sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Antissocial

Quando pensei neste texto o título seria “Eu não tenho Whatsapp”, mas achei um sem número de textos, vídeos e fotos com esse título e aí mudei; não que a solução fosse mais simples: tive que consultar os especialistas porque achei a forma da escrita muito feia (mais bonito com o hífen), mas o tal do acordo ortográfico e o caralho a quatro coisa e tal mandam que seja dessa forma. 

Fazer o que? Realmente, eu não tenho o aplicativo, mas não por teimosia, eu já tentei, e sim porque eu fui colocado num grupo e não consegui acompanhar a quantidade de mensagens enviadas. Aí fui colocado num outro grupo e o efeito foi o mesmo – deletei! Chega! Confesso que eu subutilizo (bem que poderia ter um hífen, né?) meu smartphone (nome chique do telefone móvel ou telefone celular, mas que tem acesso à Internet e permite várias funções) e que só uso para ligações eventuais (pro meu pai eu sempre ligo, para os outros é mais raro), mandar e receber SMS, verificar meus e-mails quando não estou em casa, assim como brincar na rede social e conferir os acessos no meu blog. 

Esquisito, né? Gastar uma nota preta num aparelho e não utilizar todos os seus recursos? Bom, quanto eu gastei no aparelho não interessa, mas saiu quase de graça por conta de um plano de fidelidade que eu tenho na operadora (senão ia rolar outro aparelho); facilita porque não preciso carregar o notebook sempre que viajo e tem, óbvio, algumas facilidades com aplicativos úteis do tipo taxa de câmbio, previsão do tempo, máquina fotográfica e, mais recentemente, aderi ao Cyclers que é um cliente Strava para registrar os passeios de bicicleta (outra hora falo disso).

Evolutivamente, quando Alexander Graham Bell inventou o telefone... bem... na verdade descobriram que não foi ele, foi um barraco e isso só mudou em 2002, mas é melhor você ler na Wikipédia. Voltando ao assunto, depois que o telefone surgiu, substituindo os sinais de fumaça, batuques de tambor, pombos e jamais as corujas, possuir uma linha era uma luta e isso era considerado parte do patrimônio pessoal, inclusive listado na declaração do imposto de renda. Com o passar dos anos, a liberdade de falar quanto tempo quisesse, pagando uma taxa mínima, foi substituída por um sistema equivalente ao “pré-pago” atual o que atrapalhou bastante seu uso (saía muito caro ditar todo o dever de casa para o colega, ou ficar "pendurado" com a namorada - você entendeu a metáfora né, ou precisa de um desenho? - durante horas), mas liberou o acesso universal e quase todo mundo conseguiu seu próprio aparelho funcionante.

Mais adiante surgiu (ou surgiram? esse nosso idioma é muito complicado!) o "bip", os pagers, o celular "tijolão", o computador pessoal, o "palm" e, por fim, liberaram a Internet (ela é mais antiga do que se pensa, mas era restrita a alguns grupos de pesquisa e universidades). Nem vinte anos depois, juntaram isso tudo num único aparelho, reduzindo as distâncias, para os que estão longe, e aumentando as distâncias, para os que estão perto (isso eu não preciso explicar). 

Eu não uso telefone fixo fora do trabalho. Em casa tornou-se um desagradável incômodo quando ele tocava e era alguma instituição pedinte ou algum engano (ou era do trabalho pedindo que você trabalhasse fora de hora); ligar para as pessoas também poderia ser um incômodo, pois o telefone só toca quando você está no banho ou com alguma outra impossibilidade que também não vem ao caso. 

Nessa última situação o SMS resolve muito bem porque você pode já definir o recado ou até perguntar se a pessoa está disponível para receber uma ligação. Comunicação é tudo, mas continuei sem encontrar a utilidade do Whatsapp, no meu caso. No computador, os mensageiros instantâneos são bons, muito mais para passar o tempo; no celular, acho que funciona mais por conta da gratuidade. 

Enfim, se você usa (e usa) o aplicativo, legal pra você e não pra mim. Se quiser me chamar para sair, viajar, tomar cerveja (não resisti e coloquei o desenho do Mestre Cervejeiro na minha montagem de hoje; clique na imagem para ampliar) e outras coisas, existem muitas formas de contato; se me ligar e eu não atender, eu ligo pra você, desde que seu telefone exista na minha agenda e que você não use o “desconhecido” como identificação (nesse caso eu nem atendo); e quando a gente sair, quem sabe a gente conversa sem usar o telefone, não é mesmo? 

Ah! Esqueci de comentar: eu tenho um mensageiro instantâneo (no computador) muito bom que é chamado de ICQ. Quer saber meu UIN?


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

Um comentário:

  1. Vou me permitir divergir dos argumentos iniciais, pois, em estando inserido em qualquer grupo, você sempre terá a opção de desligar a campainha (barulhinho, muitas vezes chato) do mesmo, logo, quando estiver em casa, domingo, com o Faustão enchendo seu saco, você terá a opção (ou não) de se divertir com a galera do grupo. Concomitante, muitas informações plausíveis podem vis por esta mídia, tais como publicações científicas, sugestões de trilhas para bike, cartas de vinho, promoções para viagem, enfim, um leque infinito de coisas agradáveis, inclusive um simples "bom dia", enviado por mim.
    Pense nisso!

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