sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Cariocas

Há oito anos, nessa mesma época, minha preocupação era a mudança para o sul. Praticamente tudo embalado, caminhão seria montado na sequência e, após o Natal, eu partiria para uma das maiores aventuras da minha vida. O ano também era bissexto e encerrei com essa pérola de vida e de destino. Nos anos seguintes eu mantive algumas “tradições”, no encontro com os amigos, meu pai, meu irmão e meus sobrinhos e virei meio que “turista” no Rio de Janeiro. No ano passado a problemática da cidade eram as intermináveis obras e as crises nos serviços públicos; as obras acabaram, se bem que as crises pioraram muito e o estado faliu por conta da administração tosca e da corrupção que levou ex-governadores à prisão. 

Na condição de visitante, fui conhecer o resultado das obras da zona portuária do Rio. Fiquei no mesmo hotel/shopping do ano passado e, de lá, peguei o Metrô direto até a estação Carioca, onde existe a integração com o VLT. De forma bem prática, logo já estava com o cartão e com as passagens pagas com o cartão do banco. Nesse momento cabe uma ressalva: se você é turista, você deixa pra trás uns trocados, pois o cartão (que o turista não vai usar nunca mais) tem custo e a carga não é equivalente ao preço da passagem (é “arredondado para cima). Meu cartão ainda consegue viajar uma vez, mas vai sobrar um troco que nem que eu carregue mais vou conseguir “zerar” a conta (ninguém é “bobinho” muito menos carioca que aplica a Lei de Gérson). 

Já no bonde (VLT é um bonde, só que é chique), fui até o recém inaugurado aquário do Rio, para conhecer. Bom... é Rio de Janeiro, né... faltou luz pela manhã, ar condicionado pifou, um puta calor e, ao invés de suspenderem as atividades, deixaram a “bagaça” aberta, mas dando a opção de troca do ingresso para outro dia (e turista lá tem outro dia?). Como estava sozinho (sozinho = sem criança), encarei o calor que nem foi tão horrível assim. O lugar é bonito, mas o circuito é muito pequeno, principalmente se você conhece outros aquários pelo mundo afora. Interessante de conhecer, não levaria ninguém lá (mas as crianças gostam da coisa e aí...). 

Na volta fui a pé até o Museu do Amanhã, apreciando os armazéns e as imensas e lindíssimas pinturas. Um “ventinho” e uma sombra amenizaram a temperatura de 33ºC. O lugar é lindo, mas como não tinha ingresso antecipado, deixei para visitar a parte interna em outra ocasião. De lá, novamente o VLT, fui jogar WAR (e eu ganhei – foco, força e fé) com dois amigos de infância (carioca tem amigo de infância que joga WAR). 

Caminho de volta, novamente o Metrô. Jantar e descansar. Dia seguinte o percurso levou-me até Petrópolis: a ideia era consulta oftalmológica com “minha amiga da adultice” (Patrícia) e um jantar que tivemos que transferir para outro dia (vai virar almoço). De qualquer forma, os momentos da consulta já levaram às alegrias do reencontro. 

Final de viagem de ida:casa do Velho Pai. Para mostrar melhor a história, fiz um vídeo com algumas fotos e coloquei uma música que caracteriza muito bem o povo carioca, que mesmo fudido sacrificado pelo “poder público” consegue manter a sua irreverência e espontaneidade, coisas tão difíceis de ver fora do Rio de Janeiro.

   


Boa Noite! Eu sou o Narrador.

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