sábado, 26 de maio de 2012

Luz no fim do túnel

Uma das características do inverno é que os dias são menores, enquanto o contrário acontece no verão. De uma forma didática e algo poética, podemos dizer que o amanhecer é quando o sol surge no horizonte, iluminando os campos floridos. 

Só que os campos não estão cobertos de flores e o que acontece mesmo é uma neblina danada, fruto da evaporação da geada que é aquele momento onde as fadinhas depositam gotas de orvalho colorido e cristalizado no solo e sobre as folhas das árvores, como já contei no ano passado. 

Apesar de ser uma estação interessante, vamos combinar que o verão aparenta ser bem mais alegre e colorido, até pelo estilo das roupas que, no inverno, a moda abusa mais de tons escuros e algo sombrios às vezes. 

Para não sucumbir à vontade de ficar sob os cobertores, deixando a vida passar lá fora, criatividade é que não pode faltar, para, no final das contas, evitar o consumo dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina. 

Infelizmente alguns não conseguem, não sei bem por que. Talvez por conta do inferno astral, no grupo dos cancerianos. Vamos combinar que realmente a coisa não é muito fácil quando há a coincidência de tais eventos. O que posso dizer, como especialista no assunto (ahahahahha), é que consegui definir bem o que acontece nesse tempo de coisas estranhas e isso escrevi há alguns anos. 

Sem pretensões de criar um texto de auto-ajuda (que por sinal eu detesto), mesmo que alguns leitores do “Contos de Fada?” o utilizassem para tal, transcrevo aqui o poema (dei uma editada) e, no final, coloco uma foto que caracteriza o título atual.
  
"Aquele castelinho de cartas e peças de dominó
É montado durante onze meses do ano,
Acumulando feitos, erros e acertos,
Tolerância e eternos pensamentos....

Ao lado, pilhas e pilhas de peças antigas...
Algumas ainda de pé, outras amassadas ou quebradas
Enfim... estão lá e piscam em frente aos olhos
Como os pirilampos, mas sem a mesma harmonia e leveza...

  Lentamente a criatura dos tempos se aproxima...
  O sorriso é velho conhecido e ela olha para meus olhos,
  Tira uma peça e o raciocínio fica mais lento;
  Empurra uma carta, derruba uma torre e cai na gargalhada....

  Chega perto dos montes antigos, seleciona um momento
  E remonta o que já destruiu no passado;
  Sorri novamente e volta para a obra atual
  Escolhendo, como se fosse um torturador, o local para derrubar....

    Os tempos bons aparecem nas pilhas antigas
  E tento fixar a atenção neles,
  Pois a criatura faz questão de mostrar as peças ruins
  Que também nunca são destruídas, pois já aconteceram...

  Somente um mês e toda a carreira de peças virá ao chão
  E outra começará a se formar com o que sobrou da atual.
  É hora de ficar mais atento, pois faltarão pedaços importantes,
  Mas também é hora de total superação...."


                                           Boa dia! Eu sou o Narrador.

OBS: Esta foto foi tirada no caminho entre Paraibuna e Rio das Flores no Rio de Janeiro.

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