quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Resenhas

O título (mesmo) deste texto era “A Culpa é do Estagiário”, mas como isso poderia causar um certo mal estar (já que alguns leitores não leem todo o texto mesmo), resolvi mudar um pouco. 

Particularmente eu gosto dos estagiários: são interessados (nem sempre), divertidos (muito menos), eventualmente passam mal e vomitam depois de alguma explicação prática e, quando tudo dá errado, a gente ainda pode colocar a culpa neles, desde que não seja na área da saúde, da engenharia e outras áreas onde os erros causam danos físicos. Outro dia uma amiga flagrou a situação abaixo (print, naturalmente, editado, mas era mesmo um link para uma reportagem real) e, claro, foi muito divertido, mas será que a culpa foi do estagiário mesmo? 


De tempos em tempos eu viajo para uma “cidade grande”. Vamos combinar que morar de forma interiorana é muito legal, mas algumas coisas não encontramos com facilidade. Com isso eu renovei meu estoque de livros (disso eu falo outro dia) e vi (assisti) três filmes no cinema. Conciliar os horários foi tarefa hercúlea e a opção “dublado” foi a que permitiu essa façanha. Só não entendo (aliás... eu entendo, mas vou pular essa explicação) o porquê da exibição de filmes dublados para um público maior que doze anos... enfim... bom... já entenderam né? 

O primeiro que eu vi foi “Perdido em Marte” com o Matt Damon: muito bom, mas foi mais do mesmo, com trechos referenciais ao “Planeta Vermelho” do ano 2000 e “Apolo 13” de 1995. De qualquer maneira, prendeu a atenção e a turma que curte o “Guia do Mochileiro das Galáxias” vai ficar bem a vontade durante os 144 minutos do filme. 

Na sequência, intercalando um ótimo jantar com Alice e muita perna batida nos shoppings (porque eu não sou de ferro), encarei "Maze Runner 2 (Prova de Fogo)" que não merece comentários, de tão ruim que é, mas fui conferir por pura curiosidade, já que é trilogia e eu tinha visto o primeiro. 

A cereja do bolo ficou para o final: a associação De Niro e Hathaway, em “Um Senhor Estagiário”, tinha tudo para dar certo, mas acho que reuniram um monte de estagiários para dar palpite e o staff resolveu prestigiar os alunos e dar aquele minuto de criação para todos eles. O grande problema é que as ideias eram ótimas, mas o número excessivo transformou o filme numa coisa muito estranha e ainda “queimou o filme” da ótima Rene Russo que fez somente uma ponta. 

Naquele tempo, ser estagiário era uma grande oportunidade para aprender: a gente começava lavando aparelhos ou intestinos; caminhávamos com passos cautelosos, mas interessados; terminávamos como bons profissionais, ainda necessitando aprender mais, e prontos para o trabalho. Hoje em dia a coisa mudou e a parte prática ficou para trás, trocada pelos cursinhos preparatórios de alguma coisa que virá depois. E de quem será que é a culpa disso tudo? Fica aí a pergunta e a reflexão para meus quatorze leitores.  


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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