sábado, 6 de outubro de 2012

Ciclovia

Sempre gostei de andar de bicicleta e, na montanha, era uma das minhas atividades favoritas.

Em 2004, uns quinhentos anos depois que aprendi a andar, ganhei uma bicicleta, bem diferente da velha Caloi dobrável vermelha (acho que já falei isso alguma vez): essa tinha marchas, era azul e bem grande. Foi presente póstumo da minha mãe, pois o papai achou um dinheiro guardado que era o valor da bicicleta e me deu, em nome dela, com essa finalidade. No início o pedalar era tímido, somente em volta da moradia mesmo, até porque o preparo físico era nenhum. Com o tempo tudo mudou e os passeios até o parque e no próprio parque viraram rotina. 

Claro que a chuva e o frio atrapalhavam muito, mas sempre que havia uma chance era isso que eu fazia. 

Na mudança para terras mais frias, onde o inverno dura nove meses, aí a coisa ficou bem mais complicada e fui obrigado a adquirir a “bike parada”, que faz também a função de excelente cabide em algumas residências. 

Para andar de bicicleta, pistas planas e de piso asfáltico ou, pelo menos, sem pedras, ajudam muito, até na conservação do veículo. As antigas bicicletas Phillips, de freio contra pedal, suportavam qualquer coisa, mas hoje isso só acontece com as sofisticadas mountain bike. 

Visto isso, o dia amanheceu nublado, mas não estava frio. Em poucas horas já foi possível vestir uma indumentária básica, criar coragem para descer as escadas do prédio com a bicicleta e o antigo divertimento criou vida novamente, como Fênix! Agora é só recriar o bom hábito, aproveitando a segurança de um longo trecho de ciclovia, onde os carros não passam e o risco de ser atropelado é pequeno. 

'Bora pedalar?  

                                         Boa Tarde! Eu sou o Narrador.

Um comentário:

  1. De carona na onda das bicicletas com o vento batendo em cheio no rosto e a vida deslizando ao lado nem tão lenta nem tão rápida...

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