domingo, 21 de fevereiro de 2016

Desejo

O horário de verão terminou e o domingo começou preguiçoso, tentando recuperar a hora perdida em prol de alguma coisa que a gente não entende muito bom. Manhã nublada, bem outonal, sem aquele frio terrível e ideal para um passeio de bicicleta, não sem antes pegar uma caneca e tomar um bom chocolate. 

Gosto de canecas, tenho várias, e qualquer dia eu falo alguma coisa sobre isso. Aliás (tive uma aluna que usou essa palavra... hum... essa eu conto outro dia), a foto de hoje é uma caneca com dizeres dignos de um mineiro e foi por conta de um pequeno desabafo de autoria desconhecida, que eu encontrei no falecido ORKUT, que saiu o texto que faço um remake hoje. 

Após dias na cidade, onde as forças da Natureza recobriram a passagem entre o mar e a montanha com a chuva incessante, ele volta pra casa tentando encontrar a Lua que anda tão distante. Antes, porém, resolve parar numa estalagem, onde jovens guardiões do mundo virtual discutiam a passagem de uma garota corajosa que os ensinou um feitiço... de desejo... 

Achou a história interessante, tamanha a agitação que criou no lugar, mas logo seguiu seu rumo passando, entretanto, lá na fronteira transparente. De longe já viu o baixinho (aquele de barba verde e cabelo roxo) que discutia com uma garota... a tal garota (coincidências previsíveis). 

Chegou perto dos dois e perguntou: 

- Quem é você? 

- Sou aquela menina que acreditava em histórias de Chapeuzinho Vermelho e os Três Porquinhos... a menina que tinha medo do bicho papão... a menina que escrevia cartas para Papai Noel achando que ele era de verdade... 
- E no que acredita agora? 
- Posso não acreditar mais nessas fantasias, mas uma coisa que sempre vou acreditar é numa história de amor com um final feliz... 

Ele, então, chamou uma coruja e sussurrou em seu ouvido um recado para Chapeuzinho Vermelho contar para os Porquinhos, Papai Noel e Bicho Papão que uma menina, que perdera alguns sonhos, ia entrar no lugar (melhor eles não aparecerem dessa vez). A seguir, ordenou ao baixinho: 

- Deixe-a passar, guardião da fronteira transparente. Ela é bem-vinda aqui. 
- E o que é o "aqui"? 
- O lugar de seus sonhos perfeitos, onde anjos sussurram lendas do azul... Onde as crianças vem para brincar... Onde existe o jardim das fadas, a mansão da luz e a cachoeira de água pura... 

E a garota corajosa entrou para visitar o lugar. Tinha um jeitinho de princesinha encantada e algo mimada, daquelas que não quer acordar de seu sonho, mas que, infelizmente, crescera e desistira de alguns; algo desastrada (derrubou o banco cor de abóbora do baixinho), disse gostar de rosas, que logo foram providenciadas no jardim. Conversaram um pouco e ela foi embora. Recebeu uma rosa vermelha (que representa o grande amor que ela tem no coração) para guardar de lembrança. 

- Sempre que desejar entrar, mostre a rosa ao baixinho... E nunca desista de seus sonhos, pois eles se tornarão realidade!  


Bom Dia! Eu sou o Narrador.  

N.N: O desabafo original pode ser encontrado aqui.

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