domingo, 6 de novembro de 2016

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Hora de voltar. 

Ela pedalara até bem longe, mas não estava tão cansada assim. Fez uma última saudação ao céu azul e o caminho pelo campo virou uma pintura, alternando tons de verde com um dourado brilhante em alguns trechos do percurso. 

Ana pegou a pequena sacola azul, azulzinha, onde raios de sol do passeio foram colocados e os espalhou por todos os lados, fazendo brilhar ainda mais o presente que levava para eles. 

Ele reclamou: estava abatido, falou que não era isso que tinham combinado e que eles erraram tudo; Melinda estava péssima, mas preferiu ficar quieta num canto. Ele pegou a caixinha de madeira que Ana lhe entregara; dentro dela havia uma almofadinha em forma de coração. Chamou a amiga vampira que finalmente sorriu e falou: 

- Aqui já há sol e um coração... agora basta preencher com outro coração que abrace, que possa dar um beijo de boa noite ou somente possa dizer um “até”. 

Ana sorriu e seguiu sua viagem de volta. Na despedida, deixou um pequeno cartão em cima da mesa com um poema.

- Eles estão mais calmos? 
- Não, mas isso virá com o tempo. 
- Quer chá, Beatriz? 
- Só você me chama assim... 


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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