quinta-feira, 9 de julho de 2015

Falando de Alice

O beijo (original em alemão: Der Kuss) é um quadro do pintor austríaco Gustav Klimt. Executada em óleo sobre tela, medindo 180x180 centímetros, entre 1907 e 1908, é uma das obras mais conhecidas do Klimt, graças a um elevado número de reproduções.” (Fonte: Wikipédia) 

Escolhi essa imagem para ilustrar o texto, pois hoje vou falar de Alice e ela gosta dessa pintura. Também gosta de Frida Kahlo, do Rio de Janeiro, de pizzas naturebas e outro dia falou que “tinha um lado doce”, mas ela o teria comido (isso foi uma piada). Alice é aquela que mora no final da estrada de flores amarelas. Alice também gosta de girassóis. 

Quando a conheci, ela gostava de gatos e se transformava em uma, às vezes. Continua gostando dos gatos e até tem um em casa que convive harmoniosamente com um pequeno periquito (isso foi redundante?). Já falei dela várias vezes e resolvi tornar isso um “marcador” aqui no blog. Tentarei condensar dois textos que escrevi no “Contos de Fada?”. Será que consigo? Vamos tentar, então: 

Doce Alice que cuida de duas fadas. Sempre cuidou tão bem que hoje elas já ganharam suas asas e voam atrás de seus destinos. Acho que nunca encontrei figuras tão gentis, tão inteligentes e tão decididas como as duas. Frutos de Alice! 

Nunca tive medo de suas ideias, talvez um pouco diferentes da grande maioria (outra redundância), mas ela sempre foi muito sincera. Quando estudou bordados, contou que loucura vem da cabeça dos outros. Por conta disso ela cuida, até hoje, da caixa de costura da minha velha mãe. 

Alice é artista: gosta de imagens e as faz muito bem. Outro dia ela resolveu usar a parede de sua casa como tela e desenhou passarinhos e uma árvore e eu ainda tenho que ver isso de perto (editado: já fui lá ver!); teve aquela vez que fotografou andorinhas fazendo música nos fios da rede elétrica e isso virou música mesmo que eu também ainda tenho que ouvir. 

Doce Alice que aproveita as horas de silêncio e preguiça, para ouvir o barulho do vento e o brilho das sombras; da sua janela fotografa arco íris e também a lua quando está cheia (se bem que lá também ela encontra o gato, em outras fases). 

Um dia, Alice olhava a lua em crescente, deitada num dos galhos de uma árvore encantada. Encontrou o gato que sorria através da lua e, nesse olhar, invocou seu feitiço, parecendo não se importar que os outros a escutassem. 

“Estranho você chegar assim sem avisos; 
 Até senti as tais borboletas que você bem sabe defender. 

Como pequenas luzes, saltitando entre os galhos, 
Equilibra-se sobre o próprio rabo,
Ronrona ideias e, lentamente, passa entre minhas pernas encostando seus pelos... 
Deixando no ar o que realmente pretende. 

Para te conhecer é preciso cuidado: 
Gatos não possuem donos e fazem seu próprio caminho... 
Sem licença para entrar ou sair do país de Alice. 
Costuma fazer pedidos estranhos... 
Nunca os aceitei ou entendi 
Talvez por saírem da mente 
De um ser misterioso." 

Então, Alice olha para o céu e vê, novamente, a lua em crescente e termina como se fosse a última gota do último segundo do por do sol... 

"Lua, quebre o encanto e devolva o gato, porque ele é risonho, mas sorri apenas para mim" 

Assim é Alice: aquele que é doce, que cuida de suas fadas e mora depois da estrada de flores amarelas.  


Boa Noite, Alice! Eu sou o Narrador.

Nenhum comentário:

Postar um comentário