domingo, 16 de setembro de 2012

Mudanças

Mudou o mês, “a boa nova já está nos campos”, o ano tem um dia a mais e chega a hora das mudanças. 

Falar de “mudanças” é confuso e talvez gere alguns textos com o mesmo título, já que podemos mudar de atitude, mudar de roupa e até pedir mudanças, como uma garotada tem feito por ai com os “Diários de Classe” (isso é assunto para outro dia, mas deixo linkado para quem nunca ouviu falar). 

Quando o Mago deixou a montanha, isso foi sofrido e muito difícil. Ao deixar o monte a coisa foi mais simples e sem dor. Somente foi e nada mais. Um movimento mágico, repentino e lá estava ele apreciando o por do sol com Ana

De qualquer forma nós, pobres mortais, fazemos mudanças de caminhão mesmo. Antes transformamos nossa moradia em praça de guerra: caixas, sacos, sacolas, malas, plástico bolha, fita adesiva, limpar a casa nem pensar, louça é resumida a um copo, um prato e alguns talheres... é uma zona! 

Carrega o caminhão, dá uma olhada no resultado e não crê que nada vai quebrar no percurso, chega no destino, descarrega o caminhão e a zona troca de lugar. A sensação é de que você está numa nave espacial com o Capitão Kirk, Senhor Spock e o restante da tripulação, todos batalhando para fazer funcionar alguma coisa que mantenha ao menos a navegação (escudos e torpedos não funcionarão). Quer beber água, não acha copo; quer guardar as roupas, tem que esperar montar os armários; internet só no notebook e com muita boa vontade... e quem já não passou por isso, não é mesmo? 

Depois que a coisa melhora, você pensa em fotografar a vista da janela. É diferente, tem menos (ficou horrível isso) árvores, mas cadê a porra da máquina? Então, você imagina que virou desenhista, acha um papel (papel toalha não serve), um lápis, desenha e o resultado você mostra para os amigos. 


Enquanto isso...

Vendo a casa sem cortinas, resolveu chegar perto e investigar. Andara triste, meio desiludida, pensando na encrenca que se meteu, criando ilusões de que está melhor do que antes (ledo engano) e verificar como ele estava foi uma ideia que pareceu interessante. 

A atenta vizinha, observando o movimento, logo falou: 
- Viu! Ele mudou! Foi rapidinho, mas veio aqui se despedir. 
- Ai! Nãaaaaao! Fudeu tudo! 
- Olha a boca menina! Vê se toma jeito!  

Boa Tarde! Eu sou o Narrador.

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