domingo, 24 de janeiro de 2016

A Cruz e a Espada

”[...] os abnóxios são infectados pelo vírus da parlapatice inexaurível.” 

É inegável meu gosto por literatura de aventura, suspense, ficção científica (é só clicar no marcador “Bons Livros” que isso aparece), mas sou aberto a todo tipo de experiência literária desde que com alguma recomendação, pois esses livros não costumam “piscar” para mim nas livrarias. 

Livros são bons companheiros, principalmente nos aeroportos; em casa eles “brigam” com o sono, com a vontade de sair de bicicleta nesse fim de tarde de domingo (a caminhada da manhã foi forte o suficiente para que eu não sinta remorso da eventual preguiça que andaria presente nesse momento sem vírgulas), mas ganham da televisão sempre, o que não quer dizer que você não possa ouvir a JB FM ao mesmo tempo.

Essa semana foi de sol. Já nem digo mais em que estação do ano estamos porque isso é impreciso mesmo sendo verão com manhãs outonais e lua cheia ao anoitecer. Algumas pessoas preferem assim, porque se sentem solitárias quando chove ou faz frio; outras não toleram a solidão em qualquer temperatura e fazem suas escolhas de vida baseadas na máxima de que “não querem ficar sozinhas” e acham que essa é a verdade universal para todos, apesar de não ser a realidade de muitos. 


O livro que eu li tem um nome estranho: “Minha mãe se matou sem dizer adeus” (Ferreira, Evandro Affonso – Rio de Janeiro: Record, 2010) e foi emprestado por um colega do trabalho. Depois que Alice me apresentou o Waly Salomão já não mais estranho frases sem vírgulas com palavras fora de ordem ao melhor estilo Yoda Jedi Mestre e com citações que necessitam visita ao dicionário para entendê-las. A narrativa é um monólogo de um quase octogenário escritor solitário sentado numa mesa de uma confeitaria de um lugar qualquer, num domingo chuvoso, onde ele espera a morte e o final lembra muito o livro "Terapia: Avareza" de Ariel Dorfman, da coleção Plenos Pecados da Editora Objetiva (1999). Encontrei uma mini resenha sobre a obra e uma entrevista com o autor que você pode acessar clicando aqui. É um mar de melancolia e não sugiro a leitura em dias chuvosos, principalmente se você faz parte do grupo que não tolera a solidão. 


Domingos de chuva são feitos para sonhar... 

O melhor dia para uma caminhada cedo é o domingo: pouca gente na rua, a maioria com o mesmo objetivo que o seu e você pode completar o dia (ou não) com um passeio de bicicleta, como fiz na semana passada. Hoje mudei o curso da coisa para dar tempo de terminar a leitura, escrever o texto e ouvir a rádio. Solidão? Melancolia? Transforme isso tudo em pôr do sol e luz da lua que a vida será bem mais amena.




“Agora eu vejo
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo e o meu desejo se perdeu de mim”



Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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