaha, na época, tinha um curso de Organ Electone que era uma coisa de última geração; uma evolução dos antigos órgãos de igreja com sons muito incríveis. O único detalhe é que você tinha que ser quase um polvo para tocar um bicho desses, sem contar que eram caríssimos na época. Fiz o curso, aprendi alguma coisa, não fui muito longe, mas foi o primeiro passo para meu gosto pelo Rock Progressivo (leia-se Rick Wakeman, Renaissance, dentre outros). 

Nessa altura do texto, os meus doze leitores habituais já devem estar loucos atrás das informações, que não coloquei aqui, sobre esse monte de gente do tempo de outrora, onde a gente “atirava o pau no gato”, torcia para o balão cair na mão sem queimar e não era politicamente incorreto (imagina se aqui eu falasse das recentes exibições do programa noturno de domingo ou dos telejornais da Bahia...). 

Falando em politicamente incorreto, também não gostei das piadinhas que fizeram no Facebook a respeito do doodle; melhor estudar e aprender a tocar. Como dizia Herbert Vianna: "Se não gosta, vai pra casa aprender a tocar guitarra e, quem sabe, no ano quem vem você sobe aqui no palco"!

Enfim... boas lembranças. Assim começa o inferno astral. Espero que continue nessa mesma linha (e que o Google não tire minha foto do blog)!

                                               
                                           Boa noite! Eu sou o Narrador.

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