domingo, 21 de julho de 2013

O trem da meia noite

O ano de 2009 foi muito interessante: novos tempos, outros lugares, várias pessoas diferentes. Para sobreviver, alguma tecnologia televisiva apareceu e, assim, eu conheci a série Glee que passa no canal FOX. É desnecessário descrever a sensação de assistir seus episódios, repletos de casos e canções, mas certamente marcou uma geração. Apesar de perder algum fôlego a partir da quarta temporada e ter passado para o ostracismo do horário de sábado às 19 horas, sem reprises durante a semana (não entendi o porquê disso), ainda está lá fazendo bastante sucesso. 

Por conta disso, várias histórias surgiram, no “Contos de Fadas?”, baseadas na série e nas suas músicas e fiz uma compilação de duas delas, escritas no final desse ano tão marcante.

"Senta que lá vem história..."

Num “meados de dezembro”, enquanto rolava uma formatura, na qual não fora convidado e ficara muito puto chateado com isso, ele esteve numa cidade distante a trabalho. Concluída a missão e voltando para casa: 

- Oi Beatriz! - olhando pelo espelho do carro, o Mago piscou para a menina (sim... magos também utilizam automóvel). 
- Como sabia que eu estava aqui? 
- Ontem eu vi seu sinal (o arco-íris) em cima da ilha. 
- Gostou? Foi ideia do Dragão que me trouxe... 

O dia estava bonito e o amanhecer foi com poucas nuvens, com o sol brilhando no céu totalmente azul, espelhado nas ondas do mar.

- Viu? Deixei tudo clarinho, mas pedi, para o Papai Noel, uns tufos de barba branca para fazer algumas nuvens! 
- Gostei de tudo! O que deseja fazer? 
- Somente te acompanhar na volta, mas posso pedir uma coisa? 

Muito próximo da praia, ela pediu para ir até lá; ele concordou e assim foi feito. Logo ao chegar, ela soltou as trancinhas que usava e saiu do carro, correndo até a água. Seu vestido branco, rendado, de alças finas, já estava com a barra molhada quando ele a alcançou. De tão contente, ela corria atrás daqueles pássaros marinhos, jogando água para todos os lados e deixando o Mago bastante molhado. 

- Sua irmã vai reclamar. Você não ia usar este vestido no Ano Novo? 

Ela sorriu, e respondeu levantando uma onda direto em cima dele (mágica, claro) e, por pouco, ele também não fica ensopado de vez. Só que ele aderiu à brincadeira, virou criança um pouco, sentou com ela na areia e buscou conchinhas e tatuís, bebendo água de coco, observando o horizonte e o bater das ondas. 

Em dado momento, uma banda composta de seres marinhos (peixinhos, baleias, tubarões e estrelinhas que, evidentemente, ninguém mais viu) iniciou os acordes daquela canção do Journey que falava do tal “trem da meia noite”. O sorriso de Beatriz valia a pena de se ver, mas ficará somente na imaginação daqueles que não param nunca de acreditar. 

- Vamos agora? 
- Sim... já estou satisfeita. 

Deram as mãos, seguiram até o carro, não sem antes o Mago conjurar novas vestes para ambos e voltaram cantando e contando mais histórias, naquele belo dia de sol...
"E entrou por uma porta e saiu pela outra e quem quiser que conte outra..."

Essa semana o sol não brilhou e a série Glee perdeu seu ator principal. Quem sabe ele encontrou o tal “trem da meia noite”, não é mesmo? RIP Finn! 


Boa Tarde! Eu sou o Narrador. 

N.N: Compilação dos textos “Conchinhas e Tatuís” e “Glee”

Nenhum comentário:

Postar um comentário