domingo, 11 de maio de 2014

Conto do Dia das Mães

Dia das Mães é aquele segundo domingo do mês de maio, onde a maternidade é comemorada de alguma forma. Quando os filhos estão no colégio, a semana que precede geralmente é complicada: diferente do Dia dos Pais, que também cai num domingo, a festinha escolar, para as mães, acontece no meio da semana, gerando muito corre corre, quando elas possuem alguma profissão, pois tem que dar um jeito de sair do trabalho para comparecer e não causar frustração nos filhotes (os pais não tem esse problema, porque a festa é feita num sábado).

Pois é... mãe é correria o tempo todo. Dizem que isso tudo anda mudando, pois a sociedade já deixa o pai participar bem mais, só que muita coisa ainda tem que evoluir. No caso de Mônica, não houve festinha escolar; Yasmin tem um ano e um mês e só conheceu a própria festa de aniversário, que foi comemorada em casa somente com seus pais (caso contrário isso seria uma grande confusão que eles preferiram deixar para o ano que vem). 

De qualquer maneira, acordaram cedo, pegaram a primeira barca que navegou com auxílio de radar, já que a neblina cobria toda a baía. Por conta disso a viagem demorou um pouco mais e o frio da manhã não incomodou muito, pois tanto ela quanto a filha estava bem agasalhadas (levaram casaco, é lógico). Seu Antônio, taxista que servia a família há tantos anos, não se incomodou de esperar, considerando que, devido às obras do porto, mesmo no domingo, a bagunça do trânsito era certa. 

- Vai almoçar com sua mãe, né? Já não a vejo há bastante tempo! 
- E o senhor, vai trabalhar o dia todo? 
- Não, dona Mônica! Hoje quem faz o almoço sou eu e já vou pra casa providenciar o rango! 

Enquanto isso, lá na ilha, Leo e o sogro, com um batalhão de funcionários, já arrumavam o almoço no restaurante da pousada. Todos os lugares foram vendidos com antecedência e o lucro era certo, assim como o tumulto da fila na hora de entrar. Ainda serviriam um lanche, mas isso vou contar depois. Sim, Dia das Mães tem disso: se você não é o dono do restaurante e não fez reserva antecipada, há de ter uma surpresinha na hora do almoço. 

O dia passou rápido, claro que a mãe da Mônica fez as reclamações de praxe, a chantagem emocional já velha conhecida, soltou a frase típica “agora que você é mãe vai ver como a coisa funciona”, mas tudo correu bem. Afinal, mãe é mãe e merece sempre nossa companhia. Na volta, chamaram o radiotáxi, pegaram um catamarã que era mais veloz e chegaram a tempo para o lanche, que foi uma grata surpresa: era mais uma festa, onde os funcionários que trabalharam levaram suas famílias, era um tal de mãe pra cá, mãe pra lá (a mãe do Leo também foi, claro), presentes foram distribuídos e tudo isso por conta da excepcional renda do almoço, que o pai da Mônica preferiu não embolsar e sim festejar. Todos felizes e exaustos, Yasmin curtiu muito, mesmo sem entender direito, dormiu cedo e Mônica ainda recebeu um belo buquê de flores. 

- Então... gostou da comemoração surpresa?
- Claro, né, Leo! Ano passado Yasmin era muito pequena e aí a ideia era outra. Ei... pega meu celular ai que chegou SMS.
- De quem é?
- Da Bia... Rodrigo nasceu hoje. É prematuro, está na UTI, mas passa bem... 

Bom... o texto é em homenagem às mães, nessa data, e a foto em homenagem à minha mãe que, hoje, é representada pelo meu pai, que acumula as duas funções. A caixa de costura está guardada em boas mãos, lá com Alice (é assim que eu chamo essa amiga por aqui), mas simboliza muito bem o seu trabalho. 


Boa Tarde e Feliz Dia das Mães! Eu sou o Narrador.

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