sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O que você vê quando fecha os olhos?

Tenho o costume de deixar uns links que (teoricamente) aparecem em palavras ou frases com alguma cor diferente (geralmente azul). O objetivo é dar ao leitor alguma coisa a mais do que o texto ou, então, referenciar para o local da ideia original. O texto de hoje tem alguns links, mas não é sobre isso que vou falar. 

Há alguns dias uma frase/pergunta sempre vem na minha cabeça: “O que você vê quando fecha os olhos?” 

Outro dia falei de robôs, no texto “O Homem Bicentenário" (apareceu colorido: é link, confira) e acho esse tema interessante. Lá o leitor conheceu as “Leis da Robótica” e, outro dia, conheci outras nuances sobre inteligência artificial (A.I.) vendo (assistindo) o filme “Eva”. Dei uma pesquisada e encontrei coisas legais no blog "Cinema Secreto: Cinegnose" que, conforme ele mesmo explica, “é um blog dedicado à divulgação e discussões sobre pesquisas e insights em torno das relações entre Gnosticismo, Sincromisticismo, Semiótica e Psicanálise com Cinema e cultura pop.” No final das contas, essa frase (dita no filme) é o que desliga/mata/faz entrar em colapso os seres dotados de A.I. e ocorre porque é uma pergunta meio irracional, já que para enxergar é necessário a abertura dos olhos. É algo do tipo “ver TV” ou “assistir TV”: o que será que é o correto? 

A mente humana permite "digerir" essas coisas meio paradoxais e que, na língua portuguesa, surgem a todo momento. Como explicar para o David (A.I. do filme do mesmo nome e que foi cover do Pinóquio) que a "Fada Azul" era coisa de outro filme? Alguém viu as dúvidas do Sr. Data, da série Star Trek – Next Generation (passa, atualmente, no canal pago SyFy) quando a rainha Borg quis resolver seu problema de ter sentimentos? Outro dia, em outra evolução de Star Trek para Star Trek Voyager, o “Doutor” (que é nada menos do que um holograma) teve parte de sua memória apagada por conta de uma “crise de consciência”, criando problemas para os demais tripulantes. Agora imagine: se isso já é complicado para os A.I. como será que funciona conosco? (se alguém souber, favor colocar nos comentários)

Voltando ao filme “Eva”, produção espanhola de 2011, a cena acontece no ano de 2041. Sem dar maiores detalhes, é bem interessante ver como seria a evolução robótica: gato que funciona como gato, mas não precisa de caixa de areia e nem de castração (pet shop nem pensar); funcionário do lar que pode mudar seu nível de comportamento a critério do dono (mais simpático, mais formal, coisas assim). Apesar disso tudo gerar algum tédio, bem que a ideia é interessante. Para os entediados, eles tentam criar um A.I. com “alma” e já viu que isso não dá certo mesmo. 

Ouvir a pergunta fatal não me causou problemas (além do fato de ter demorado um tempo para escrever esse texto). A resposta é lógica: não vejo nada. Fecho os olhos e durmo, apesar que algumas pessoas fecham os olhos para não ver as intempéries à sua volta e outros fecham os olhos e fixam os pensamentos nas cagadas que fizeram. 

Esse texto foi duro, né? Se eu fosse um A.I. muita gente iria querer mandar a frase nos meus ouvidos. De qualquer maneira, confiram que o filme é muito bom. Fica a dica. 

 
Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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