domingo, 14 de fevereiro de 2016

Como se fora um anão

Hoje em dia alguns temas são complicados para abordar da forma adequada, pois, caso contrário, poderemos infringir alguma lei ou até ofender terceiros sem a menor intenção de fazer isso. Por conta disso as palavras são estudadas cuidadosamente, visto que o patrulhamento é implacável.

Já comentei algumas vezes que existe uma tendência bem legal de criar heroínas e fazer releituras das histórias clássicas infantis, principalmente das princesas. Com a chegada da Fiona, aquela situação de fragilidade e inocência feminina que imperava nos contos de fada acabou de vez (a mãe da Fiona quebrando a parede com a cabeça é o máximo) e Branca de Neve virou uma guerreira, junto com seus amigos anões. 

Nem sempre foi assim, como já disse, e eu fui criado com as historinhas da Disney, tanto os quadrinhos como os desenhos animados e, por último, a sensacional Coleção Disquinho que eu até já falei anteriormente. Claro que a história da Branca de Neve estava na lista e eu gostava muito dos anões (se bem que "Espelho, Espelho meu", com a Lily Collins, me fez rever esse conceito). Aquele lance da mina com diamantes nas paredes era o máximo e sonhava, um dia, ver algo do gênero. 

Há muito anos eu conheci as Minas da Passagem, na cidade de Mariana - MG, mas lá a mineração era ouro e o trabalho era dos escravos; desse vez fui conhecer a cidade de Ametista do Sul - RS, onde as pedras preciosas é que são a atração e o trabalho é dos garimpeiros autônomos, regulamentados, que  extraem uma pedra de 900 kg, vendem por R$ 20000,00, recebem 40% disso, se não trabalharem não recebem nada, e essa pedra é vendida por 80000 dólares no exterior (como assim????).

Como todo passeio é aprendizado, também descobri que as minas podem virar adegas quando não houver mais o que tirar delas; nessa etapa, o vinho produzido a partir de uvas vindas da terra adubada com o "cascalho" da mina é estocado numa temperatura constante e natural de 17ºC durante todo o ano. Na visitação, encontramos a cena que eu sempre quis ver: as pedras brilhando na parede (mesmo que sejam aquelas sem valor comercial e que foram deixadas para trás pelos garimpeiros).

De lembrança trouxe uma pedra, mas vou contar isso num outro texto; por enquanto vale a pena relembrar os tempos de criança com a história da Branca de Neve vinda dos disquinhos multicoloridos lá daquele tempo.


http://indicetj.com/disquinho/


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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