sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Independência

Segundo o anúncio da TNT (confira) “em 1822, Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil. Isso trouxe inúmeros benefícios para o país inclusive um feriado para assistir ao especial da TNT com...” 

Vai viajar? “Se beber, não dirija”; “Respeite os limites de velocidade”; “Crianças sempre no banco de trás com cadeirinhas”; “Use o cinto de segurança”. Coisas óbvias, lógico, mas a preocupação de alguns (espero que poucos) não é a segurança e sim a multa/castigo que isso pode gerar. Parece coisa de criança, não é mesmo? 

Outro dia, uma aluna de psicologia pediu que eu falasse a respeito de uma montagem do mapa do Brasil com vários rostos de crianças espalhados por ele. É para um trabalho de faculdade e eu não sei bem do que se trata, mas escrevi o que me veio na cabeça. A representação reflete uma realidade que vivemos hoje: o Brasil é uma criança; não aquelas crianças bem educadas, criadas numa família com muito amor e sim uma daquelas bem birrentas, sem modos, sem família, criadas ao leo, sem qualquer objetivo. Apesar dos 500 anos de existência, pós descobrimento, ela só conheceu a destruição como forma de sobrevivência, como se fosse um brinquedo que ela olha e joga longe somente pelo prazer de quebrar, fazendo escândalos para conseguir outro e mais outro, tentando chamar a atenção. Depois de uma gestação sem cuidado, deve ter nascido no marco da independência, que todos sabemos que a história contada no colégio não foi bem daquele jeito. Conheceu cedo a corrupção, destruiu os sábios que antes existiam e agora vagueia sem rumo, sem regras, necessitando de multas/castigos para tentar conviver em comunidade. A única lei que conhece é a “Lei do Gérson”. Como não entendeu do que se tratava, seguiu malcriada, pois não havia ninguém para educar e, hoje, precisa do patrulhamento ideológico, do “político/socialmente correto”, criado por ela mesma, para tentar ordenar o caos criado pela falta do amor dos seus pais. 

Assim é o país: uma criança que só olha para o próprio umbigo, que precisa de um corretivo, daqueles que o ECA não toleraria nunca, para ver se entra nos eixos. Vai ser difícil, vai ser dolorido, mas um dia acaba dando certo. Bom feriadão!



   

Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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