domingo, 13 de outubro de 2013

A História do Agapanto

E num dia de profunda inspiração, as flores foram criadas, com suas cores, seus perfumes e suas antenas repletas de pólen que seria transferido para outras flores com o poder dos pequenos insetos. Para comemorar tão importante criação, uma estação do ano foi destacada para o evento: nesse dia foi criada a Primavera! 

Num outro dia, já na mão dos estagiários (que sempre levam a culpa), sem grandes inspirações, foram criados os dias secos e a poeira, que também levaria o pólen, na falta dos insetos: nesse dia foi criado a rinite. 

Agapanto é um lírio, também chamada de “flor do amor” e foi a primeira planta primaveril interessante que consegui achar por aqui. Primeiro vi uns galhos (eu achava que eram galhos, mas depois entendi que eram hastes) e mais adiante surgiram coisas azuis que deveriam ser as flores; fotografei e guardei um tempinho para pesquisar o nome. Aí começou o problema: ainda não inventaram um mecanismo de pesquisa onde você coloca uma foto e aí surge a informação; tive que usar muita criatividade e a ajuda de amigas, especializadas em botânica, para não falar besteira.

Bom... eis que, de repente, entra pela janela uma gigantesca curucaca trazendo uma carta dos estagiários revoltados com o que consideram “perseguição”. Na carta esclareceram que a “rinite” de Primavera foi criação de umas bruxas que, atualmente, moram no Museu do Mar lá de São Francisco do Sul. Diz a lenda que uma guria desejava saber quem era o amor da vida dela e, assim, elas criaram uma poção com hastes de agapanto que, jogada ao vento, faria todo mundo espirrar, à exceção do escolhido. A coisa deu tão certo que, obviamente, saiu do controle e o que tem de guria que aprendeu a tal poção e sai jogando por ai é algo impressionante. No final da carta, eles ameaçam uma paralisação com pessoas mascaradas, mídia alternativa, xingamentos ao governador, mas prometem não depredar nada. 

Pode uma coisa dessas?  


 

 Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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