sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O Conto da Estrelinha que caiu

O inverno definitivamente acabou (se é que houve): hoje, andando de bicicleta, vi cerejeiras em flor e quase fotografei, mas vou esperar um pouco, para que fiquem mais floridas. Vai ser muito legal mostrar isso depois. Com o calor e o tempo claro, as noites ficam bonitas e, outro dia, houve uma chuva de estrelas (isso tem nome técnico, mas deixa pra lá) e acredito que alguma tenha caído em algum lugar por ai. Isso também já aconteceu, num outro conto de fadas e eu estava devendo essa história... 

Era uma vez... 

Vagava brilhando por entre as nuvens, aproveitava que a lua era nova e o escuro da noite, para ser a mais bonita, dentre todas aquelas que estavam no céu. De repente, tropeçou e despencou lá de cima... ops... 

Meio assustada, encontrou um baixinho ridículo, de barba verde e cabelo roxo, um desses seres que não tem definição e que estava sentado num banquinho cor de abóbora, para não perder a esdrúxula combinação de cores. A sorte é que ele estava dormindo e ela passou por ele, bem devagar, até encontrar uma montanha, onde morava um Mago. 

Viu uma porta... toc toc... 

- Quem é você? Como caiu aqui? - ele perguntou. 
- Nem sei ao certo, mas não tente me entender... tente ver além do que realmente sou.

Convidou-a para entrar e ofereceu chocolate; então, olhou para ela, viu aquelas coisas que estão realmente além do entendimento e disse: 

"- A quantidade de paixão que existe dentro de você só não é maior que o infinito... Não a guarde porque é energia pura... se não der pra usar como você gostaria, transforme-a em outra coisa boa também."
 
E, dessa forma criou-se outro mistério: caíra a Estrelinha na vida do Mago; desde então, surgiu um feitiço que ela usa até hoje, pois transformou a paixão que existe dentro dela num brilho maior que o infinito. Nos seus olhos existe um irresistível mistério, pois seu destino não é de ninguém; seu sorriso é doce, seu jeito surpreendente e sua paixão, seu maior poder, ensandece aqueles que a admiram... 

Num último momento, na hora da despedida, ele assim desejou: “- Que seu corpo vire o Sol que brilha no horizonte ao amanhecer e que sua mente não deixe a chuva escurecer seus pensamentos!” 

E foi assim que tudo aconteceu!  



Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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