domingo, 16 de fevereiro de 2014

Encanto Mortal

Quando eu era criança, um dos meus divertimentos favoritos era ler e os contos de fada enchiam as prateleiras da estante durante muitos anos. Lembro do “Mundo da Criança”, “Contos de Andersen”, “Contos de Grimm” e a coleção favorita, de mais de vinte livros, que era “Joia dos Contos de Fada”. Boa parte deles ilustrados, se não me tornaram especialista no assunto, ao menos eu conheci tudo a respeito na época. 

Toda essa influência vive até hoje, pois alguns posts aqui do blog fazem referência ao fantástico e inimaginável e aproveitar a lua cheia associada ao término do horário de verão e início do inverno (se alguém disse que sair de uma temperatura amena de trinta graus para os tradicionais vinte não é inverno, então eu não sei de mais nada) daria outro conto nessa mesma linha. 

Só que aproveitei os últimos dias para ler um daqueles livros que “piscaram” pra mim na Livraria Saraiva e que acabei comprando, principalmente quando conclui que ele não era de nenhuma série ou trilogia ou lá o que seja, nessa linha, se bem que o final deixou vários ganchos para continuações que espero que não aconteçam. 

Ao término, como sempre, li algumas resenhas, certamente de pessoas que não tiveram uma infância literária como a minha, daí alguma estranheza no desdobrar da história. Na chamada do livro, eles citam séries televisivas atuais como “Once upon a time” e “Grimm”, mas, na verdade, é somente um conto de fadas mesmo. Um detalhe: quando uso “história” ao invés de “estória”, isso é proposital, pois o grande mistério dos contos é nunca saber o quanto cada um tem de verdadeiro (perguntem pro Tolkien e pro Lewis como é que eles escreveram “O Senhor dos Anéis” e “Crônicas de Nárnia” que vocês vão entender isso direitinho). 

“Encanto Mortal” (Tradução do livro "Kill me Softly" de Sarah Cross – Editora Verus – 2013), conta uma história bem doida de uma menina criada por suas madrinhas e que deseja conhecer melhor o seu passado. Inteligente, impulsiva e prestes a completar dezesseis anos, foge de casa e viaja até sua cidade natal, onde encontra mais mistérios do que explicações. O que achei interessante é que identifiquei boa parte dos contos citados e isso tornou a leitura mais atraente, mas as resenhas não são muito satisfatórias (por isso que só procuro resenhas depois de ler). 

Deixo a dica: realmente foi uma opção para os dias frios, quando usar a bicicleta parada foi a melhor solução para não trocar a atividade física pelo conforto do cobertor.  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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