domingo, 1 de julho de 2012

Trocando figurinhas

Outro dia cheguei em casa bem cansado e resolvi dar uma fuçada na rede social, tentando encontrar alguma coisa interessante pra distrair, enquanto a adrenalina do dia de trabalho baixava. Para variar, encontrei muita coisa postada entre “autoajuda”, fotos de animais feridos e outras tragédias, piadas sem a menor graça e de gosto discutível, e quase nada que acrescentasse, de verdade, o final do meu dia. Fiquei puto aborrecido, mandei um desabafo (“Conhece aquela sensação quando você comprava 20 pacotes de figurinha para colar no álbum, cada um com 3 e depois de abrir você descobre que todas são repetidas? Pois é...”) e tive a ideia de estimular os amigos, postando coisas que achei mais interessantes tipo posts de blogs legais, fotos, notícias e etc (“escrever tanto cansa” inclusive o leitor). Apelidei minha ideia de “#trocandofigurinhas” e propus que trocássemos, como se fosse um daqueles álbuns de antigamente. 

- Ué? Hoje em dia não existem mais álbuns? - perguntaria o Guardião da Fronteira Transparente.

Claro que os álbuns ainda existem, mas talvez não possuam a mesma magia de outrora. Naquele tempo, as crianças viam o mundo em “preto-e-branco”. As cores existiam, mas só as básicas. Os uniformes, as bolas de futebol, os calçados, os lápis e todo o equipamento de subsistência infantil eram sem graça, comparados aos atuais. A televisão também não transmitia com cor e, no máximo, você imaginava como eram os personagens que lá apareciam. O que salvava muito aquele universo quase incolor eram os álbuns. 

O “Cirandinha” era o meu favorito. Uma coleção de personagens de filmes, novelas, cantores, jogadores de futebol, também repleta de figurinhas difíceis que você torcia para encontrar em algum pacotinho que o jornaleiro vendia. Colava com cola mesmo, daquelas amareladas que você usava um pincel (quando não fazia a cola em casa mesmo usando maisena que as baratinhas adoravam em alguma fase da vida do álbum). As repetidas você trocava com os colegas ou jogava “bafo”. Hoje em dia, acredito, alguma coisa disso ainda acontece (ao menos é o que observo nos apelos das mães das crianças) só que o mundo já não é mais em “P&B”. 

E essa é minha “figurinha” de hoje. Torcendo para encontrar outras inéditas, vou ficando por aqui mesmo...  

                                 
                                          Boa noite! Eu sou o Narrador.

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