quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Noite de Terror?

Uma história não contada no “Contos de Fada?” 

Um belo dia, Melinda falou sobre um lugar que ela frequentava, quando queria se divertir sem medo de revelar sua verdadeira origem. Na verdade era um parque de diversões bem animado e com aqueles brinquedos radicais que deixam todo mundo apavorado. Em determinada época do ano, ele funcionava também à noite, como se fosse uma grande festa, cujo tema era “TERROR”! 

Ela achava tudo muito interessante, pois alguns frequentadores incorporavam a temática e apareciam por lá com figurinos característicos. Muitas bruxas, vampiros, lobisomens (desses ela não gostava) e, então, ela passava sem chamar a atenção. Animadas com a ideia, Ana e Adrielle, com a permissão do Mago, reuniram os yetis e, guiadas por Melinda, se materializaram no meio do parque. A bela moça assumiu o figurino gótico tradicional, saia e meia pretas, maquiagem pesada no rosto e seu cabelo curtinho com uma mecha branca, emoldurava seu rosto, onde os olhos prateados chamavam a atenção. Adrielle pensou numa fadinha cor de rosa, mas gostou tanto do figurino de Melinda que resolveu fazer uma versão bruxinha mesmo, com um vestido tipicamente preto. Ana já foi mais discreta, optando por algo fantasmagórico (recentemente imitado por uma pegadinha da televisão aberta). Os yetis... bom... eles foram como yetis mesmo, causando muita risada ao descer da Big Tower com os pelos arrepiados e aquele olhar de panda (de comercial de carro) assustado. 

Diversão pra todo lugar, enquanto Adrielle e Melinda foram tomar um sorvete, Ana se interessou por uma atração que consistia num castelo, onde seres aterrorizantes davam susto nos visitantes. Foi ver como funcionava justo no momento que o céu encheu de nuvens carregadas, desabou um temporal e a luz apagou, por alguns instantes, até que o gerador entrasse em funcionamento (por “coincidência”, foi exatamente no momento que um garoto atrevido e sem qualquer noção do perigo tentou passar a mão na bunda de Melinda “furar” a fila da sorveteria, exatamente na frente de Adrielle). Na confusão, Ana foi confundida com os atores que interpretavam os tais seres e incluída, sem querer, no “cast” da atração. 

Nessa hora ela os viu: ele era alto, algo ruivo, olhos castanhos, espinhas, meio curvado, devia ter uns dezesseis anos. Feio não era, mas não tinha nenhum atrativo excepcional além de parecer simpático e atencioso; ela, era baixa, bonita (muito), uns quinze anos (ainda bem que ele não perguntou a idade dela), cabelos bem pretos e olhos castanho esverdeados, quase tão bonitos quanto os de Ana. Separados, pela chuva, de suas respectivas excursões, a dele do norte e a dela do sul, acreditaram que a atração coberta seria um bom passatempo (até porque a fila era menor). Encharcados, misturaram-se ao grupo de meninas de outra excursão, provavelmente do centro-oeste (sotaque inconfundível). Na antessala (Ah! Que saudade da velha ortografia!) o grupo de meninas brigava para não entrar, após receberem as devidas explicações de um personagem aterrorizante, quando o tal menino tomou a frente, puxando a menina pela mão. Ele com muita coragem; ela fingindo fingir que fingia ter medo. Assim foram até o final, muitos sustos, gritos e, na saída, ele a perdera na multidão, ficando inconsolável, pois a paixão surgira de uma forma inesperada. 

Já em casa, após ouvir as novidades, o Mago perguntou: 
- E eles não se viram mais? 
- Como se você não soubesse - ela deu um sorriso.
- Beatriz! - ele tentando ralhar.
- Só você me chama assim! 

E num determinado ônibus de turismo, um menino observava o carimbo/passaporte, em neon, com o símbolo do parque, na sua mão direita, quando o mesmo transformou-se num endereço de Tumblr...  

 Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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