quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Perto demais das capitais

Já há alguns anos que eu faço um "roteiro de abraços" que inclui Petrópolis, Rio de Janeiro e São Paulo, começando a saga após o trabalho, dormindo em Curitiba, perto do aeroporto. Longe de querer virar algo do tipo “Guia do Mochileiro das Galáxias”, resolvi contar um pouco dessa história que, este ano, incluiu um curso em Florianópolis, adiando a volta ao ponto de origem.

Programei tudo com dois meses de antecedência, pois é o momento de conseguir as promoções da companhia aérea (sempre uso a mesma por conta do acúmulo de milhas, se bem que, agora, tarifa promocional não acumula milha, mas ainda é bem mais em conta). Na sequência, reservei os hotéis e locação de automóvel, esta também via empresa aérea. Ai vale um reparo: existe uma promoção que associa a passagem à locação com um bom desconto, mas ainda assim sai mais caro que a concorrência, pois o valor que você recebe não inclui o seguro do carro que custa quase metade da diária promocional, mas valeu a pena porque pude devolver numa loja perto de onde eu ia, poupando a grana do táxi (tem um fazer muitas contas para ver o que é mais vantajoso). Em todos os serviços utilizados eu possuo cartão de fidelidade, para descontos futuros (eles existem!) e o pagamento também pode ser convertidos em milhas aéreas posteriormente (use seu cartão de crédito), compensando a tarifa promocional que eu já expliquei. 

Por conta da fidelidade, ganhei cortesias nos três hotéis das capitais, mas em São Paulo tive que pedir porque a recepcionista “esqueceu” e os atendentes não possuíam bom treinamento para saber o que era servido (água, cerveja em lata, refrigerante ou suco – escolha um deles), apesar de constar no voucher (tive que usar a máxima do “vale o que está escrito”). Como sempre deixo meu carro em Curitiba, no mesmo estacionamento, também ganhei uma lavagem grátis (somando o valor das cortesias, paguei uma diária em um dos hotéis). 

Antes de viajar comprei um guarda-chuva. Este equipamento de sobrevivência possui a característica de “espantar a chuva”, adiando sua estreia, e também é o brinquedo preferido do “duende do guarda-chuva”, pois todo mundo perde (porque o duende pega para brincar e não devolve) e ninguém encontra nenhum guarda-chuva (dos outros) perdido por ai. Ainda não perdi, mas também não choveu e ainda rolou um veranico (isso foi muito bom!). 

Vou poupar o leitor dos “detalhes mórbidos” do agradável passeio, incluindo os 180 km iniciais de carro (ainda tem os quase 500 km da volta: por conta do curso fui parar na capital catarinense) e a frustração de ver os aeroportos ainda com tapumes (lembra das obras da copa?), para passar à beleza de Petrópolis, ao agradabilíssimo encontro com a Patrícia, à distribuição de abraços aos amigos de lá (prédio antigo e Parque de Exposições de Itaipava), à deliciosa água de coco da mãe da Angelina (dona Elenir), ao jantar com o velho pai (já no Rio de Janeiro), comemorando seu aniversário de 89 anos, acompanhados da minha sobrinha preferida (bom... eu só tenho uma sobrinha... a outra é sobrinha neta... enfim... também tenho só um sobrinho... o outro é sobrinho neto... melhor deixar isso pra lá!), depois encontrar a Fê e o Brunno em Sampa e conhecer a evolução da Estela, agora com um ano. 

Em 1968, a música “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, ganhou o Festival da Canção, apesar de “Caminhando” ("Pra não dizer que não falei das flores") do Geraldo Vandré possuir mais apelo popular, por conta da ditadura militar. Preferências à parte, os versos “vou voltar, sei que ainda vou voltar, para o meu lugar” me acompanham sempre. Nessa semana, Cybele, uma das intérpretes da música, foi cantar noutro lugar, lá no programa da Hebe Camargo, provavelmente. O último show que vi do Quarteto em Cy foi o “Bate Boca”, em conjunto com o MPB4 e, lógico, eles cantaram a música que reproduzo por aqui. 

“Saudade é um elogio ao passado”


   


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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