quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Pequena Abelha

♪ “Eu quero uma casa no campo do tamanho ideal, pau a pique e sapê , onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais...” ♫ 

Quando Zé Rodrix venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora em 1971, o conceito “casa no campo” talvez fosse uma casa nos arredores daquela agradável cidade que muito cresceu desde então. Eu achava isso o máximo e ter a tal “casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer” (em 1975, outro conceito criado por Gilson) virou sonho de muita gente. Juntando as duas músicas teríamos uma casinha branca de alvenaria mesmo (pau a pique e sapê é paraíso de Triatoma e aí não rola), discos que virariam cds, amigos e livros. 

Um belo dia arrumei a tal casinha que era branca, mas pintaram de amarelo; plantei rosas e duas árvores, além de uma antena da Sky e um cabo de Internet (lógico), para poder baixar discos, já que não havia onde comprar. Na sequência, plantei sementes de amigos, mas poucas vingaram. Um belo dia saí de lá, mas o gosto pelos livros, que piscam pra mim nas livrarias e compartilho com os amigos sempre que possível, acompanharam a mudança. 

Terminei de ler hoje o livro “Pequena Abelha” (título em inglês “The Other Hand – vai entender!) de Chris Cleave, lançado pela Intrínseca em 2010. Demorei muito para decidir comprar, já que não gosto de ler as resenhas da Internet antes e a sinopse do livro, que está na contracapa, já avisa: “Não queremos lhe contar o que acontece nesse livro. É realmente uma história especial, e não queremos estragá-la. Ainda assim, você precisa saber algo para se interessar, por isso vamos dizer apenas o seguinte: Essa é a história de duas mulheres cujas vidas se chocam num dia fatídico. Então, uma delas precisa fazer uma escolha que envolve vida ou morte. Dois anos mais tarde, elas se reencontram. E tudo começa... Depois de ler esse livro, você vai querer comentá-lo com seus amigos. Quando o fizer, por favor, não lhes diga o que acontece. O encanto está sobretudo na maneira como a narrativa se desenrola.” 

Realmente, a vontade que tenho é contar tudo, como em várias resenhas que eu li hoje, mas vou cumprir o prometido. "Pequena Abelha" é um livro interessante, imprevisível que você não consegue parar de ler de tanta curiosidade em saber o que vem a seguir e que não tem a menor vontade de chegar ao final da história. O autor tinha tema para mais de oitocentas páginas, mas preferiu não enrolar e ser bem objetivo, sem perder o natural mistério que nos faz trilhar linha por linha. #ficaadica 

  Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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