terça-feira, 18 de agosto de 2015

Utopia é um lugar que não existe

Hoje está chovendo por aqui, mas os dias secos e de sol, que perpetuaram um veranico por quase um mês, fizeram que eu retornasse às minhas atividades ciclísticas mais cedo este ano. Como trabalho por escala, tive alguns dias, digamos, de folga, que aproveitei bastante. Domingo foi o último e programei pedaladas pela manhã e à tarde. O que eu não contava é que um “bocó” (definição dada pelo dono do prédio onde moro) tivesse desligado a água, durante um serviço durante a semana, e amanhecemos com a caixa vazia. Acreditando no “plano B”, já que existe também um poço que pode abastecer o prédio, não fosse o fato da pressão ter rompido a tubulação de acesso, saí de bicicleta e só entendi que o banho antes do trabalho seria impossível, quando retornei e conversei novamente com o locador. Sujeira criada (pedalar não é uma coisa isenta de impurezas) comecei a pensar em qual solução daria, já que trabalharia num turno de vinte e quatro horas e a opção eslovaca (entender isso é para os fortes) não daria muito certo. 

No final das contas, já que meu trabalho era em outra cidade, pernoitei num hotel de lá mesmo, o que me deu uma vantagem de não ter que acordar tão cedo no dia seguinte. Foram dois banhos, pois deu muito trabalho retirar os resíduos ciclísticos e conclui que a ideia foi boa. 

Ficar em hotel tem algumas chateações, pois meu programa de domingo era ver (assistir) algumas coisas, que já estou acostumado, na televisão de casa, mas fiquei a mercê do que passava por lá mesmo. Qual não foi minha surpresa quando liguei a TV e passava um documentário sobre os Mamonas Assassinas, grande fenômeno artístico dos anos 1990 e que entrou na lista comparativa sobre sucessos meteóricos, que aparecem e desaparecem de uma hora para outra, que um sujeito publicou numa mídia dessas por aí, quando falou da comoção causada pelo desaparecimento precoce de um cantor. 

Os Mamonas desapareceram precocemente também, vítimas de um acidente aéreo. Nem tínhamos nos recuperado ainda da morte do Ayrton Senna e lá veio outro desastre. Confesso que, talvez, tenha sido a última banda que eu tenha curtido e depois parei no tempo do Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Titãs, dentre outras da época. Os sucessos atuais da garotada eu nem sei quem canta (tem uma ou outra música “chiclete” que é bacaninha, mas depois que criaram a “sofrência” a coisa ficou muito pior do que já estava) da mesma forma que parei na “Era Zico”, no futebol, e que me perdoe o Rubinho, automobilismo nem imagino aonde esteja. 

Eles fizeram sucesso, pois associaram criatividade, humor e boa técnica musical, além de uma vontade enorme de vencer; não era um grupinho com talento restrito, lançado somente para aplacar a necessidade comercial de alguém e ganhar dinheiro: os Mamonas Assassinas surgiram para agradar e assim o fizeram, durante o curto tempo que viveram. 

O documentário é muito bom (tem no Youtube) e vale a pena conferir. Agora, provavelmente, animam o Programa da Hebe (que quase ressuscitou ontem, junto com a Dercy, para ensinar à Xuxa como fazer um programa ao vivo) lá na Utopia... um lugar que só existe na nossa imaginação, mas que podemos alcançar dependendo na nossa própria vontade.  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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