quinta-feira, 30 de julho de 2015

Plantão Médico

Naquele tempo, o teto de gesso desabar em cima das nossas cabeças e não haver climatização em funcionamento nas salas não eram eventos incomuns (em dias de chuva os problemas eram outros). De qualquer forma, a grande escola médica era mais parecida com um campo de guerra do que com salas repletas de cadeiras e se chamava Pronto Socorro. 

Minha primeira experiência nesse cenário foi no interior, onde havia um médico boa gente que trabalhava num pequeno hospital e onde nada acontecia a menos que ocorresse uma briga de foice e um grande acidente automobilístico. 

- Você sabe suturar? Não? Fica, então, com a cabeça do foiçado que é mais fácil de fazer. (não vou contar os demais detalhes mórbidos do dia que aprendi essa técnica milenar). 

Os tempos mudaram, surgiram novas tecnologias, problemas antigos continuaram insolúveis (como pacientes em corredores, falta de material básico e essas outras coisas que aparecem todo dia na TV), mas a gente aprendia na marra ou desistia. 

A televisão resolveu imitar a realidade: surgia então o "E.R.", (Plantão Médico), série que durou 15 anos e que mostrou como era a coisa lá nos lados ditos desenvolvidos. À exceção da tecnologia mais avançada que a nossa, a praça de guerra era muito semelhante e posso dizer que já fui um “Carter” da vida. 

O canal Warner, comemorando 20 anos de existência, resolveu ressuscitar a série, isso trouxe muitas lembranças e cada personagem representou algum momento da minha formação. Deixo aqui essa dica, boa para quem viveu naquela época, lamentando que a formação atual esteja muito aquém daquela que recebemos no nosso tempo. Hoje há muita teoria tecnológica, muita reclamação e pouco aprendizado real. Alguém achou que era fácil? Sabe de nada inocente... 



Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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