terça-feira, 4 de junho de 2013

O Quati do Narrador

”Jet lag” é um termo utilizado quando falamos dos efeitos do (con)fuso horário nas nossas viagens. É a tal da ressaca, depois de um passeio de vários dias, por lugares diferentes e longe de casa; mesmo que o horário seja o mesmo (apesar de que o celular insistiu várias vezes que o fuso era outro), é tudo novidade, e retomar a rotina fica complicado, inclusive escrever algum texto. 

De todo modo, como viajar de ônibus de excursão te dá bastante tempo para chacoalhar a cabeça, as ideias pulam de todos os lados e, depois de muito escolher, fiquei com o tema de hoje, já que toda hora aparece alguém sugerindo que eu adote um cão, crie um gato, monte um aquário, pois as aranhas e os outros bichos domésticos ficaram para trás e acabou a distração. 

O que ninguém resolve é como levar os bichos nas viagens (as aranhas vão, bem escondidas nas malas e dentro dos sapatos, assim como os escorpiões) ou arrumar alguém que cuide deles, na sua ausência. Só de pensar nisso já dá uma preguiça danada e, por aqui, preguiça é o mesmo que ter um quati nas costas. 

O quati é um bicho bem interessante que eu nunca dei muita bola: ele entra, junto com a gralha azul, a cutia e o serelepe, na cadeia de preservação das araucárias, mesmo que, hoje em dia, ele prefira algumas lixeiras. Vive livremente no Parque do Iguaçu, é o bicho símbolo do local (cujas fotografias ficam melhores na parte da manhã, devido à posição do sol) e você pode levar um para sua casa (de pelúcia, é claro). 

Aí veio uma ideia, ainda embrionária, de transformar o bichinho num companheiro de viagens e criar algumas histórias, mas isso será coisa para contar noutro dia. Por enquanto fica aqui uma foto para ilustrar. 

Ah! Aproveitando, em Foz do Iguaçú existe um “City Tour” muito legal (para quem não pretende enfrentar as compras no Paraguai), onde você visita a Mesquita Árabe, o Templo Budista e o Marco das Três Fronteiras, mas as fotos ficam melhores no período da tarde.  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

Um comentário:

  1. Nos tempos da montanha eu tinha uma aranha de estimação, a Aracy. Um dia eu voltei de um plantão e encontrei seu corpo chamuscado. Meus vizinhos eram insensiveis. Aracy, onde você estiver, obrigado pelo companheirismo!

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