quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Dying Young

”Dying Young” foi um filme de drama romântico dos Estados Unidos de 1991, realizado por Joel Schumacher e que teve como protagonista a Julia Roberts e, indiretamente, o Kenny G, por conta da música tema do filme que fez muito sucesso na época. Falo isso porque a impressão que eu tive quando comecei a leitura do romance inglês “Como eu era antes de você” de Jojo Moyes (Editora Intrínseca – 2016 – Tradução de Beatriz Horta) é que eu daria de cara com alguma atualização do tema anterior (com a desvantagem de não ter a Julia Roberts na versão cinematográfica) e com direito a continuações intermináveis nas livrarias, como tem sido hábito de alguns autores atualmente. 

Ao contrário dessa tendência, Neil Gaiman escreve seus livros e cria seus mágicos mundos paralelos transformando a ingrata realidade em literatura de qualidade indiscutível, na referência aos universos reais que nos cercam, como foi em “Lugar Nenhum” que já citei aqui no blog. Um desses universos reais e pouco (ou nada) conhecidos é o “home care”, onde aqueles que necessitam de algum cuidado especializado, mas não necessitam permanecer hospitalizados, recebem o que precisam através de empresas ou somente cuidadores treinados. 

Trabalhei um bom tempo em “home care” e gostei do cuidado que Jojo Moyes teve ao relatar as diversas situações - completamente atípicas - que surgem no dia a dia dos pacientes e de suas famílias, além da dificuldade encontrada pelos cuidadores nos diversos níveis de capacitação (posso dizer que é exatamente o que é descrito no livro). Paralelamente foram criados alguns outros dramas adicionais, alguns em exagero, mas que não comprometeram muito o livro (só ajudaram a “esticar” a história). A tradução peca um pouco e a revisão também deixou alguns “furos”; em alguns capítulos a narrativa muda de mão (da protagonista – Louisa – para outros secundários), mas não muda de tom, confundindo um pouco o leitor (no caso, eu) e tornando a coisa desagradável. 

No geral o livro é bom e dá pra ler sem susto, mesmo sendo literatura de forte apelo comercial. O filme eu não vi, mas dá a impressão que algumas cenas do livro foram cortadas para aparecer na telona, já que o roteiro foi da própria Jojo Moyes. 

Kenneth Bruce Gorelick (Seattle, 5 de junho de 1956), mais conhecido pelo nome artístico de Kenny G, é um saxofonista estadunidense de muito sucesso. Ganhei um CD, há muitos anos, que guardo com muito carinho e aproveito para deixar um de seus grandes sucessos para que meus leitores relembrem ou passem a conhecer o seu trabalho.

   


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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